LASCIVA romance Capítulo 5

CAPÍTULO 05

Isis Melo.

Estava deslumbrada com toda riqueza e luxo do hotel. Por mais que isso não mudasse o meu caráter, o fato é que o banheiro é maior que minha casa. Inacreditável! Ainda estava brava com o que tinha acontecido na boate, mas a minha fome e cansaço era muito maior. Só de ver aquela cama enorme, com tantos lençóis e travesseiros poderia babar aqui mesmo. Eu estava em pé olhando para cada canto desta cobertura. Caminhei até a varanda e visualizei todo o central Park da cidade que fica ainda mais lindo daqui de cima.

- Hei... Jaime chamou-me da porta da varanda.

- Oi. – Falei sem jeito. Eu não sabia como agir perto dele. Não estou tão brava como antes, e ele ainda me ajudou duas vezes hoje. Salvou-me de Tony e não me deixou desmaiada na rua.

Talvez o senhor arrogante não seja tão arrogante assim!

- Cuidado para o vento não te carregar, você é tão leve e ainda sem comer. – Murmurou brincalhão. O jeito como ele falou não parecia em nada com aquele cara que me tratou mal na boate, acho que ele só destrata as prostitutas e não as dançarinas, mas é ruim de qualquer forma.

- Obrigada por tudo. – Murmurei caminhando na sua direção.

- Vá comer algo antes que o vento te leve – Murmurou com um traço de sorriso.

Sentei-me a cadeira e ele entrou no banheiro. Fiquei bem mais tranquila para comer, não queria que ele ficasse me olhando enquanto eu devorava tudo como um animal. Ele pediu tanta coisa que nem sabia o que comer, tinha tanta coisa diferente que eu nem sabia o que estava enfiando na boca. Não aguentei comer mais nada, e tudo o que eu mais queria era me jogar na cama. Foi automático, foi como se a cama me atraísse. Não resistir e me joguei nela. Não pretendia dormir, mas foi o que acabou acontecendo. A última coisa que ouvir foi... Uma merda bem distante. Já estava afogada em um sono delicioso.

Acordei na manhã seguinte completamente sozinha. Não sabia se Jaime tinha dormido ao meu lado, mas preferia que não. Droga! Não podia ter dormido na sua cama. Ele deve ter ficado revoltado.

Olhei para uma poltrona e percebi que minhas roupas estavam dobradas ali em cima. Não acredito que aquele desgraçado tirou minhas roupas, e se ele abusou de mim. Percebi que estou vestida com uma blusa de botões que vai até os meus joelhos, é o tipo de blusa que usaria depois de ter feito amor com o namorado, não é o caso, também estou de calcinha que foi a única peça que ele não tirou. Levantei-me rapidamente e nem percebi que Jaime me olhava sentado à mesa. Ele estava absurdamente lindo. Com uma camisa de linho branco e com bermuda cinza. Olhava-me de um jeito estranho. Andei furiosa em sua direção.

- Quem mandou você tirar a minha roupa? Questionei.

- Quem mandou você dormi na minha cama? Respondeu com outra pergunta. Raiva!

- Não foi porque eu quis, estava cansada, aconteceu. – Digo chateada.

- O que você pensa que eu fiz enquanto você dormia, eu gosto das minhas mulheres receptivas e não morta como você estava. Se explodisse uma boba no quarto você não ouviria. – Murmurou irritado. Levantou-se e ficou-me encarando com um olhar animal.

Maldito sono pesado! Sempre que estou muito cansada, quando durmo é difícil de acordar. Entro praticamente em coma.

- Você não devia ter tirado minhas roupas sem o meu consentimento. Você podia ter abusado de mim... Quando ia perguntar onde ele dormiu, ele me interrompeu.

- Chega! Disse furioso. - Pegue suas coisas e vá embora. Tinha uma proposta a te fazer, mas já vi que você não serve nem para isso. Você deveria ser mais grata por eu ter te alimentado. – Diz debochado.

- Pegue sua comida e enfie no seu **. – Murmurei. Peguei minhas coisas em cima da poltrona e sair batendo a porta. Nem troquei de roupa. E, eu que pensei que ele não fosse tão ruim, mas ele conseguiu ser pior ainda. Miserável!

Quando saí do elevador todos se viraram na minha direção. Fiquei com mais raiva ainda. Devia está horrível, descabelada e com a cara toda borrada de maquiagem. Passei por duas velhinhas que me olharam com nojo. Duas hipócritas. – Vocês nunca viram uma mulher frustrada, pois é, estou assim porque o senhor Jaime Gandy é um broxa idiota.

Falei alto e em bom som. Andei rapidamente para a saída e peguei um táxi. Não queria mais ser motivo de olhares e risinhos. Sociedade de merda!

Cheguei a minha pequena e humilde casa, que era paga pelo meu dinheiro e nenhum imbecil diria que eu tenho que ser "grata". Fui tomar um banho para lavar toda a minha noite de merda. A única coisa boa que me aconteceu foi ter dormido na melhor cama da minha vida, acho que nunca tive um sono tão gostoso. Depois de ter arrumado a casa, lavado e refeito o cabelo resolvi ir ler até chegar a hora de ir ao trabalho. Hoje não iria vê minha mãe, pois é sábado e as visitas são de segunda a sexta-feira, dias que não abro mão de vê-la...

Já era uma hora da manhã e o imbecil do Jaime não tinha aparecido na boate. Não que tivesse notado a sua ausência, imagina, mas sentia um alívio enorme por ele não ter vindo. Meu medo era encontrar Tony na saída. Depois de anos sem vê-lo, sentir tanto medo quando ele me tocou e pensei que fosse reviver toda agressão novamente, peço aos céus que não permita que isso aconteça novamente, além do mais, preciso do meu corpo e rosto para trabalhar.

