De Secretária a Mamãe romance Capítulo 6

O comentario.

POR Samuel Heughan.

Depois de tomar uma ducha quente, escovar os dentes e vestir-me, saí do quarto para a cozinha, encontrando um dos guardas entregando algumas sacolas para a Srta. Carson.

— Obrigada Molder. — Ela disse agradecida ao segurança.

— Não tem de quê senhora. — Ele lhe deu um sorriso gentil e saiu.

De verdade me deixava louco o modo como ela conseguia se socializar com tanta rapidez, mas deixando aquilo de lado, minha atenção se voltou para o garoto que armava um alboroto na sala.

— Que bagunça é essa? — Digo ao ver toda a minha decoração contrastando com fraldas, roupas atiradas para todos os cantos e mamadeiras sobre a mesa de centro.

Eu queria sumir com menino, pendurar a secretária e amaldiçoei quem teve a ideia de girino de deixá-lo em meu apartamento.

— Senta, vamos tomar o café da manhã e discutiremos o que fazer depois. — Ela disse tirando algumas caixinhas transparentes e uma garrafa de suco de laranja da sacola.

— O quê tem aí? — Perguntei chegando mais perto do balcão.

— Pão na chapa, têm também iogurte natural com frutas. — Ela separou no lado direito do balcão. — Suco de laranja e leite.

Aceitei o iogurte com frutas e o suco de laranja para então me concentrar em comer e deixar de agonizar ao menos por alguns segundos que fosse. Em uma tentativa falha de engolir os pedaços de frutas, terminei quase asfixiado.

Sendo sincero, aquele era o último assunto com que eu gostaria de lhe dar, já que até o presente momento não havia tido qualquer solução para o "probleminha" babando a minha frente. Inclusive começará a arrancar alguns pobres fios de cabelos inocentes, não conseguia mais olhar a criança sem ter uma crise de ansiedade.

— O quê eu vou fazer? — Perguntei-lhe, ciente de que minha voz aparentava meu desespero.

— Um teste de paternidade. — Ela respondeu, logo em seguida abocanhando o pão e depois de um tempo, um gole do suco.

— Está brincando?

— Não, é o mais lógico, não acha?

— Se eu fizer isso, toda a capital irá saber e estará em todos os jornais.

— E você pretende fazer o quê?

Não conseguia raciocinar direito, então a segui quando ela se levantou do balcão com o bebê nos braços.

Permaneci em modo aéreo a vendo dar banho, trocá-lo e por fim penteá-lo enquanto recebia sorrisos banguelas do menor.

Como ela tinha o controle dele, era algo que não conseguia entender, mas por alguns instantes enquanto acompanhava a cena, senti inveja. Nunca tive alguém que me cuidasse daquela forma, nunca fui apegado a minha mãe e odiava profundamente meu pai. De toda a minha família, apenas Victor, meu primo, era próximo de mim.

A nostalgia pelas memórias e emoções que voltam a minha mente, tomam-me e sem pensar um pensando escapa por minha boca em voz alta.

— Não vai me deixar, vai?

Em um silêncio constrangedor, eu me esgueirei atrás dela, quem se sentava ao pé da cama mexendo no smartphone e parecendo totalmente concentrada. Percebi que o tópico de sua pesquisa era o DNA e as clínicas mais próximas do condomínio.

— É agora que vamos? — A questiono depois de ver que ela termina sua pesquisa.

— Encontrei uma clínica que parece ser muito boa e discreta, mas não podemos ir hoje.

— Não era você quem estava me apressando, o quê mudou? — Cruzei os braços a encarando.

— Mudou que vocês, rapazes, estão de banho tomado e limpinhos. Eu estou com a maquiagem desfeita, a roupa do dia anterior e nem mesmo consegui escovar os dentes. — Ela enumera as diferenças nos dedos.

— Certo, já entendi.

Peguei as chaves do carro e fiz um sinal para que ela pegasse o pequeno e fôssemos.

— É sério?

— O quê? Vamos passar em sua casa primeiro, você se troca e depois podemos ir.

— Senhor ... — Ela parou respirando fundo. — Acha mesmo que é tão simples?

— Não é?

