De Secretária a Mamãe romance Capítulo 32

POR Sophia Carson.

Como combinado, participamos de uma consulta em uma clínica muito bem recomendada em nutrição infantil. Essa em específico contava com uma especialista em amamentação, quem me apresentou todo o tema da lactação induzida e nos daria o apoio necessário para que eu pudesse começar a amamentar o bebê sem problemas.

Mesmo com as novidades do dia e o constante apoio de Samuel, minha cabeça ainda pesava ao pensar em minha irmã, com quem eu não havia conseguido falar.

Passear no shopping. Em qualquer outro momento de minha vida que eu me imaginasse passando o dia assim pareceria bobagem e superficialidade, mas não agora, não com eles.

Samuel não quis me levar para casa, para que eu esquecesse a angústia de não poder conversar com Lanna.

A princípio não conseguia parar de pensar nos problemas, não só com Lanna, mas tudo em geral. Afinal de contas, o CEO havia deixado de ir ao trabalho para passar mais tempo de compras comigo e o filho.

— Está pensando nos problemas de novo? — Samuel me resgatava de mim mesma.

— Não, claro que não. — Digo disfarçando com um gole do suco.

— Está mentindo.

— Como sabe?

— Nega duas vezes quando mente. — Ele responde e quase cuspo a bebida.

— Certo, acho que não devemos mais passar tantas horas juntos. — Falo em tom de zombaria.

Naquele momento também percebi que na realidade, as coisas funcionavam por uma via. Eu mal o conhecia além do quê ele havia me dito na madrugada anterior, não sabia nada além de coisas comuns sobre ele.

Estava prestes a interrogá-lo, mas recebo uma notificação no celular deixando em último plano a questão.

"Segue abaixo anexo com os resultados do teste de paternidade". Entreguei o celular para Samuel lhe mostrando a mensagem, seguida de um documento em PDF.

— É melhor que você abra. — Disse o deixando a sós com o aparelho, retirando-me.

Levantei-me da cadeira e caminhei até Seth, quem dormia no carrinho ao lado da nossa mesa. Andei com ele até o aquário do outro lado do corredor do shopping e passei a olhar as variedades de peixe com admiração.

No carrinho, o bebê acorda depois de uma criança ter passado atrás de nós chorando e eu o pego no colo. Enquanto o acalmo, o lhe dando o peito, penso como será quando eu puder alimentá-lo de verdade, mas inevitavelmente meus pensamentos retornam curiosos para saber como Samuel se comportara depois de ver os resultados do DNA.

Eu não os tinha lido, mas já imaginava que o teste comprovaria sua paternidade. Ele e Seth eram tão parecidos que me parecia impossível acreditar que o bebê foi deixado em sua porta por coincidência.

Voltei minha atenção para onde havia deixado Samuel e ele vinha em minha direção.

Uns poucos passos largos e o maior já estava ao meu lado, sério e sem qualquer expressão legível.

— Toma. — Ele diz devolvendo meu celular. — Eu decidi que não preciso de provas além das que tenho. Seth é meu filho e não é um resultado de DNA que dá a palavra final.

O olho e me aproximo de Samuel abraçando seu entorno com o bebê entre nós.

— Sam... — Começo e estou emocionada demais para dizer qualquer coisa.

— De longe sei que não sou um bom pai, mas quero aprender Soph e se você estiver ao meu lado eu sei que posso melhorar.

— O quê importa realmente são as tentativas que faz, isso te melhora e te torna um bom pai. Já te disse que ninguém nasce com manuais de instruções, muito menos Seth. — Solto-o do abraço e agora seguro em suas mãos. — E é claro que vou estar com vocês, são meu tudo. — Digo me pondo nas pontas dos pés e depositando um beijo singelo em seus lábios.

Isso o pega de surpresa, mas então sou praticamente retirada do chão quando ele resolve devolver o gesto.

Sua língua invade a minha boca sem demora, mas também a explora sem pressa. Elas dançam e quando nos separamos pela falta de fôlego, sinto meu rosto em chamas.

— Nossa… — Digo arfante.

— Não foi nada de mais. — Ele diz a respeito do beijo, com um sorriso de canto malicioso. — É só para que você se lembre, até que possamos repetir a dose.

Estamos voltando pra casa, Samuel não vem conosco devido a uma chamada urgente da empresa. Sem secretária, sem descanso e com novos contratos chegando, isso só poderia significar um CEO sobrecarregado.

Estou mandando uma mensagem a Sam, para perguntar se ele chegará pra jantar, mas noto que o taxista está seguindo outro caminho fora do normal.

Penso ser algum desvio de tráfego, pois no centro da capital, qualquer atalho é bem vindo. No entanto, várias quadras se passam e só consigo pensar em quê algo está estranho.

"Sam, deveríamos já ter chego em casa, mas o taxista parece ter desviado o caminho". Envio e volto minha atenção ao espelho retrovisor.

— Senhor, creio que tomou o caminho equivocado, estamos longe do centro.

— Estamos próximos de chegar, a senhora verá. — Ele responde me fitando pelo espelho.

Seguro o bebê forte em meus braços depois de ter um pressentimento ruim, penso em enviar mais algumas mensagem a Samuel e por desgraça a bateria se esgota.

— A mamãe não vai deixar nada acontecer a você, meu amor. — Sussurrei ao menor.

Aperto a pequena mãozinha firme na minha.

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