Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 28

Kate acordou com um gemido, sentindo seu pescoço rígido por causa da posição desajeitada. Olhou para suas pernas nuas, dobradas juntas, e o esperma que Colton havia jorrado nela agora estava pegajoso entre suas coxas. Os quadris dele haviam se chocado contra ela enquanto eles dormiam. Os olhos de Colton estavam fechados, seu peito subia e descia em um ritmo suave e melódico. Ele parecia tão pacífico, tão diferente do Colton que ela conheceu no passado.

As sobrancelhas grossas realçavam os olhos redondos cor de carvão escondidos sob cílios longos, e Kate podia distinguir pequenas cicatrizes que indicavam que ele tivera um piercing na sobrancelha. Sua pele bronzeada se esticava sobre a mandíbula afiada, salpicada com a barba preta. Ela não sabia como era possível, mas ele parecia ainda mais bonito de perto.

"É assustador ficar vendo as pessoas dormirem", ele murmurou enquanto seus olhos lutavam para abrir, piscando de leve algumas vezes para se ajustar à luz do dia, que entrava pelas cortinas abertas.

Por sorte, Kate estava no quarto andar e não precisava se preocupar com nenhum voyeur.

"E ele está de volta", ela riu. Levantou-se do sofá, desvencilhando-se dos braços dele, e se espreguiçou: “Vou tomar um banho. Você vai dormir mais ou vai comigo?”

Um brilho perverso cintilou nos olhos escuros dele, e ele saltou, passando a mão pelos cabelos emaranhados. Seu pênis já estava começando a subir.

A excitação fez o coração dela palpitar, e seu estômago arrepiou quando ela se virou, ansiosa para se enfiar sob a água quente nos braços de Colton. Mas o frenesi se transformou rapidamente em perplexidade, e então em pânico, enquanto seus olhos percorriam a sala saqueada.

As gavetas haviam sido puxadas, papéis e correspondências estavam espalhados pelo chão. Os armários foram abertos, e seus pertences vasculhados. Se não fosse pelo fato de sua televisão e notebook ainda estarem intactos, Kate diria que havia sido assaltada.

"Você viu..."

"Puta merda", Colton bradou, tirando enfim os olhos da bunda de Kate para ver a bagunça ao seu redor. “Nós não deixamos isso assim.”

O coração de Kate saltou para a garganta, com a batida forte vibrando em seus ouvidos. “Estava assim quando a gente chegou?”

“Eu... eu não sei, de verdade. Eu estava tão distraído com você que não reparei.”

Seus pés se moveram sem que ela percebesse, vagando os olhos para o quarto. Seu estômago embrulhou, ameaçando transbordar a qualquer momento. Suas gavetas haviam sido reviradas e haviam calcinhas de renda e tangas amassadas em uma pilha na cama. Seus sutiãs estavam caídos no chão, a lingerie sexy que ela havia comprado para ocasiões especiais, jogada em um canto. Seu vibrador estava posicionado na mesa de cabeceira, longe de seu lugar habitual na gaveta de cima.

Percorrendo a pilha de roupas, sua respiração parou. A calcinha azul clara que ela estava usando na noite em que tinha ficado bêbada — na primeira noite em que Colton dormiu ao lado dela — não estava ali. Ela se lembrou daquilo porque era algo significativo, e seu estômago se revoltou com o pensamento do intruso ter levado sua calcinha.

"Você acha que alguém entrou enquanto estávamos dormindo?", ela murmurou, tentando conter o tremor que tomou conta de seu corpo, mas sem êxito.

“Não, definitivamente não”, Colton respondeu, suas mãos envolvendo os ombros dela em um gesto protetor. Ele a abraçou, apertando-a com mais força quando ela soltou um choramingo. Colton beijou a parte de trás de sua cabeça, enterrando o nariz em seus cabelos levemente despenteados. “Eu tenho sono leve. Eu teria acordado se alguém tivesse entrado e feito tudo isso.”

"Então...", Kate engoliu em seco, sentindo as lágrimas arderem nos cantos de seus olhos. “Então alguém sabia que a gente estava fora. Entraram aqui enquanto a gente estava fora.”

Ela projetou o corpo para frente, colocando seus pertences de volta nas gavetas. A humilhação deixou suas bochechas vermelhas, sabendo que alguém havia revirado seus pertences mais íntimos, e agora eles estavam em plena exibição para Colton. As mãos quentes dele agarraram seus punhos, acalmando-a enquanto ele a puxava contra seu peito. “Você tem que deixar como está, amor. A polícia vai ter que olhar.”

“Eu preciso ligar para a Paloma”, ela murmurou.

“Você precisa ligar para a polícia, Kate. Alguém invadiu sua casa. Reviraram suas coisas”, ele fez uma pausa, embalando o corpo trêmulo contra o seu. Colton enrijeceu um pouco, e os olhos de Kate dispararam preocupados em sua direção. Ele balançou a cabeça, afastando os cabelos dela de seus olhos arregalados. “Eu pensei... talvez Austin, mas ele não teria coragem. Ele sabe que eu mataria ele.”

Kate soltou um suspiro trêmulo, enterrando o rosto em seu ombro. “Eu acho que sei quem foi. Você pode chamar a polícia? Preciso fazer uma ligação.”

Os dentes dele morderam o lábio inferior, e seus olhos examinaram os dela em busca de uma resposta, mas ela não deu nenhuma. Ele assentiu, beijando o topo de sua cabeça e movendo-se lentamente pela sala de estar, vestindo a calça jeans e tirando o telefone do bolso. Kate pôde ouvir sua voz rouca ressoando pelo apartamento até então silencioso.

Passando os dedos pelo cabelo, ela vestiu um par de moletom e caiu na cama. Suas pernas tremiam, seu coração batia forte enquanto ela tentava desesperadamente encontrar forças para fazer a ligação. Soltou um suspiro agudo e digitou o número com o qual ela já havia sido muito familiarizada.

A cada toque, o coração de Kate saltava em sua garganta. O tempo começou a passar devagar; o pulsar de seu coração batendo em seus ouvidos. Ela pensou em desligar, com o dedo pronto para encerrar a chamada, mas foi interrompida pela voz severa que soou do outro lado.

“Kate Grayson, a que devo o prazer?”