De Secretária a Mamãe romance Capítulo 23

POR Samuel Heughan.

No pronto socorro da ilha.

— Os exames não mostraram nada demais, pode ficar tranquilo Sr. Heughan, sua esposa, apenas está com a imunidade baixa e por isso a virose conseguiu atacá-la mais forte. — O doutor confirmava, enquanto assinava alguns papéis na prancheta.

Recebi algumas prescrições e cuidados, mas ainda estava inquieto, pois Sophia não resgatava a consciência.

— Obrigada doutor.

— Fiquem por esta noite, ela provavelmente terá alta pela manhã. — Terminou ele de dizer, se retirando para outro chamado.

Liguei para os Sangü explicando que passaríamos a noite no posto e além do quê eu poderia esperar, eles se ofereceram para cuidar de Seth.

Na realidade não planejava deixá-lo com eles porque que ele seria a primeira coisa pela qual Sophia perguntaria quando acordasse. Não queria que ela se angustiasse ou se preocupasse, porque realmente precisaria descansar, mas também não poderia estar a cargo dos dois.

Então sem mais delongas aceite ajuda, deixando alguns cuidados com os quais provavelmente eles não estavam acostumados a lidar, já que os filhos estavam todos crescidos a um bom tempo.

Tão pronto como encerro a chamada me sento a cadeira ao lado da maca, pegando alguns lenços umedecidos e limpando os dedos das mãos e o rosto dela. Ela esteve sobre o piso do banheiro, um lugar nada higiênico e o que menos precisaria seria de outros germes e bactérias para piorar sua situação.

Quando terminei, notei Sophia franzindo o cenho, como se a cena em seus sonhos não fosse agradável e presumi que estivesse em um pesadelo. Seu corpo tremia apesar das medicações e me perguntei se a agulha em sua veia não a machucava.

Resoluto a vê-la melhor, passei aquela madrugada cuidando vez o outra acariciando sua cabeça e verificando se as enfermeiras aplicavam as medicações nas horas corretas.

O relógio digital do celular apontando cinco horas da madrugada, me fez perceber que já havia passado um bom tempo. Olhei para o rosto de Sophia, agora mais sereno e desejei que ela despertasse logo, não gostava de vê-la quieta.

Queria seu sorriso, sua cara de poucos amigos me repreendendo por fazer algo errado e até mesmo sua cara corada de vergonha por minhas brincadeiras.

Só queria vê-la bem.

Como um desejo realizado, esta última abre os olhos e me mostra um leve sorriso.

Acaricio sua mão e retiro os cabelos de seus olhos os colocando alinhados para o lado.

— Como se sente?

— Como se um trator me passasse em cima. — Ela responde tentando se sentar.

— Espera, eu te ajudo. — Digo ajeitando os travesseiros atrás dela.

— Obrigada.

Fico em silêncio, apreciando seu rosto tomar cor e a palidez sumir, até o enrubescer chegar.

— Por que me olha assim? — Ela pergunta puxando a coberta até cobrir o nariz.

— Você me deu um susto, sabia?

— Você me assusta o tempo todo, era justo chegar a minha vez. — Ela como sempre, com a resposta na ponta da língua.

— Tem razão, mas ... — Parei por um segundo, não conseguindo brincar com tudo. — Não faz isso de novo. — Pedi segurando em sua mão.

O monitor então entregou os sentimentos de Sophia, sua pressão e batimentos por minuto se elevavam rapidamente, fazendo com que o aparelho apitasse de repente.

— Como desliga isso? — Ela perguntou envergonhada.

— Desligar pra quê, gosto desse aparelho. — Disse aproveitando a distração, para lhe arrancar um beijo.

Sem pressa, sem impedimento ou qualquer sentimento em contra, tomei sua boca sentindo que Sophia queria tanto quanto eu.

Alguns minutos depois, sem fôlego para continuar, soltei Sophia, vendo-a tão ofegante quanto eu. Quando nos afastamos, como uma espécie de déjà vu, lá estava novamente a plateia nos observando.

— Desculpe a interrupção. — O médico prosseguiu, sem graça pela situação. — Sr. Heughan, por favor assine estes papéis, a senhora receberá alta.

O médico se retirou, juntamente com outras três enfermeiras boquiabertas paradas na porta.

— Bom, eles já foram. Agora vamos... — Fui interrompido em seguida.

— Vamos sair do hospital e quero ver Seth. — Ela foi firme, não me deixando espaço.

— Certo. — Levantei-me da cadeira para assinar os papéis.

— Espera. — Ela pediu, me chamando para mais perto, com um gesto de mãos. — Obrigada por passar esta noite cuidando de mim.

— Fique sabendo que não é de graça.

— Bom, eu não gosto de dever a ninguém... — Ela parece levar em consideração. — Vêm aqui.

Me aproximo mais, estando a poucos centímetros de distância.

— Como vai me pagar? — Perguntei próximo ao seu ouvido, a percebendo arrepiar.

— Assim.

Sua resposta, seguida de um beijo totalmente necessitado, foi o melhor pagamento que recebi em minha vida.

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