O Sheikh e Eu(Completo) romance Capítulo 45

Voltei minha atenção para ele, tomada de insegurança no meu olhar. Ele parecia um misto de piedade e cansaço. O cabelo estava debaixo do Keffiyer branco e ele usava uma camisa gigantesca de botões também branca, com uma calça de cor mais mostarda. Estava com os olhos fundos e fiquei a imaginar se a reunião com o pai dele não tinha terminado só agora e por isso o cansaço dele.

– Ag? Você está bem? – Perguntou Seth e eu não pensei muito enquanto derrubei a primeira lágrima desde que voltei à mansão desde então.

– Ag. Está tudo bem. – Disse Seth vindo na minha direção. Permiti que ele encurtasse o espaço e me tomasse em seus braços e me aninhei no seu peito, morta por dentro. Era tão aconchegante e seguro estar nos braços de Seth que eu me culpei por pensar essas coisas. Mas eu só estava precisando de carinho e atenção, porque estava me sentindo terrivelmente sozinha e com Seth eu já não me sentia assim tão só.

– Já te contaram? – Disse e percebi que minha voz saiu entrecortada.

– Sim. – Seth suspirou e beijou o alto da minha cabeça de forma carinhosa. – Estou trabalhando desde as sete, cheguei só agora. Mas fiquei angustiado o dia todo quando Shadique contou ao meu pai que me contou que você, Shiloha e ele estavam e presenciaram a morte do estrangeiro pelo radical. – Respondeu Seth e eu me aninhei ainda mais em seus braços, com medo do mundo. – Não via a hora de os problemas acabarem, mas só conseguimos terminar agora. – Ele disse e eu não fazia ideia do que era agora, já que não sabia que horas eram.

– Eu.... Eu tive medo. – Confessei para Seth e ele me apertou sobre seus braços me fazendo me sentir um pouco melhor.

– Não tenha, eu estou aqui. – Ele respondeu carinhosamente, mas eu neguei com a cabeça.

– Você não estava lá, eu... – Funguei. – Eu estava sozinha. – E então Seth me afastou do calor do seu corpo para olhar nos meus olhos enquanto dizia lentamente:

– Hey, Ag. Já passou. – Havia ternura no seu olhar. – E agora eu estou aqui, tudo bem? – Ele disse e eu meneei a cabeça concordando logo em seguida voltando a aninhar nos seus braços. Seth então beijou o alto da minha cabeça e começou a me arrastar lentamente para fora do meu escritório. Não mudei seu destino. Deixei que me levasse em seus braços porque eu estava morrendo por dentro e só queria que alguém cuidasse de mim depois dos problemas em cima de problemas que eu vinha passando.

Quando Seth adentrou o seu quarto e sentou recostando na cabeceira da cama e me puxando para seu peito com carinho, com as pernas afastadas para eu ficar no meio, eu não neguei. Eu só queria que o pesadelo acabasse, porque a imagem do homem com miolos para fora parecia me açoitar constantemente.

– Ag, eu estou aqui. Eu não vou te abandonar. – Tentou Seth. Sua voz foi um hálito quente no meu ouvido que me arrepiou levemente, porém não diminuiu muito o medo que eu tinha.

– Mas todos os estrangeiros... – Comecei e Seth me fuzilou com o olhar.

– Você está aqui, Ag. Eu não vou permitir que algo te aconteça. – Neguei com a cabeça.

– Você não pode.

– Não posso o que?

– Impedir que algo aconteça comigo. – Então Seth me apertou ainda mais sob seus braços quando ameacei derrubar mais lágrimas. Malditas lágrimas.

– Eu posso não impedir, mas tentarei o máximo evitar. E, se for esse o destino, quero estar do seu lado para te ajudar. – Suas palavras me fizeram soltar uma pequena risada, me aninhando ainda mais nele. Aquele não era o momento para pensar nas nossas diferenças. Eu não ia conseguir. O melhor mesmo era que eu desse de ombros e esquecesse disso por ora. Já estava muito fragilizada naquele momento.