— Não. Deve primeiro instalar uma cadeirinha, certificar-se de levar uma criança bem agasalhada porque com o frio que faz hoje lá fora, sem dúvida iremos matá-lo. — Rebateu.

Olhei para o menino. As roupas mais grossas com que ele havia chego estavam para lavar e demorariam um tempo a secar. Tempo esse que atrasaria meu dia e toda a agenda da empresa.

— Tem alguma ideia?

— Tenho sim. — Ela parou por um momento exibindo o sorriso do tipo vingativo. — Vou chamar um táxi pra mim e vocês me aguardam aqui.

O quê ela estava pensando?

Me deixar sozinho com o bebê?

— Não mesmo. — Disse agarrando meu telefone.

Com algumas trocas de mensagens entre mim e a coordenadora do prédio, Érica se ofereceu de bom grado para buscar tudo o que fosse necessário e mais urgente.

Tirei uma foto deles a enviando e por sorte a coordenadora também era avó, saberia exatamente o que nos trazer para o bebê.

Quando dei por mim, Sophia havia desaparecido do meu campo de visão. Olhei para os lados em reflexo e acabei com meus lábios roçando em sua bochecha. Ela estava atrás de mim, com o corpo apoiado nas costas do sofá e reclinando de forma que seu rosto estivesse colado ao meu.

— Você incomodou uma senhora, para não ficar com a responsabilidade sozinho? — A pergunta era em tom acusatório.

— Não, eu só pensei no menino. Ele gosta tanto de você, para quê separá-lo da mãe?

— Em primeiro lugar, não incentive. — Ela voltava a sua posição ereta e claramente irritada. — Em segundo, se ele for seu, meu trabalho será no escritório, sinto muito por ele, mas não sou babá.

Se o pirralho fosse realmente meu, provavelmente seria a pior opção para ele. Era melhor deixá-lo em um orfanato ou arranjar alguma tutora para passar a guarda.

Enfim, qualquer coisa, mas longe de mim.

UM NOME PARA O BEBÊ

POR Sophia Carson

Enquanto aguardávamos pela entrega, eu pensava a respeito da pergunta a meia hora atrás.

"Não vai me deixar, vai?". Ele questionava-me, mas de uma forma diferente da qual eu estava acostumada a ouvi-lo.

Não que eu fosse me apenar apenas porque ele havia dito tal coisa, mas me peguei pensando depois.

Se o teste de paternidade desse positivo, como ele iria criá-lo?

Já havíamos gasto a manhã no apartamento e os problemas na empresa precisavam do CEO continuamente lá.

Paranóico como só ele conseguia ser, não contrataria uma babá sabendo que poderia ser exposto. Pelo menos eu havia deixado claro que não seria a trouxa, mas pensando no pequeno, me apertava o coração.

Olhei para o bebê que agora dormia em meus braços, ele havia dado bastante trabalho para pegar na mamadeira e não quis passar um minuto do carrinho desde o começo da manhã, então estava cansada e confesso ter suspirado de alívio quando seus olhos se fecharam para o cochilo.

— Porque ele não pode dormir o tempo todo? — O maior perguntava voltando a massagear as têmporas.

Meu chefe sempre pareceu ter o dom para resolver os problemas, mas naquele momento percebi que era só para os negócios. Quando se tratava da vida pessoal, ele estava realmente perdido.

Antes que eu pudesse respondê-lo de forma grosseira, a campainha soa e o faz disparar para a porta.

Vejo se colocar entre a fresta da porta e esticar os braços impedindo a visão da coordenadora sobre nós, então ele pede as sacolas e nem mesmo se despede, apenas fechando a porta na cara da senhora.

Trouxe tudo para perto de mim no sofá e foi retirando das sacolas para me mostrar.

Como ela sabia as numerações corretas? Assustei ao ver meus tamanhos quase exatos nas etiquetas.

— Eu enviei por mensagem. — Disse ele como se fosse o mais normal do mundo.

Que espécie de stalker ele era? Nem minha irmã sabia que número de calçado comprar, enquanto que ele, tinha acertado em tudo. Cheguei a sentir o rosto queimar quando ele me mostrou a lingerie.

— Coloca de volta na sacola, já entendi que tem tudo que eu preciso. — Pedi engolindo em seco.

