Um amor de cabaré romance Capítulo 9

Como não fui pra faculdade, eu decidi sair de tarde e fazer umas compras, depois fui colocar a minha depilação em dias e por fim, fui no salão fazer uma hidratação e uma escova.

Eu ainda estava decidindo se iria fazer o que o Felipe pediu ou não, afinal, ele não era o centro das atenções, apesar de no fundo eu saber que em meio a vários outros homens, ele chamaria a minha atenção.

Quando cheguei em casa, fui logo ajeitando a minha bolsa pra ir pro cabaré a noite, e coloquei dentro o vestido novo e as lingeries que eu havia comprado.

Fiquei pensando no que eu faria até o último momento de ir pro cabaré, e cheguei a conclusão que se eu começasse a recusar os outros clientes, eu iria perdê-los e que se um dia o Felipe se cansasse de mim, eu iria ficar sem nada, então eu não poderia fazer o que ele queria que eu fizesse.

Assim que cheguei no cabaré, já havia um cliente me esperando.

Faby: Mila, o Sr. Benevides está perguntando por você, devo dispensá-lo?

O olhar da Faby dizia bem mais do que ela estava falando, era tipo um alerta de que eu realmente deveria dispensá-lo.

- Não, eu irei atendê-lo.

Faby: Tem certeza?

- Tenho Faby, não vou ficar dispensando ninguém por causa de um único homem.

Faby: Você quem sabe.

Ela se retirou e logo depois eu fui atender o cliente, que sempre me pagava muito bem pelos meus serviços.

Eu fiquei apenas por uma hora com ele, depois fui tomar um banho como sempre e tomei todo o cuidado pra água não pegar no meu cabelo.

Comecei a me arrumar já esperando a Faby entrar na sala a qualquer momento pra me avisar sobre a chegada do Felipe, o que aconteceu alguns minutos depois.

Faby: Mila, ele chegou e foi logo perguntando se você havia atendido alguém, me desculpa, mas a minha cara já te entregou, e ele não ficou nada feliz e disse que está aguardando você na suíte, ele está na 8.

- Eu já estou indo Faby, obrigada.

Eu retoquei a maquiagem, coloquei o meu vestido novo, coloquei uma sandália mais alta, dei uma leve ajeitada no cabelo e fui ao encontro dele.

Quando eu bati na porta, ele mandou eu entrar, e eu o encarei sem medo nenhum, apesar dele ter feito questão de me olhar com raiva.

Ele estava ainda mais gato, com uma calça jeans, uma blusa esportiva, um relógio de pulso, totalmente diferente da outra vez que o vi, o cabelo e a barba estavam feitas, e só em olhá-lo, a minha calcinha já ficou úmida.

Ele se aproximou de mim, me olhou como se fosse meu dono e disse que pensou ter sido claro sobre eu não fuder com outro homem além dele.

Era inacreditável a forma como ele achava que podia mandar em mim.

Eu fechei os meus olhos na tentativa de não explodir com ele por ter me chamado de menina mais uma vez.

Como das outras vezes, eu o lembrei que não gostava de ser chamada de menina, e expliquei pra ele que não o trataria com exclusividade, pois os outros clientes tinham tanto direito quanto ele de usufruir do meu corpo.

No momento que falei isso, os olhos dele ficaram sombrios, e tive uma leve impressão que minhas palavras foram pesadas demais pra ele.

Ele me puxou e me jogou na cama, e embora eu tenha perguntado o que ele estava fazendo, ele simplemente mandou eu ficar deitada, ele parecia estar furioso.

Ele subiu em cima de mim, e me encarou enquanto corria a mão por dentro do meu vestido, o toque dele estava me deixando encharcada.

Eu disse pra ele nunca mais me jogar na cama daquela forma, e ele retrucou dizendo pra eu nunca mais desobedecê-lo, mas eu voltei a lembrá-lo que ele não mandava em mim.

Ele afastou a minha calcinha e começou a me masturbar, eu o desejava ardentemente, mas eu jamais admitiria isso pra ele.

Ele disse que eu estava toda lisinha, e que o fato de eu ter feito isso pra outro homem o deixava furioso, e outra vez me chamou de menina.

O Felipe conseguia me jogar do céu ao inferno em questões de segundos, e eu não conseguia entender como alguém como ele tinha esse controle todo sobre as minhas emoções, e fez eu me questionar se esse comportamento dele era algo que acontecia com frequência, referente às outras mulheres que certamente ele costumava levar pra cama, afinal, se o casamento dele não o impedia de frequentar um cabaré, também isso não o impediria de levar outras mulheres pra cama, mas a minha grande questão era ser chamada de menina por um homem, e me sentir rebaixada diante das outras mulheres que tem a atenção dele.

Eu o ameacei dizendo que se ele me chamasse de menina uma outra vez, eu não iria mais atendê-lo, mas acabei soltando um gemido em meio as minhas palavras, esse cretino sabia como usar os dedos.

Apesar da minha ameaça, ele não acreditou em mim, levando em conta o quanto eu estava molhada apenas com o toque dele, eu não tinha mais como fugir dessa realidade, eu o desejava, e a minha xota não conseguia esconder isso.