Acabei dormindo em algum momento com o carinho terno que era feito na minha cabeça. Não soube exatamente quando isso aconteceu, mas, em algum momento, comecei a sonhar.

Sonhei que em vez de pegar Shiloha o homem me pegava e ria ao me reconhecer como brasileira. Ele me olhava com profundidade e então apontou a arma na minha cabeça. Mas Seth se jogou na frente, no último segundo quando o cara atirou. E, em vez de ver o homem loiro estrangeiro jogado ao chão, com os miolos de fora, eu vi Seth morrendo por minha causa e aquilo me machucou de uma maneira indiscutível.

Acordei no susto, suando frio, enquanto tentava me situar onde estava. Percebi que ainda estava no colo de Seth, mas que ele tinha dormido de mal jeito, apoiado com a cabeça na cabeceira acolchoada da sua cama. Ele estava sério enquanto dormia e não ficou muito tempo assim, acordou também resmungando alguma coisa. Não soube dizer o que era, já que não sabia que Seth falava dormindo. Mas ele logo abriu os olhos também despertando agora que eu estava desperta, também olhando para os lados e localizando onde estava.

– Tudo bem? – Ele me perguntou bocejando e eu, involuntariamente, também o fiz.

– Mais ou menos. – Disse lembrando do terrível sonho que eu tivera com ele.

– Com o que sonhastes? – Ele perguntou e eu acabei dando de ombros enquanto contava. Fer costuma falar que se não contamos os nossos pesadelos a ninguém, eles acabam acontecendo. E eu prefiro não experimentar essa hipótese, sinceramente.

– Ag. – O dedo de Seth tocou o meu queixo e fez meus olhos cheios de lágrimas se voltarem a ele. – Eu estou aqui, okay? – Concordei meneando a cabeça. – Quer que eu te leve ao seu quarto? – Neguei com a cabeça novamente e Seth gargalhou baixinho achando graça do meu acanhamento.

– Mas é o certo a fazer. – Disse gentilmente e Seth concordou enquanto me permitia me levantar. Foi com muito pesar que o fiz, já que a quentura de Seth não era algo fácil de largar. Mas eu sabia o que era certo a fazer.

– Quer que eu te acompanhe? – Neguei com a cabeça.

– Vai levantar suspeitas. – Seth deu de ombros, mas eu neguei novamente. Não queria atenção voltada para mim ou comentários desnecessários. Afinal, ninguém sabia que eu tinha terminado o meu namoro, mas, quando souberem, as coisas iriam já ficar preocupantes...

– Então nos vemos amanhã? – Perguntou um Seth gentil abrindo a porta para mim. Passei por ele reflexiva.

– Sim, nos vemos amanhã. – E para a minha surpresa, Seth plantou um terno beijo na minha testa me fazendo fechar os olhos de prazer com tamanho gesto adorável.

– Até amanhã, Ag. – E eu concordei sem jeito enquanto ele fechava a porta.

– Até amanhã, Seth. – Disse pôr fim.

*

O dia tinha amanhecido já cheio. Sahir foi me perguntar o que achara dos pratos que ela faria aquele dia e eu tive que comparar com o que tínhamos e se estava tudo tranquilo. Depois, consegui arrumar tudo o que eu tinha procrastinado até então numa planilha, tendo, agora, todos os gastos organizados no meu laptop. Sorri para mim mesma. Estava indo tudo perfeitamente bem.

Por último, consegui reorganizar a casa nos últimos toques que faltavam e Karen veio me agradecer por ajudá-la, lá fora, com as ideias sobre o paisagismo – ainda que eu não soubesse nada sobre isso – mas ela só queria saber se estava bom e bem, esse tipo de opinião eu acho que eu conseguia dar sem problemas.

O almoço então logo chegou e eu senti como se a rotina estivesse retornando calmamente, o que me deixou deveras bem feliz. Não aguentava mais as ideias martelando na minha mente, bem como os beijos quentes de Seth que ainda pareciam me deixar atordoada e deveras, algumas vezes durante o dia, perdida com meus afazeres.

