Virgindade Leiloada romance Capítulo 4

Virgínia

Retirei o vestido e fiquei apenas com a lingerie que eu havia escolhido para aquele momento, conforme fomos orientadas e o frio me fez tremer. Pensei em desligar o ar-condicionado, mas quando me virei para procurar o controle, fiquei de frente para um espelho enorme que mostrava todo o meu corpo.

Senti agora um calafrio de excitação ao me ver vestida daquela maneira tão sexy e lembrei do homem que havia dado o maior lance. Não pude ver ele de maneira nítida, mas só em olhar para ele e ouvir a sua forma de falar enquanto fazia os lances trouxe um novo tremor ao meu corpo quase nu.

Caminhei até o lado da cama, analisando todo o ambiente, que era decorado com tons que lembravam o verão e o próprio lençol da cama era de uma cor laranja bem gritante, assim como também eram as cortinas.

Estava prestes a alisar a colcha que cobria a cama quando, mais senti que propriamente ouvi, a porta ser aberta e girei naquela direção.

— Oi... – Ele falou e em seu tom de voz estava nítido a indecisão.

O olhei me sentindo um tanto quanto amedrontada, não por temer estar com ele da forma como precisaria estar, e sim por temer que ele desistisse e eu acabasse por perder o dinheiro que eu já acreditava ser meu.

— Você realmente não precisa fazer isso, Summer.

Ele iria desistir!

O encarei realmente naquele momento e sua aparência era muito agradável. Ele também parecia ser bastante educado, pude perceber aquilo apenas pela forma como evitava olhar para o meu corpo e por me dar a oportunidade de desistir.

O homem era loiro de olhos azuis cristalinos e apesar de nunca ter me interessado por alguém com as suas características, mas eu estava determinada a conseguir aquele dinheiro e a única que estaria “perdendo” algo ali seria eu, então que seja. Melhor com alguém como ele, que não me causava nenhum pouco de repulsa, muito pelo contrário.

— Mas eu quero fazer, senhor. – Eu disse e comecei a caminhar até onde ele estava, parado ao lado da porta que ele nem mesmo chegou a fechar realmente.

— Eu não pretendo voltar atrás sobre o dinheiro. – Ele disse e aquilo me deixou boquiaberta.

Então ele pretendia simplesmente me dar quinhentos mil Reais assim, do nada? Ele nem ao menos me conhecia. Parei em frente a ele e o olhei com atenção redobrada, pensando no quanto aquilo estava sendo bem diferente da maneira que eu imaginei.

— Eu gosto de cumprir com aquilo que me propus, senhor...

— Murilo. Pode me chamar apenas de Murilo.

— Acredito que o senhor entende que eu te vendi algo e você pagou por isso. Então eu preciso entregar aquilo que você pagou.

— Eu não acho certo você se entregar a mim apenas por esse motivo, Summer. – Falou aquilo em um tom delicado. – Se você quer realmente, podemos nos conhecer melhor e quem sabe?

Ele me olhou de maneira avaliativa e eu não me senti intimidada de forma alguma. Quanto mais eu o olhava, mais vontade eu sentia de ir até o fim com aquilo. De saber como seria a sensação de ter aquele homem lindo e gentil dentro de mim, a verdade era essa e eu precisava admitir que o queria, como nunca quis ninguém.

Entendi que seria eu a tomar a iniciativa naquele quarto e foi exatamente aquilo que fiz.

— Eu quero. – Falei segurando em sua gravata e desfazendo o nó com a perícia de quem vendia aquele produto. – Mas eu quero agora, Murilo.

Ele me olhou com desejo evidente e suspirou, rendido.

— Eu tentei fazer da melhor maneira, mas...

— Mas eu quero da minha maneira.

Levei meus lábios até a sua boca e o beijei com mais entusiasmo que experiência, mas eu não pude continuar com a minha exploração, pois logo o Murilo estava segurando em minha cintura e apertando o meu corpo junto ao seu, me fazendo sentir o volume que havia se formado em sua calça e que me trouxe um suspiro de hesitação ao perceber o tamanho daquilo.

— Agora é tarde para arrependimentos. – Ele disse em um tom totalmente diferente do anterior, bem mais duro e rouco.

Voltou a me beijar, abrindo os meus lábios com sua língua e a colocando dentro da minha boca, sugando a minha e me levando a fazer o mesmo com a sua. Seu beijo era maravilhoso e me perdi naquele momento, sem pensar em mais nada, apenas no homem que me segurava com força e invadia os meus lábios de maneira impetuosa.

Suas mãos começaram a explorar todo o meu corpo e o meu desejo foi aumentando mais e mais à medida que seus toques foram ficando mais ousados. Quando sua mão chegou aos meus seios, ele abaixou o sutiã e desceu seus lábios até eles, os chupando sem delicadeza alguma e eu senti uma umidade descer por meu sexo, molhando a minha calcinha de maneira escandalosamente excitante.

— Aaaah!

Eu gemi alto diante das sensações que ele despertava em meu corpo inexperiente e meu pescoço pareceu perder a capacidade de manter a cabeça firme e a joguei para trás em agonia. Eu não sabia o que pedir, entretanto eu sabia querer mais e mais.

— Aaaaaaai!!!

Murilo sugou forte os bicos do meu seio com seus lábios e eu gritei com a dor cruciante e estranhamente deliciosa que me acometeu naquele instante. Ele me olhou com um sorriso em seus lábios e me pegou no colo, me surpreendendo completamente.

— Eu tentei ser um homem decente, mas não tenho forças suficientes para resistir por mais tempo. - Ele disse ao me depositar de maneira delicada na cama luxuosa, totalmente diferente do homem quase grosseiro que estava me tocando a poucos segundos.

— Eu não quero que resista. - Falei exatamente o que estava sentindo.

Mesmo após os seus modos impetuosos, eu queria aquele homem. Ele havia despertado em mim algo que nenhum outro havia conseguido despertar antes dele e, se eu precisava pagar uma dívida de honra, uma vez que coloquei minha virgindade à venda, então que fosse com ele.

— Eu também não quero mais resistir.

Disse aquilo e desceu seu corpo sobre o meu em cima da cama, me beijando com paixão, sua língua sugando a minha com habilidade, suas mãos passeando descontroladas pelo meu corpo, puxando as únicas peças que eu tinha em sobre mim, me deixando completamente nua por baixo dele.

Após alguns instantes de tormentos deliciosos, ele ficou de pé então, me deixando sozinha, nua na cama e me olhou com admiração e um desejo visível.

Retirou a calça social que vestia, assim como a gravata e a camisa, ficando apenas com uma cueca boxer preta e mais uma vez pensei o quanto o volume que ali estava era impressionante e ficando preocupada, o que fez subir um novo arrepio por meu corpo agora nu.

Levei minhas mãos aos seios, me sentindo envergonhada pela forma como ele me observava sem sair do lugar, enquanto o volume pulsante dentro da sua cueca parecia ter vida própria.

— Não se cubra. - Murilo falou, voltando a se aproximar de mim e afastando os meus braços de cima dos meus seios. - Eu quero te ver.

— Estou envergonhada com a forma com que me olha. - Confessei.

— Você não tem do que se envergonhar. - Ele contradisse, agora sentando na cama ao meu lado e abaixando a cabeça até seus lábios estarem a milímetros dos meus. - Você é completa e totalmente perfeita, Summer.

Seus lábios se juntaram aos meus e nos beijamos mais uma vez, sua boca exigente e suas mãos parecendo me tocar em todos os lugares.

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