Um amor de cabaré romance Capítulo 12

Fui pra Curitiba, e a Marina me acompanhou, e isso não acontecia a bastante tempo, participamos de alguns eventos da qual fui um dos patrocinadores, e ela permaneceu do meu lado em todo o tempo.

A Marina chamava atenção por onde ela passava, de fato a beleza dela era notável, mas só beleza não era o bastante pra segurar o nosso casamento, e ela teria que fazer bem mais do que apenas estar comigo nas férias dela.

Fizemos uma reunião que acontece todo fim de mês, pra verificarmos o faturamento do período, e eu tive uma grande surpresa quando vi que o faturamento triplicou, e eu sabia que isso só aconteceu porquê o Fred se dedicou às empresas como se fossem dele.

- Você está fazendo um trabalho incrível Fred, estou orgulhoso de você.

Fred: Só fiz o meu dever Felipe, agora você pode aumentar o meu salário.

Todos rimos, mas ele realmente merecia esse aumento.

- Considere aumentado, você ganhará o triplo a partir de agora.

Fred: Não brinca, tá falando sério?

- Sim, é o justo.

Fred: É verdade, eu mereço.

Rimos novamente.

- Então, pra comemorarmos isso, faremos um grande evento, vou falar com a Lana que é a responsável por essa parte pra organizar tudo.

Fred: E onde será feito? aqui em Curitiba mesmo?

Eu fiquei pensando, e vi uma grande oportunidade de ver novamente a Nicole, pois eu poderia deixar a Marina ocupada com alguns detalhes do evento e ir vê-la.

Fred: Felipe? tá com a cabeça onde cara?

- Desculpe, eu estava pensando qual o estado que seria melhor pra fazer isso, o evento passado foi feito aqui, e o retrasado foi feito em São Paulo, vamos fazer esse no Rio de Janeiro.

Fred: Pena que nem todos os funcionários poderão participar, já que as empresas são espalhadas e muitos não podem arcar com as despesas da viagem.

Marina: Se vocês permitem eu dar uma sugestão, sugiro que façam um sorteio com os funcionários das lojas de cada estado, e arque com as despesas da viagem dos que forem sorteados.

- Que excelente ideia Marina, gostei, faça com que isso aconteça Fred.

Fred: E quantos funcionários seriam em cada estado?

- Selecione dez em cada um.

Fred: Tudo bem.

Terminamos a reunião, resolvemos mais algumas coisas e fomos pro hotel, onde a Marina estava em uma suíte diferente da minha.

Marina: Você não acha estranho, eu sendo sua esposa, tendo que ficar em outra suíte e não na sua?

Ela perguntou enquanto estávamos no elevador.

- Eu já deixei claro que preciso de um tempo Marina.

Ela ficou em silêncio, e por alguns instantes, me senti culpado por deixá-la triste.

- Amanhã voltaremos pra São Paulo, descanse.

Falei antes de entrar na minha suíte.

Eu tirei meu palitó, e fui tomar um banho, eu estava me sentindo sufocado, algo dentro de mim não estava normal, eu pensava na Nicole constantemente, e eu estava com medo de admitir pra mim mesmo que eu a desejava mais do que tudo.

Eu comecei a ficar excitado, imaginando a Nicole de quatro pra mim.

- Eu preciso tirar essa menina da cabeça, falei pra mim mesmo.

Depois do banho, coloquei uma roupa casual, passei perfume e na tentativa de bloquear os meus pensamentos, eu fiz algo compulsivamente.

Eu fui até a suíte na Marina e bati na porta, e rapidamente ela abriu.

Ela estava usando um vestido prata, com um decote chamativo, e estava maquiada.

- Você vai sair?

Marina: Sim, vou jantar fora, aproveitar o prazer da minha própria companhia.

Existia mágoa nas palavras dela, ao mesmo tempo que senti ciúmes por vê-la tão bem arrumada pra sair sozinha.

Eu entrei na suíte dela, fechei a porta, e ela ficou me encarando como se não estivesse entendendo nada.

Eu a segurei pela cintura, e a beijei.

A minha cabeça estava uma verdadeira bagunça, eu queria o divórcio, ao mesmo tempo que não conseguia ver a minha vida longe da Marina, eu achava que não a amava mais, porém bastou eu vê-la arrumada pra sair sozinha, que fui tomado pelo desespero de perdê-la.

Eu levantei o vestido dela, e a pele dela estava arrepiada, era normal, já que fazia um bom tempo que não transávamos.

Eu apertei a bunda dela, e logo em seguida tirei o vestido dela, eu a levantei e coloquei ela em cima da mesa.