Ele começou a me masturbar ainda mais rápido, e em questão de segundos eu fui tomada por um orgasmo intenso, capaz de me arrancar gemidos ainda mais altos.

Ele estava duro feito pedra, e depois de eu recuperar um pouco do meu fôlego, eu deslizei a minha mão até o pau dele, afinal a intenção era tê-lo inteiro dentro de mim, mas assim que eu o toquei, ele se levantou de cima de mim, e disse que já havia terminado comigo, eu fiquei sem entender, afinal só eu havia gozado, e quando eu o questionei sobre o pau duro dele, ele me chamou pelo meu nome e começou a despejar a raiva acumulada dele em cima de mim, e disse que se eu não era capaz de fuder somente com ele, os meus serviços não seriam mais solicitados, pois ele não gostava de dividir nada com ninguém, e mandou que eu me retirasse.

Eu o encarei incrédula, e ao mesmo tempo tive raiva por ele ser tão cretino, eu passei longos segundos tentando processar cada palavra que ele falou e depois eu me levantei, ajeitei o meu vestido e disse que pra ele o meu nome era Mila e não Nicole, e que eu iria devolver o dinheiro dele, mas ele disse que não precisava devolver.

Eu dei as costas pra ele e estava caminhando em direção a porta quando fui interrompida por uma amostra grátis de idiotice da parte dele, pois ele mandou eu chamar uma outra garota pra atendê-lo, e isso me deixou furiosa, eu poderia ter esganado ele, pois eu estava bem ali, na frente dele, linda e gostosa, totalmente molhada, mas ele ainda sim queria outra pessoa apenas pra me castigar por não ter feito o que ele havia mandado.

Eu o olhei, destilando todo o meu ódio apenas com o olhar e disse que era pra ele mesmo ir chamar, pois eu não trabalhava pra ele pra fazer o que ele mandava, é claro que eu não iria chamar ninguém pra fazer algo no meu lugar.

Eu saí da suíte disposta a nunca mais atendê-lo, pois eu me recusava a perder as redeas da minha vida e do meu corpo por causa de um homem que achava que era o dono do mundo.

Eu voltei pra sala soltando fumaça pelas ventas, sentei na poltrona e fiquei pensando na porra que ele estava fazendo com o meu juízo e pouco tempo depois a Faby entrou na sala.

Faby: Quem está disponível agora? tem um cliente esperando na suíte 8.

Uma das meninas foi, e a Faby olhou pra mim e balançou a cabeça em negativa.

- O que foi Faby? se quer falar alguma coisa fala logo.

Faby: Eu não vou falar nada, é perca de tempo se tratando de uma cabeça tão dura feito a sua.

Ela deu as costas e saiu da sala.

Eu não achava que eu estava errada, o Felipe estava me pedindo muito.

- Exclusividade, nem sonhando, pensei.

Eu Fui me lavar, troquei a lingerie que estava toda melada, e alguns minutos depois a garota que foi atender ele voltou dizendo que ele pagou dois mil pra ela apenas por um boquete, e ainda o chamou de gostoso.

Ouvir aquilo fez algo dentro de mim queimar, e eu me recusava a acreditar que era ciúmes.

Eu me retirei da sala e fiquei no corredor pegando um ar, foi então que a Faby apareceu novamente.

Faby: Tem cliente te esperando na suíte 10.

Eu já estava pronta e fui ao encontro do cliente, mas quando eu estava subindo as escadas, eu me encontrei com o Felipe.

Eu parei imediatamente e o encarei, eu queria falar vários desaforos pra ele, mas consegui me conter.

Ele perguntou se eu já estava indo fuder com outro, e eu disse que não devia satisfações da minha vida pra ele.

Ele desceu alguns degraus e ficou do meu lado, no mesmo degrau que eu.

Ele disse que isso era verdade, mas que nenhum dos clientes iria me pagar o mesmo que ele pagaria, e que ou eu era burra ou só estava querendo provocá-lo.

Eu perguntei que intenção eu teria de provocá-lo e ele me fez essa mesma pergunta, e voltou a me chamar pelo nome, e eu voltei a dizer que pra ele o meu nome era Mila.

Ele disse que poderia me chamar como ele quisesse e ainda fez pior, me chamando de menina outra vez, me mandou ir atender o cliente e fazer papel de burra.

Ele terminou de descer as escadas, me dando zero chances de dar uma resposta mal criada.

- Que ódio! Como alguém consegue ser tão cretino assim? bufei.

Eu terminei de subir as escadas e fui atender o cliente que foi logo tirando a minha roupa.

Eu fechei os meus olhos e tentei aproveitar o momento na tentativa de gozar e tirar o Felipe da cabeça, mas quando o meu horário de trabalho acabou e eu fui pra casa, eu senti o peso da frustração cair sob os meus ombros, pois não importava com quantos caras eu trepava, ou a quantidade de vezes que eu conseguia gozar com eles, era as mãos do Felipe na minha pele que eu imaginava, mas eu sabia que eu não poderia mais atendê-lo, pois certamente eu me apaixonaria, e se apaixonar por um cliente, era proibido.

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