Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 105

"Não desistir é o que vai te fazer conquistar tudo o que sempre sonhou!"

MANU

DEZ DIAS ANTES DO CASAMENTO

Os últimos dias tem sido cansativos, apesar de termos optado por um casamento simples, para poucos convidados, estou com os nervos a flor da pele. Nunca senti tanta ansiedade em fazer alguma coisa. Murilo é um fofo que tem tido uma paciência comigo além do normal, não vou negar que ando bem estranha com a gravidez.

Entramos na loja de noivas, confesso que estou nervosa, toda vez que experimento o vestido

precisa de ajuste, não é fácil casar grávida, o corpo muda todos os dias.

Saio do provador, com meu vestido branco que deixa evidente minha barriga de seis meses, acho que fiz uma boa escolha ao optar por um modelo camiseta, justo nos seios, e solto a partir desse ponto, nada exagerado, poucos bordados na parte dos seios, o tecido da saia é leve e esvoaçante, achei bem adequado para um casamento de dia.

Acabo de duvidar da escolha que fiz, o silencio na sala está me deixando preocupada, volto a me olhar no espelho, será que ficou feio?

- Ficou ruim? - Pergunto para ninguém em especifico.

Passo as mãos pela saia do vestido, tentando entender o que tinha de errado.

- Ruim? - Elias me olha de boca aberta. - Meu Deus! Você poderia ser uma dessas grávida de nariz inchado, com espinhas de tantos hormônios.

- Mas em compensação, está radiante, olha esses peitos. - Clara completa.

Começo a rir, porque é o extremo oposto de como me sinto, parece que a cada dia estou pior, sentindo mais dores por todo o corpo, sem contar o inchaço.

- Vocês são tão gentis. - Falo sorrindo para meus amigos.

Minha mãe se levanta, segura minha mão enquanto me observa.

- Você está linda filha.

- Nunca vi uma noiva tão linda. - Ariel completa.

Ainda me olhando no espelho com Elias ajeitando o vestido, ele para e toca minha barriga redonda com meu Raul crescendo ali dentro. Meu amigo para e me olha, sei que quer me contar alguma coisa importante.

- É um momento ruim para te contar que decidi morar com o Alex?

Ele fala fazendo uma careta, como se estivesse com medo da minha reação.

- Como assim gente? Eu perdi vários capítulos dessa novela. - Falo com as mãos na cintura.

- Você está trabalhando muito e tem o bebê.

- Ele tem um nome agora.

Pouso minha mão sobre meu ventre, acariciando meu filho.

- Qual? - Clara pergunta ansiosa.

- Raul.

Vejo minha mãe levar as mãos ao rosto e começar a chorar.

- Filha . - Ela vem até mim e me abraça.

- Foi ideia do Murilo.

- Esse espanhol, sempre me surpreende. - Elias fala rindo.

- Eu amei, seu pai ficaria tão feliz.

- Eu sei mãe.

- Ah filha, tenho pensado tanto em seu pai, ele ficaria tão orgulhoso da mulher que se tornou, tão feliz com sua gravidez.

- Você acha mãe?

Não que eu sentisse que meu pai iria me rejeitar ou qualquer coisa do tipo, mas talvez não ficasse feliz com uma gravidez fora do casamento. Apesar que vindo dele nada mudaria seus

sentimentos por mim, lembro quando contei sobre Elias, ele foi tão amoroso, não seria diferente comigo.

- Tenho certeza querida, seu pai tinha verdadeira idolatria por você Manu.

Foi estranho ouvir minha mãe me chamar assim outra vez, olho para ela sorrindo querendo acreditar que nossa relação só tem a melhorar, eu tenho me esforçado.

Saímos da loja e fomos almoçar em um restaurante, Clara não pode vir, ela anda bem estranha ultimamente, vive de conversinha no celular, parece estar sempre escondendo alguma coisa.

Nos sentamos para fazer nossos pedidos.

- Então Elias, me conta essa história de morar com o Alex. - Pergunto ao meu melhor amigo e padrinho do meu filho.

- Ah Manu, tudo foi acontecendo naturalmente, quando estou com Alex eu posso ser eu mesmo sabe, ele não se importa com meu jeito, mesmo ele sendo o extremo oposto e isso me deixa tão feliz.