Ela passou a mão por cima da minha roupa, e apertou o meu membro que já estava duro, ela o tirou pra fora, e eu afastei a calcinha dela e a penetrei.

Eu estava totalmente focado no meu momento com ela, até que a minha mente me levou até a Nicole.

Eu me afastei de uma forma repentina da Marina, que estranhou o meu afastamento tão brusco.

Marina: O que houve Felipe?

Eu tentei disfarçar, apesar do meu coração bater de forma acelerada.

- Nada, eu...

Marina: Já sei, você precisa de tempo, mas foi você quem veio aqui e me beijou.

- Não é isso Marina, eu fiz isso de forma consciente.

Eu voltei a me aproximar dela e a beijei novamente.

Eu me obriguei a expulsar a Nicole da minha cabeça, e aproveitei o momento com a minha esposa.

Eu tirei a calcinha dela, e voltei a penetrá-la.

Marina: aaah, aaah.

Ela estava completamente nua, e eu chupei os peitos dela.

Marina: Isso amor, assim, aaaah.

Eu a tirei de cima da mesa e a virei de costas pra mim, a inclinei na mesa, e meti novamente na xoxotinha dela, mas a minha vontade era de meter todinho no cuzinho dela, mas eu e ela nunca fizemos sexo anal, e nesse hora foi impossível não lembrar da Nicole outra vez.

Eu prendi a respiração, fechei os meus olhos, aumentei a velocidade das minhas estocadas e rapidamente gozei, pensando no cuzinho da Nicole.

Marina: Continua amor, eu não gozei ainda.

Eu mantive as minhas estocadas mesmo eu já tendo gozado, e logo em seguida ela gozou.

Ela virou de volta pra mim e me encarou, mas eu desviei o olhar e coloquei meu pau dentro da roupa.

Marina: O que houve? porquê você está com essa cara?

- Eu acho que vou voltar pra minha suíte.

Marina: Dorme aqui, só por hoje, assim fica parecendo que eu sou uma puta, que você só come e vai embora.

- Que comparação mais tosca.

Falei com raiva, mas a verdade era que ela tinha me atingindo ao me fazer lembrar que era exatamente isso que a Nicole era, e mesmo assim, eu não tirava ela da cabeça.

Marina: Você está realmente estranho Felipe, parece arrependido. Se era pra ficar assim, porquê você veio aqui então?

- Desculpa Marina, não é minha intenção te fazer pensar que não gostei, eu só preciso...

Marina: Já sei, do maldito tempo.

- Isso. Eu vou pra minha suíte agora.

Eu dei as costas pra ela, e saí.

Quando eu entrei na minha suíte, eu fui tomar um banho, e senti um peso gigante nas minhas costas, era o peso da culpa, por ter fudido a Marina enquanto pensava na Nicole.

- Eu nunca fui assim, que porra está acontecendo comigo? Porquê não consigo tirar aquela menina da cabeça? falei em desabafo pra mim mesmo.

Fui pra cama e dormi, só assim consegui tirá-la da minha cabeça.

No dia seguinte, eu e a Marina nos tratamos como dois estranhos, parecia que nada havia acontecido entre nós dois, exceto pela cara dela de poucos amigos, mas já era de se esperar, levando em conta o meu comportamento logo depois de transarmos.

Quando chegamos em casa, tentei ajudá-la com a mala, mas ela disse que não precisava e se trancou no quarto, eu sabia o motivo, mas preferi não tocar no assunto com ela, muito menos pedir desculpas.

A semana passou se arrastando, o tempo parecia não passar, mas no fundo eu sabia que era apenas a minha ansiedade em querer ir pro Rio de Janeiro, e eu não via a hora do evento acontecer e eu poder finalmente encontrar uma desculpa pra ver a Nicole.

Quando o dia finalmente chegou, eu e a Marina tivemos uma conversa franca dentro do avião.

Marina: Você pode por favor, pelo menos fingir que estamos bem? não quero que ninguém especule um divórcio, até você realmente ter certeza que quer isso.

- Eu não sei fingir nada Marina.

Marina: Felipe, se você decidir continuar comigo, não quero que as pessoas passem a nos ver como um casal fragilizado, nem que outras mulheres acreditem que podem ter alguma chance com você só por saber que estamos em crise, você gostaria que os homens achassem o mesmo sobre mim?

A pergunta dela me pegou de surpresa, ela realmente tinha razão, eu não gostaria disso, e acredito que eu ficaria bastante enciumado.

- Tudo bem, eu vou me esforçar pra mater as aparência. Falei de forma áspera.