Suspirei. Precisava me manter concentrada, porque eu era a responsável por tudo ali. Mas as imagens sempre vinham e eu acaba, invariavelmente, sorrindo diante delas. Eu sei, era algo que eu não deveria costumeiramente fazer, mas eu fazia. E isso era frustrante.

Almocei rapidamente porque tinha que correr para terminar, agora, a última planilha que era os gastos daquele mês. Ainda mais depois da festa de Seth que deveria ter dado alguns gastos para a mansão. Então apressei-me a correr para o meu escritório, se é que eu podia chamar assim, e sorri diante do meu laptop que me esperava.

A tarde avançava calmamente e eu estava conseguindo ir bem nos cálculos e nas demandas pedidas. Estava satisfeita comigo mesma. Trabalho dado, era trabalho cumprido. Minha meta de sempre.

– Ag? – Ouvi e olhei para a porta vendo a cabeça de Seth no vão dela com um sorriso brincalhão nos lábios. Todos os meus apitos mentais pareceram ser acionados e eu pulei da cadeira como se fosse a hora de fugir.

– Pois não? – Perguntei como se estivesse sendo espreitada por um felino. Talvez fosse. Um felino incrivelmente lindo. Argh. Pare de pensar nisso, Agnes!

– Você está aqui. – Disse Seth entrando e fechando a porta. Aquilo me deixou mais alarmada ainda. Voltei meus olhos para a porta para ver se assim ela abria e me impedia de ficar no mesmo recinto que Seth.

– Sim. – Respondi.

– Está se sentindo melhor? – Ele perguntou e parecia franco em sua pergunta. Não sabia como entender isso, apenas dei de ombros.

– Acho que sim. Conquanto a imagem do cara não venha à minha mente, está tudo bem. – Respondi e Seth assentiu dando passos em minha direção. Olhei para todos os lados procurando uma maneira de fugir. Eu tinha que encontrar uma saída, não?

– Por que está fugindo, Ag? – Perguntou-me um Seth risonho enquanto eu tropeçava nos meus próprios pés me escondendo entre a cadeira que eu estava sentada e a presença intimidadora de Seth. E ele ainda perguntava porque eu estava fugindo? Sério mesmo, produção?

– Por que você está aqui. – Disse e Seth gargalhou levando a cabeça para trás.

– E qual o problema de eu estar aqui? – Respirei fundo.

– Seth. A gente não pode... – Ele interrompeu.

– Vai começar com isso de novo. – Seth tentou se aproximar e eu agarrei a cadeira prestes a rodar as rodinhas para cima dele.

– Eu tenho que começar. – Disse assustada. – Meu emprego depende disso. – Disse como se fosse óbvio e eu realmente acreditava que era.

– Agnes. – Seth deu mais um passo na minha direção. – Eu não vou te machucar. – Ele disse e eu me encolhi. – Você disse que sente isso por mim. – Fui pega pelas minhas traiçoeiras palavras. Suspirei.

– Eu gosto, mas não posso. Eu... – Eu já não tinha mais palavras, pois Seth tinha se aproveitado que eu estava falando para dar mais um passo na minha direção. Havia só a cadeira agora nos separando.

– Agnes. – Seth tinha os olhos fixos em mim e eu só conseguia pensar nos malditos beijos que tivera com ele em Munique e em como eu estava prestes a repeti-los agora na mansão. – Por que você está tentando fugir disso? – Ele me pergunta e eu não tenho palavras para respondê-lo. Na verdade, acho que todas elas saíram da minha mente no exato momento que Seth apareceu no seu porte incrivelmente belo. Céus, por que esse homem tem que ser lindo assim?

– Seth... – Disse e minha voz saiu quase em um sopro novamente. Seth lançou-me um sorriso cheio de dentes.

– Gosto quando você diz o meu nome. – Disse. – Fica tão sexy quando sai de seus lábios. – Ele completa e eu sinto que estou ficando extremamente escarlate.