Ele riu de minha timidez e colocou de volta à sacola, me mostrando em seguida as roupas do pequeno. Eram tão fofas e comportadas que não consegui evitar achar tudo lindo demais.

— Ah meu Deus, olha esse tênis que pequenininho. — Disse tomando cuidado para não despertar o pequeno em meus braços.

Ele então passou a olhar para mim com um sorriso zombeteiro.

— Babona.

Assim que entrei no box e deixei que a água escorresse por meu corpo, o estresse e as preocupações entravam em segundo plano. Acreditei de verdade que teria um pouco de paz e até mesmo peguei o shampoo para começar a lavar os cabelos, mas levei um susto com o barulho da porta se abrindo.

O choro invadiu o banheiro e depois de limpar o vidro embaçado do box, percebi que meu chefe estava com o bebê no colo e no mesmo espaço que eu.

— O quê está fazendo dentro do banheiro?! — Disse irritada já fechando a ducha e agarrando a toalha.

— Ele acordou de repente chorando, e quer você. — Falou me entregando o bebê, nem me dando tempo para prender corretamente a toalha.

— Droga! — Exclamei quando a toalha caiu, me deixando nua a sua frente.

— Se quiser eu viro de costas. — Ele disse, mas já havia visto tudo e um pouco mais.

— Pega ele, preciso pegar a toalha! — Digo nervosa.

— Ele não gosta de mim. — falava se recusando a pegar o garoto de volta. — Eu pego a toalha, é mais fácil. — Tinha um sorrisinho malicioso e agachou para pegar o pano no piso.

— Droga Samuel! — Gritei sem conter a frustração.

Agora meu chefe tinha um conhecimento profundo das medidas de sua secretária e eu tinha um conhecimento ainda maior do significado da palavra "transparência".

— Não fica brava, já vou saindo. — Ele agia como se gostasse de me ver vermelha. — Belos seios, com todo o respeito.

Minha cara caiu no chão.

Maldito seja Samuel Heughan!

Fui para o quarto depois de um tempo acalmando o bebê e também me acalmando para não matar o infeliz.

O expulsei de seu quarto e quando ele tomou a postura de " CEO mandão", fiz com que envolvesse o rabo entre as pernas, com apenas uma frase.

— Se não sair agora mesmo, eu vou embora. — Falei séria.

Claro que não pensava em deixar o pobrezinho com um desnaturado como ele, mas às vezes as ameaças são a única coisa que o faz se mexer.

Vendo-o sair do quarto, tranco a porta e deixo o pequeno na cama, pego nas sacolas algumas peças de roupas "básicas", o que significava que aquela aparentemente simples calça legging que eu segurava devia valer um salário mínimo.

Logo depois de vestida, banhada e de dentes branquinhos como os da marca Colgate, resolvi enrolar um pouco com meu bebezinho.

— Sabe de uma coisa, já não posso te chamar de garoto, bebê ou menino sabe-se quanto tempo mais. O quê acha de um nome?

Ele me olhava perdido, era claro que não entendia bulhufas do que eu dizia.

— Seu papai chama Samuel, eu sou Sophia, creio que você também pode ter um nome com a letra S ... — Disse rindo da coincidência.

Pensei por um tempo e me perdi no mundo da lua, quando voltei a mim, o CEO estava ao pé da cama com os braços cruzados me olhando mortalmente.

— Não bate na porta, não?

— Francamente, essa é minha casa, mas mesmo assim eu bati na porta sete vezes, quem não ouviu foi você. — Ele estava tão bravo, mas ignorei tudo aquilo focando em apenas uma parte de sua frase.

— Peraí, quantas vezes você bateu mesmo?

— Sete vezes e você não me abriu. Por sorte tenho uma chave reserva dessa porta.

— É isso! — Pulei da cama.

— Isso o quê?

— Enquanto este assunto estiver se resolvendo, podemos chamá-lo de Seth. — Disse pegando o pequeno.

— Nome estranho.

— Tem uma ideia melhor?

— Não.

— Então quieto, não me desanime. — Deixei o CEO de lado e passei a dar atenção para o pequeno.

Ali era o princípio de um cruzamento de caminhos, em que algumas dessas trilhas jamais se separariam.

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