Fomos pro hotel, e novamente ficamos separados, mas no fundo, eu só queria uma desculpa pra não me sentir tão culpado por traí-la, essa situação me fazia ter a sensação que eu não tinha nenhum compromisso com ela.

Quando a noite chegou, fiquei formulando na minha mente uma estratégia pra sair e ver a Nicole, mas nenhuma ideia surgiu, e embora eu pedisse pra Marina cuidar de alguns detalhes, ou desse atenção pra algumas pessoas, eu não conseguiria sair sem ser notado.

A Marina estava linda, como sempre, esbanjando um vestido de luxo, que realçavam ainda mais as belas curvas dela, e quando chegamos no evento, os fotógrafos caíram em cima, afinal, nós éramos um casal modelo, e precisávamos continuar nos mantendo assim, pelo menos até eu tomar uma decisão.

Fomos cumprimentados por todos, a família "Gutz" era gigante, mas somente um terço das pessoas estavam presentes no evento, já que eu tinha lojas por quase todo o território brasileiro.

- Cadê o Fred? perguntei pra um dos gestores da empresa.

Paulo: Ele saiu a pouco tempo Sr. Felipe. Ele disse que iria buscar uma pessoa.

- Tudo bem, obrigado.

Marina: Quem será essa pessoa? será se é uma mulher? perguntou pra mim.

- Se for, sua irmã irá perder a chance dela.

Marina: E quem disse pra você que a Clara precisa de uma chance com o Fred? você é que vive querendo alimentar algo que obviamente não faz parte dos planos de nenhum dos dois.

- Só acho que eles fariam um belo casal.

Logo em seguida, chegaram alguns empresários, amigos meus que trabalham em parceria comigo, e ficamos conversando.

Um tempo depois, o Fred chegou, e eu senti que um buraco estava prestes a se abrir e me devorar, o meu coração teve as batidas interrompidas, o ar faltou em meus pulmões, e isso tudo aconteceu no exato momento que vi a mulher que estava acompanhando o Fred.

Era ela, a Nicole.

- Mas como? pensei.

Havia uma enorme confusão na minha mente, uma quantidade absurda de dúvidas, e a tensão começou a me consumir.

Quando ela me viu, ela ficou paralisada, nossos olhares diziam tantas coisas um pro outro, ela desviou o olhar do meu de forma desesperada, conversou algo com o Fred e saiu em direção ao corredor.

Eu pedi licença pra Marina, e fui atrás da Nicole, tomando todo o cuidado pra não ser visto.

Ela estava quase chegando na entrada do toalhete quando eu puxei pelo pulso dela e a levei pra uma sala de reuniões logo depois do toalhete, e tranquei a porta pra não corrermos o risco de sermos pegues.

Eu a encarei e perguntei o que ela estava fazendo lá, mas ela ficou irritada por eu tê-la chamado de menina e disse que iria embora.

Mas eu não a deixei ir, e exigi uma resposta dela, mas então ela me perguntou desde quando devia satisfações da vida dela pra mim, e eu respondi que desde o momento que ela participava de um evento da minha empresa.

Ela disse que estava lá a convite do Fred, e eu não consegui controlar os meus instintos, eu a prendi na porta e exigi que ela me respondesse de onde ela o conhecia, mas ela disse que não era da minha conta.

Estava cada vez mais difícil manter o controle da minha voz, eu estava furioso.

Eu pensei que ela estava fazendo aquilo de caso pensado, pra me provocar, e quando eu a questionei sobre isso ela perguntou se eu estava maluco, e disse que se soubesse que o evento era da minha empresa, ela não teria ido.

Eu voltei a questioná-la de onde ela e o meu irmão se conheciam, e quando ela falou que ele havia contratado os serviços dela, eu precisei fechar os olhos pra não fazer uma loucura.

Quando eu voltei a abri-los, eu vi no olhar dela tranquilidade, uma tranquilidade que eu não queria ver mediante aos fatos.

Eu já não suportava a ideia dela fuder com outros homens, e isso acontecendo logo com o meu irmão, seria uma facada no meu peito.

Eu queria que ela dissesse pra mim que não iria fuder com ele, mas quando eu fiz essa pergunta pra ela, eu escutei exatamente o que eu não queria ouvir.

Ela disse que se fudesse com o meu irmão, eu não teria nada haver com isso.

Eu pedi pra ela não me provocar, eu realmente estava tentando manter o controle, mas ela disse que não estava entendendo o motivo da minha raiva, já que ela não era a minha propriedade, embora eu agisse como se ela fosse.

