De Secretária a Mamãe romance Capítulo 20

POR Samuel Heughan.

Seguindo a agenda do dia, passamos mais de dez horas enfurnados no escritório e ao contrário do que pensei a caminho dali, as coisas estavam fluindo com a presença de Sophia e Seth.

O garoto, como da primeira vez que passou o dia comigo no escritório, causou um grande rebuliço e não só em um sentido, mas em vários. Apesar de Sophia nos acompanhar, Seth era o assunto em todos os corredores, com certeza já haveria me arrependido mil vezes de tê-los trago até o fim do expediente.

O lado bom de tudo?

O tamanho da dor de cabeça que Seth trazia, me fazia esquecer do problema maior ainda, minha mãe.

— Senhor. — Chamou-me a secretária detrás da porta.

— Entre. — Pedi.

A porta se abriu revelando a nova secretária e percebi uma torcida de nariz por parte de Sophia.

Imagino quê ser desligada da empresa, para se tornar minha "parceira de apartamento" — como ela prefere se nomear — não era exatamente a ascensão que ela esperava.

Deixando de lado minha atenção a Sophia, foco na Srta. Sangü.

Uma indicação horrível, mas infelizmente necessária, por sorte me livraria dela em três dias.

Dafne é filha de Salih Sangü, um dos maiores acionistas de minha empresa e a fim de agradá-lo, forçosamente concordei em deixá-la ocupar o posto vago de Sophia. Me arrependi de cara nos primeiros dias, Dafne não tinha experiência, não mostrava interesse e ainda por cima passava a maior parte do tempo no celular de melação com o noivo, com quem, ela se casaria em alguns dias.

— Ah, já terminei de ordenar aquelas pastas e enviei para a secretaria analisar. — A jovem muito sorridente dizia.

— Obrigada Srta. Sangü, pode ir, seu pai pode ficar preocupada por chegar tarde. — Digo a fim de finalmente não vê-la mais.

Seria um fim de semana, ela poderia aparecer na segunda, mas com certeza pegaria as coisas em seu escritório e não voltaria a trabalhar.

— Obrigada pela experiência Sr. Heughan e espero vê-lo com sua esposa e seu filho no casamento. — Disse ela olhando para Sophia com Seth nos braços.

— Nós não... — Sophia já começava, mas tinha de interrompê-la.

— Claro que vamos, estaremos lá. — Levantei da mesa dando uma piscada de canto de olho para Sophia e acompanhando Dafne até o elevador.

Depois de ela baixar, pude comemorar sua ida. Voltei para o escritório e revisei tudo o quê ela poderia ter feito de errado, só esperava conseguir desfazer.

Sentei-me na minha mesa e comecei a telefonar, vendo a cara de Sophia ficar vermelha, com certeza por tentar conter a vontade de rir.

Liguei para todos os departamentos, checando e desfazendo tudo, por último liguei a secretaria pedindo para eles desconsiderarem a análise, eu a havia pedido para arquivar e não analisar.

— Bem que dizem, o mundo dá voltas... — Sophia murmura com um sorrisinho de canto zombeteiro.

— Vamos, quer rir, pode rir. — Disse debruçando sobre a escrivaninha.

Estavam sendo dias de cão e naquele preciso dia, todas as minhas forças se esgotaram.

Tinha insistido para que Sophia e Seth, seguissem para o almoço e a poucos minutos os mesmos haviam jantado. Porém, eu me encontrava de estômago vazio e sem um pingo de fome, a preocupação e o cansaço me faziam sentir que a mais mínima colherada se parecesse a chumbo.

Sophia então deixou adormecido em seu bebê conforto sobre a mesa de centro e se aproximou, retirando do bolso da calça, um pequeno tablete de chocolate.

— Escuta, se continuar com tanto trabalho assim, vai acabar se matando. — Seu sermão, seguiu acompanhado do oferecimento do chocolate. — Vamos, precisa comer, vai aumentar seu açúcar.

— Eu não... — Antes que tivesse a chance de dizer, ela aproveitou um abrir e fechar de minha boca para depositar o chocolate.

— Pronto, não doeu. — Ela sorriu dizendo.

Parei por um momento deixando os papéis de lado e encarando o teto pensando no que o dia havia sido.

— Eu não consigo adivinhar o quê passa pela sua mente Samuel, mas como alguém que dividiu os últimos cinquenta e três dias com você, sinta-se à vontade pra se abrir comigo. — Ela disse depois me estendendo os braços.

Não era de minha personalidade me deixar emocionar ou expressar bem, mas naquele momento, saber que alguém me esperava de braços abertos, fez com que eu sentisse um iceberg se desprendendo da geleira que meu coração estava.

Era bom e olhei para o rosto de Sophia sem palavras.

— E então? — Perguntou ainda com um sorriso caloroso e gentil me esperando.

Sem pensar mais, abracei sua cintura, sem medir qualquer movimento, simplesmente deixei minha cabeça se apoiar ao seu ventre que subia e baixava calmamente com sua respiração.

Passar aquele tempo junto dela, foi muito mais do que eu poderia querer em toda a minha vida.

Sophia definitivamente tinha chegado a minha vida para me ensinar a viver.

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