– Seth... – Digo e percebo que repeti o nome dele de novo e que ele me lança um sorriso cretino. – Não podemos... – Eu acho que estou tentando me convencer com essa frase, porque Seth já parece decidido de sua opção, já que ele avança agora para mais perto de mim, empurrando a cadeira de rodinha para longe de nós. Estou tão próxima dele que não sei se consigo respirar. Estou morrendo?

– Agnes. – Sua voz sai grave e extremamente galanteadora. Sinto minha pele se arrepiar. Seth está tão próximo e eu levanto a cabeça para olhar nos seus olhos que hoje pareceram acordar mais para uma tonalidade esverdeada.

Não consigo dizer mais nada, porque sinto que minhas pernas estão como gelatina. Só consigo sentir. Uma das mãos de Seth abraça a minha cintura me trazendo mais para próximo dele, num gesto rápido e profundo e eu quase arfo com seu toque enquanto continuo olhando em seus olhos e me perdendo neles. A outra mão passa pela minha bochecha com um toque sensível e prazeroso que faz meus olhos se fecharem involuntariamente.

Ouço uma risada baixinha de Seth ao perceber que estou entregue aos seus toques. Maldita falta de controle minha. Ameaço abrir os olhos, mas só xingo baixinho:

– Seu maldito... – Começo, mas não termino, porque Seth encurta a distância entre nossos lábios dando-me um beijo logo em seguida.

Não consigo controlar o espírito que toma o meu corpo – porque parece ser a única opção para a minha entrega sem reclamar – apenas permito que nossos corpos se encostem e que Seth adentre minha boca com sua língua que passa a brincar com minha língua.

Suas mãos percorrem minhas costas e eu arqueio elas tentando me aproximar ainda mais de Seth. Minhas mãos já estão percorrendo o Keffiyer que Seth está usando e tirando displicentemente de sua cabeça, jogando para um canto qualquer. Só quero sentir o seu cabelo e puxar levemente entre os meus dedos a maciez instantânea. Céus, estou perdida.

Seth me empurra sem cuidado algum até a mesa a frente e eu não me importo com a falta de ternura nesse momento. Eu só quero sentir Seth mais e ele também. Mordisco seu lábio inferior e arfo quando sinto que sua mão aperta levemente a carne da minha cintura como para obter autocontrole, o que ele não consegue, já ficando alterado e duro.

Puxo-o pelo pescoço, pois quero diminuir essa distância que parece incrivelmente grande entre nós. Seth então desgruda os lábios dos meus e eu sinto que estou vacilante quando ele mordisca a pele próxima do meu ombro tornando a trazer uma série de ondas quentes por todo o meu corpo. Estou arfante.

Percebo que Seth soltou um gemido baixo quando minhas mãos, sem querer, adentram a cobertura das suas costas arranhando levemente as suas costas diante da provocação que estou sofrendo com seus toques. Seth também não se acanha e suas mãos apertam a pele da minha cintura por baixo da blusa, mas ele não sobe. Só fica ali permitindo que eu enlouqueça.

Meu Deus, o que eu estou fazendo? No meu ambiente de trabalho estou me deixando ser tomada pelos desejos volúpias e os beijos deliciosos de Seth? Eu sei que tenho que parar, que alguém pode aparecer de repente, do nada, mas onde está a minha força de vontade numa hora dessas? Desapareceu completamente...

Seth encosta sua masculinidade em mim e minhas pernas estão quase se fechando ao redor da sua cintura. Seth continua distribuindo beijos e lambendo a pele do meu pescoço e do meu ombro, mas estou absorta em todo o sentimento que não consigo pensar em que mal há de eu estar fazendo isso.

– Seth... – Consigo falar depois de muito controle, mas parece quase um gemido no seu ouvido. Odeio que eu esteja tão entregue.

– Estou aqui, amira. – Ele diz continuando a dar pequenas mordidinhas na pele próxima da minha clavícula. Minhas unhas encontram a pele dele sem me controlar.

– A gente... – O que eu tenho que falar, céus? O que é tão necessário falar? – Não... – Não o que Agnes? Diga logo. Não consigo.

– Hm... – Diz um Seth safado enquanto volta a subir até meus lábios mordiscando meu lábio inferior logo em seguida.

