De Secretária a Mamãe romance Capítulo 15

POR Samuel Heughan

Se tivesse de descrever minha última semana em uma única palavra seria "tormento".

Agora chegar em casa ver minha ex secretária em lágrimas para descobrir sobre o desaparecimento de Seth me deixou em um estado inombravel. querendo acabar com a primeira coisa que estivesse à minha frente.

Por isso neste dia também teria de me lembrar de contratar alguém para arrumar o estrago na parede da sala.

Depois de me desquitar com a parede, agarrei as chaves do carro e desci as escadas não achando ser capaz de esperar pelo elevador e assim cheguei ao estacionamento, já adentrando o meu carro e cruzando meia cidade sem me importar com qualquer sinal vermelho.

Estacionei em área proibida à frente da companhia Heughan & associados.

A mulher que me deu a luz nem se deu ao trabalho de se esconder, deixou que os guardas me deixassem subir livremente mesmo ciente de que eu não a toleraria mais.

Então tive de me conter dentro da caixa de metal, pois aquele edifício possui trinta e sete andares e mesmo com toda uma ira como fonte de energia, eu não seria tão rápido assim. Logo, quando as portas se abriram, três recepcionistas me cumprimentaram e eu não dei atenção passando rapidamente da recepção presidencial ao escritório de minha mãe.

Sua cara sempre me pareceu a de uma víbora, pois eu nunca saberia o que se passava pela mente dela, tendo em conta outros assuntos mais importantes, também não me interessava por descobrir.

— Bom noite para você também meu filho. — Cumprimentou com ironia.

Eu nunca ousava trocar um oi que fosse, por isso desde pequeno nunca a considerei uma pessoa. Minha mãe não passava de um monstro, e o pior era que seu eu real parecia ser invisível aos demais. Só eu sabia e também talvez só eu sentisse falta da garota que o monstro levou.

Ainda sem responder, agarrei o bebê o tirando de seus braços, onde o pequeno se encontrava em lágrimas e prestes a perder o ar.

Seu choro estridente logo se dissipou quando reconheceu ser o meu colo, ainda choramingava, mas nada parecido ao de antes.

De volta ao condomínio, retirei Seth da cadeirinha do carro e brinquei com o menino a fim de afastar os resquícios de seu choro.

Enquanto o levava para dentro, não conseguia deixar de pensar em como Sophia devia ter se sentido, antes de eu ligar no caminho de volta.

Na portaria lá estava ela, com os olhos visivelmente inchados e a cara em uma expressão de alívio imenso. Correu até, me abraça ao passo que fazia o mesmo com o bebê entre nós, deixou de chorar e esfregou o rosto enxugando as lágrimas antes de inspirar e parecer mais calma.

— Desculpa Samuel, eu deveria ter prestado atenção. — Falou com voz ainda chorosa.

— Você não escutou o que te disse por telefone? — A abracei forte contra mim. — Não é sua culpa. — Repeti a frase esperando que entrasse na cabeça ôca.

Subimos de elevador em silêncio, o bebê dormia e eu consolava Sophia, quem ainda estava se recuperando do choque e mal se mantinha de pé.

Entramos no apartamento e ao invés de tirarmos os casacos que vestimos, ou tentar esquecer o que aconteceu para seguirmos em frente, apenas no resumimos a deitar no quarto e recuperarmos pouco a pouco.

— Não, é melhor não perguntar.

— Não vou. — Ela disse desviando os olhos e passando o foco para Seth. — Sabe o quanto eu me assustei Samuel? — Ela questionou me olhando nos olhos.

— İsso é culpa minha Sophia, eu devia…

— Você o trouxe de volta, não é? İsso é tudo o que preciso saber. — Afirmou, virando de lado e acariciando o bebê adormecido entre nós.

Mais tarde naquela noite, nem eu ou ela conseguimos dormir. Preferimos nos distrair assistindo a uma série de ficção na sala de estar, debaixo das cobertas e vez ou outra atirando almofadas um no outro, como se nossos jeitos já estivessem acomodados se complementando.

Da amizade à inimizade, bastou um poucos minutos para a guerra voltar a reinar.

Um último pedaço de bolo, o bolo que ela me havia jurado ser o melhor que havia comido na vida. Ela era do tipo que acreditava em não repreender as crianças por pouco, irritá-la com um pouco de infantilidade daria um UP no meu dia.

— O quê tá fazendo?

— Nada, só achei melhor comer antes de estragar. — Respondi de costas para ela, tampando o quê fazia.

— Não tem nada pra estragar ... — Ela para por um segundo e volta a perguntar. — Espera, o quê tem na boca?!

Como na velocidade da luz, Sophia se plantou do meu lado.

— Não! Você comeu meu último pedaço! — Gritou-me com fogo nos olhos.

— É.

— " É ", tem a cara de pau de me responder simplesmente isso?

— É.

— Samuel! Eu vou te matar! — Ela morde meu braço e pisa com tudo em meu pé.

Apesar de doer, não consigo conter a vontade de rir.

— Vou te ensinar a morder. — Digo passando minha mão por entre seus cabelos a dominando pela nuca.

Trago seu rosto o mais próximo do meu e ela está arfando de raiva.

— Você me paga... — Me diz com um olhar mortal.

— Claro que te pago, toma... — Devolvo a mordida em sua orelha e no lugar do pisão, a aperto contra mim.

— O quê tá fa... fazendo? — Sua voz falha pela proximidade.

— Eu aprendi minha lição, não voltarei a comer seu bolo. Agora vou te dar uma lição por me machucar. — Termino de dizer e sorrio.

Trago seu rosto mais próximo ao meu e cubro sua boca com a minha pedindo passagem a fim de tomá-la.

Sugo seu lábio inferior, e acariciou suas bochechas com meus polegares, o fim juntando minha testa com sua em busca de um pouco de fôlego.

— E então? — A interrogo zombeteiro.

— Bom, acho que aprendi minha lição.

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