Estava dançando quando Jaime chegou, ele parou em frente ao palco e ficou me encarando. Podia jurar que ele estava com raiva. Sentou-se na cadeira e a mesa dele fica no centro da boate, ele continuou a me fitar. Sentir-me incomodada, mas não queria demonstrar.

Passou boa parte da noite bebendo Uísque e me observando. Parei de olhar na sua direção, fingir que ele não existia e que não estava ali. Dancei e olhei para outros clientes e fiz o máximo para não olhá-lo. Quando girei no pole dance pude ver que Jessica sentada no colo dele. Desgraçado! Quase desequilibro, mas não iria demonstrar fraqueza diante dele. Você não terá este prazer, querido! Pensei comigo mesma.

Continuei dançando até que não aguentei quando vi que ele enfiava a mão por debaixo do vestido dela. Quando a música terminou desci do palco e fui tomar uma bebida.

- Uísque duplo. – Disse ao barman. Que porra está acontecendo comigo. Eu não devia me importar, eu nem o conheço. Sentir-me muito atraída, claro. Mas ele não é nada meu, e nunca vai ser. Virei às doses de vez. Não quis mais olhar na sua direção, e se eles estivessem transando na mesa. Dando um excitante e belo show de voyeurismo a todos da boate.

Argg!

Não quero nem pensar. Depois de meia hora fiz minha última dança da noite. Durante todo o momento em que dancei Jaime ficou com a mão dentro da saia de Jessica, isso acabou comigo, mas fiz o máximo para não demonstrar. Antes que saísse no palco vi quando Jaime saiu da boate com Jessica, "Hebe". Ela me olhou e me lançou um sorriso vitorioso.

Fui ao meu camarim, mudei minha roupa e fui para minha casa. Por mais que eu não quisesse sentir-me afetada por Jaime ter ficado com outra, eu sentir muito. Lá no fundo eu queria que ele se importasse comigo, acho que criei uma ilusão por ele ter me defendido de Tony, como se ele fosse meu super-herói. Que tola! Caminhei para estação do metrô sem me importar com nada, sentia-me anestesiada pelo peso que estava sentido no coração, e eu odiava me sentir assim.

Jaime Gandy.

Quando saí do banheiro e vi que Afrodite tinha dormido, fiquei sem saber o que fazer. Já era muito tarde e eu não podia mandá-la embora. Deitei-me ao seu lado e me sentir atraído para os seus lábios, queria beijá-los, fitei sua boca carnuda durante um tempo morrendo de vontade de beijá-los, mas me afastei antes que fizesse uma besteira. Quando tirei as roupas dela foi só pensando no seu bem estar, claro que fiquei muito excitado ao vê seu corpo, seus seios, mas jamais abusaria de uma mulher, jamais! Quando ela insinuou isso fiquei puto da vida, com muita raiva. Olhe para mim, eu preciso abusar de alguma mulher? Elas que usam e abusam de mim.

Não quis dormir perto dela, por isso deitei-me no sofá, mas não dormir quase nada. Eu não conseguia parar de pensar na mulher que dormia na minha cama, desejá-la estava acabando comigo. Não acreditei que Afrodite foi embora com a roupa do corpo, ainda fiquei sabendo que ela disse que sou broxa. Quero vê-la consegui dizer isso com meu pênis enfiado na sua goela.

Depois de um dia longo de trabalho resolvi ir até a boate Skin, não pretendia ir, mas quero mostrar para Afrodite, que se ela não quer quem vai perder não sou eu. Ela é a primeira mulher que me rejeita, e ainda por cima dormiu na minha cama sem ter passado a noite comigo. Inacreditável. Sei que ela me deseja, vejo como seu olhar me devora e como seu corpo implora para ser tocado pelo meu, mas de alguma forma ela resiste a isso.

Quando cheguei à boate fitei Afrodite durante boa parte da noite, mas ela pareceu nem se importar. Ela olhou para todos os homens da boate, menos na minha direção. Também poderia ignorá-la. Estava excitado e precisava-me aliviar com alguém. Hebe vinha me dando mole há muito tempo, eu podia passar uma noite com ela. Não precisava nem fazer um acordo. Sei que ela já dormiu com outros homens por dinheiro e comigo não seria diferente.

Coloquei-a no meu colo, mas não há beijei. Não beijaria uma prostituta jamais. Passei a mão pelo seu corpo, teve um momento em que percebi que Afrodite nos olhava, mas não me importei. Minha mão afundou dentro da saia dela e percebi o quanto ela estava molhada, não queria ficar perdendo meu tempo com Afrodite, precisava saciar os meus desejos e se não seria com ela que fosse com outra. Levei Hebe para minha cobertura.

- Eu te desejo há muito tempo, Jaime. – Diz se despindo.

- Não vai passar desta noite. – Murmurei.

- Não acreditei que você foi atrás de Isis ontem, nem na tapa que ela te deu. Ela é uma sonsa, e se acha melhor que todas. Então o nome dela é Isis, foi à única coisa que consegui prestar atenção.

- Não quero conversa, quero ação. – Murmurei e a fiz ficar de joelhos para chupar meu pênis. Fiz a fazer tudo o que eu queria, mas no final nada me satisfez. Eu queria sentir uma mulher de olhos verdes com rosto de gatinha, boca atrevida e cujo nome é Isis.

Não sei como, mas arranjaria um jeito dela ser a minha acompanhante, pois sei que apenas uma noite não seria suficiente para nós dois.

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