– Para. – Digo abruptamente e Seth o faz sem pestanejar, com uma cara de assustado enquanto tento me controlar. O calor ainda está em mim e sinto meu corpo pestanejar por conta de seus lábios já não estarem me tocando mais. Sei que preciso ser forte e que preciso afastar Seth para conseguir me controlar e falar o que preciso, mas só consigo passar a mão pelos meus cabelos tentando controlar a angústia que perpassa o meu corpo.

– Ag. – Começa Seth, mas eu levanto a palma da mão, pedindo para que ele pare de falar. Prontamente, ele o faz. Respiro fundo. Preciso me afastar dele, se não falar se tornará ainda mais difícil.

– Eu.... Você... – Malditas palavras que fogem na última hora. – Isso não pode acontecer. – Disse enquanto tentava me por de pé da mesa, insistindo para que minhas pernas bambas não se tornassem gelatina. – Nós não podemos... – Seth está com os olhos voltados a mim e parece me fuzilar com os mesmos.

– E porque não? – Ele pergunta tentando controlar o brilho de raiva no olhar. – Você sente, eu sinto... – Ele diz, mas eu apenas balanço a cabeça discordando.

– Por que não basta apenas sentir! – Vi que falei mais alto do que pensei que falaria. – Por que não basta só gostar, Seth. Isso não fará que fiquemos juntos. – Disse e, no fim, pude sentir orgulho de mim mesma. No fim, tinha conseguido falar o que tanto precisava falar e que estava me matando por inteira. Seth ainda tinha os olhos em mim, mas parecia reflexivo agora.

– Tem razão. – Ele disse para a minha surpresa. Achei que ele não iria concordar e voltaria a me beijar e eu acabaria não impedindo porque já estava fraca demais. Mas lá estava Seth me surpreendendo. – Vamos fazer as coisas da forma direita então, Ag. – Seth passou a mão pelos cabelos percebendo somente agora que eles não estavam tampados. – Vamos contar isso para minha mãe, vamos ter um compromisso sério. Vamos até casar, se quiser. – Disse um Seth sério e aquilo me impressionou de uma maneira louca. Abri a boca para falar, mas acabei a fechando sem saber exatamente o que dizer.

– Ag? – Chamou-me Seth e eu apenas balancei a cabeça, pois ainda estava completamente absorta naquela ideia. – Ag, vamos fazer o certo então. Sem nos tocarmos do jeito que estamos fazendo agora, até o casamento. Sem mais nada. – Eu balancei a cabeça. Ainda estava uma confusão a minha mente e parecia, inclusive, que um zumbido estava começando a se formar.

– Eu tenho.... Eu preciso de ar... Preciso pensar. – Consigo responder e Seth assente.

– Te darei o tempo que precisar Ag. Mas é verdade quando digo que não me casarei com Nadirah. – Disse um Seth sério e comprometido com suas atitudes. Balancei a cabeça tentando afastar os fantasmas que espreitavam a minha mente. – Só aguardo a sua resposta.

Não dei resposta para Seth porque eu simplesmente não estava conseguindo. As pessoas podiam falar o que quisessem, a minha mente era uma confusão tamanha e eu nem sabia começar por onde. Primeiro, não conseguia nem pensar nessa ideia de casamento de tão insana que ela se mostrava e, no fundo, pensei que Seth estava brincando com os meus sentimentos, pois isso parecia uma loucura sem fim.

Sai do quarto atordoada. Sabia que a senhora Zilena estava chegando e que eu precisava de um ar. Mas eu simplesmente não conseguia. Olhei para a porta do escritório. Seth ainda devia estar lá dentro. O que a senhora Zilena acharia disso tudo? Certamente ela me mataria.

Não, eu sequer conseguia conceber essa ideia ou qualquer coisa do que Seth tinha falado. Ri só de imaginar isso. Eu precisava de um ar urgente, pois acredito que estava começando a ter uma crise. Respirei fundo. Só podia ser um sonho. Era um sonho, não era?

Por que eu preferia acreditar que fosse.

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