As palavras dela servirem como um choque de realidade pra mim, e embora ela tivesse me atingido em cheio, eu concordei com ela, e disse que realmente ela não era minha propriedade, pois ela pertencia a todos e o meu irmão era só mais um.

Eu me afastei dela, tentando não voltar atrás com minhas palavras, pois eu sabia que elas foram pesadas demais.

Eu a olhei com indiferença e desprezo, e disse que ela podia ir dar a buceta dela pro meu irmão e pra quem ela quisesse.

Ela disse que não precisava da minha permissão, ela abriu a porta e saiu da sala, me deixando pra trás, com a cabeça confusa e o coração machucado.

Eu saí logo depois e voltei a me juntar com a Marina e os convidados, um pouco distante avistei o Fred que permanecia no mesmo lugar, a espera da Nicole, que certamente estava no toalhete.

Eu não sabia como seria a noite, tendo que estar no mesmo ambiente que ela e o meu irmão juntos.

Logo depois, ela apareceu, e eu vi eles se aproximando de mim e da Marina.

A raiva estava quase me levando ao limite, e estava quase impossível disfarçar.

O Fred chegou apresentando ela pra gente, e eu a encarei com frieza, a Marina disse que ela era linda, já eu não consegui fingir simpatia, a minha vontade era de arrancá-la dos braços do Fred, e sem pensar no quanto as minhas palavras a machucaria, eu disse pro Fred que ele conseguiria alguém melhor.

Na mesma hora, ele e a Marina me repreenderam, enquanto eu encarava a Nicole e a via encher os olhos de lágrimas.

Ela deu as costas pra gente e saiu correndo, e foi nesse exato momento que eu me arrependi.

Eu fui tomado por um desespero, a minha cabeça não conseguia formular nenhum pensamento prudente, a Marina e o Fred começaram a chamar a minha atenção, mas eu não estava prestando atenção em nada que eles estavam falando, eu só pensava na merda que eu havia acabado de fazer.

Fred: Você está ouvindo Felipe?

Foi então que eu voltei a realidade.

- Desculpe Fred, saiu sem querer.

Fred: A garota é gente boa, simpática, além de linda, você não a conhece pra tratá-la daquele jeito. O que deu em você?

- Já disse que sinto muito Fred.

Ele saiu de perto de mim, enquanto a Marina me fuzilava com o olhar.

O evento já havia perdido a graça pra mim, e tudo o que eu queria era ir atrás da Nicole.

Uma hora depois, eu saí do evento sem me despedir de ninguém, sem dar satisfações pra Marina, sem pensar em nada, peguei o meu carro, dispensei os meus seguranças e pedi que eles ficassem a disposição da Marina e fui atrás da Nicole.

Eu já estava quase estacionando o meu carro, quando avistei a Nicole caminhando na metade da rua, em direção ao ponto dos taxis, eu dirigi até ela, que olhou pro carro assustada.

Eu baixei o vidro, e vi que os olhos dela estavam vermelhos.

Eu pedi pra ela entrar no carro, e ela perguntou quem eu pensava que era pra dar ordens pra ela mesmo depois de tudo o que eu falei.

Eu disse que falei sem pensar, e pedi novamente pra ela entrar no carro.

Ela me mandou ir a merda, disse pra deixá-la em paz e mandou eu voltar pra minha mulher e pra minha vida de luxo.

Eu tive que descer do carro, embora correndo grandes riscos de ser fotografado ou visto por alguém, caminhei até ela e expliquei que a gente não poderia ser vistos juntos, que eu precisava que ela me escutasse e pedi por favor pra ela entrar no carro.

Ela mais uma vez disse que não, e pediu pra eu nunca mais procurá-la.

Confesso que a ideia de não vê-la mais me deixou apreensivo, eu me senti culpado e ao mesmo tempo com raiva de mim mesmo por tê-la magoado tanto.

Ela subiu na moto do mototaxista, e eu não consegui impedi-la.

Rapidamente eu entrei no meu carro e segui a moto, e o percurso durou em torno de meia hora.

Ela morava em um bairro de classe média, as casas eram boas e bonitas.

Quando ela desceu da moto, ela viu o meu carro, e percebeu que eu a segui, ela olhou pros lados, e eu pensei que ela iria até mim, mas ela caminhou em direção a uma casa, e entrou nela.

Eu fiquei um longo tempo com o carro parado próximo a casa dela, sem saber exatamente o que fazer pra me retratar.

Eu não queria voltar pro hotel e encarar a Marina, nem queria responder nenhum tipo de questionamento, eu só queria deitar na minha cama, e esquecer pelo menos por algumas horas, a grande merda que eu havia feito.

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