- Já percebi que ele nunca sentiu vergonha em assumir vocês como casal.

- É disso que estou falando, sempre que saímos juntos ele faz questão de segurar minha

mão.

- Eu acho ele um gato e super apoio vocês. - Ariel fala animada.

Minha mãe se mantinha calada, ela na verdade nunca externou sua opinião sobre Elias.

- E você tia Elena, o que acha? - Elias pergunta receoso.

- Eu acho que você deve ser feliz meu filho, nunca fez diferença para mim sua opção sexual, você é uma pessoa maravilhosa e nada muda isso.

Elias começa a chorar, sei que ele fica triste por não poder contar com o apoio da família dele.

- Eu queria tanto que minha mãe e meu pai, olhassem para mim como ser humano, sem

enxergar só meus defeitos.

Seguro suas duas mãos e as puxo para um beijo.

- Já te disse isso várias vezes, mas vou dizer mais uma. O que importa nessa vida somos eu e você, nada além disso, eu te amo, mais que um irmão, você sempre foi tudo para mim, o meu amor e apoio você terá sempre, em qualquer situação.

Não pensei no que disse na frente da minha mãe, mas era assim que eu me sentia, e ela precisava saber, afinal Elias para mim é mais importante que tudo, ele sempre uma referencia de família. Emocionado meu amigo se levanta, vindo até meu lado se abaixando para ficar da minha altura, ele me abraça com carinho, deslizando a mão sobre meu filho.

- Você é minha vida Manu, se qualquer coisa tivesse acontecido a você, eu morreria.

Sinto meus olhos queimarem, Elias nunca falou sobre o episodio do sequestro, sei que para ele foi muito difícil, Murilo me contou que meu amigo ficou muito mal, não trabalhou, comeu ou dormiu nos dias que estive em cativeiro.

- Não vamos lembrar disso por favor.

- Você está certa, Manuzinha.

Elias beija meu rosto, depois minha barriga, Raul responde dando um chute em sua mão.

- Eu sei meu amor, dindo ama você também.

Seguimos com nosso almoço com uma conversa mais leve.

- Vocês pretendem morar no meu apartamento?

- Não, o Alex tem o dele.

- Humm e você mãe, está bem na sua casa?

Não sei o que fazer com meu apartamento, uma vez que estou morando com Murilo, Elias vai se mudar, ele vai ficar vago, não quero um estranho morando lá, o que vou fazer com minhas coisas?

- Estou ótima filha, sabe que eu nunca sairia daquela casa, todas as lembranças do seu pai estão lá.

Sim eu sei que as lembranças do meu pai estão lá, mas as de José também estão.

- Manu, é que ... hum ... talvez, se você for alugar. - Minha cunhada passa as mãos pelos cabelos. - Eu tenha uma pessoa interessada.

Olho para minha cunhada sem entender, quem ela poderia conhecer alguém que quer alugar um apartamento.

- Alguém da faculdade?

- Na verdade é para mim.

Tudo bem, agora fiquei surpresa.

- Não estou te entendo, seu irmão quer comprar uma casa para nós, achei que você ficaria no apartamento.

- Lá é muito grande só para mim, e também é alugado, o seu apartamento é mais perto da faculdade.

- Olha Ariel, por mim está tudo certo, você pode ficar lá, mas precisa falar com seus pais primeiro.

- Eu converso com eles, vamos acertar o valor do aluguel e eu me mudo assim que Elias for morar com Alex.

Minha cunhada mal podia conter a empolgação.

- Eu vou no final do mês. - Elias fala.

- Perfeito. - Ariel bate palminhas.

- Não vou te cobrar aluguel, Ariel.

- Mas eu quero pagar.

- Não.

Ela me olha séria e pensativa.

- E se nós esperamos o pãozinho, quero dizer Raul nascer e eu fizer uma poupança para ele com o valor do aluguel?

Penso por um instante e a ideia me parece razoável.

- Não sei. - Respondo ainda ponderando.

- Por favor Manu, é uma ótima solução para todos.

- Sua cunhada está certa filha, é para o Raul, quando ele crescer decide o que fazer com o dinheiro. - Minha mãe fala ponderando.

- Está bem, podemos fazer assim.

E assim seguimos nosso almoço com uma conversa bem entusiasmada e cheia de risadas.

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