De Secretária a Mamãe romance Capítulo 16

POR Sophia Carson.

Absorta em meus pensamentos, alternando sobre detalhes do bebê e o que acabará de acontecer entre eu e meu ex-chefe, mal percebo quando uma chamada faz meu celular vibrar sobre a mesa de cabeceira.

Me pego surpresa ao ler o nome de minha irmã no identificador de chamadas e hesitante atendo.

— Lembrou de mim? — É o primeiro que digo ao atender a chamada.

— É claro que lembro. — Ela responde alegre. — E têm mais, me lembrei que daqui duas semanas é seu aniversário, o quê acha de nos encontrarmos?

— Lanna eu não ... — Sou interrompida.

Três toques à porta.

— Sophia? — A voz de Samuel me entrega a minha irmã.

— O quê? Quem é esse te chamando? — A curiosidade de minha irmã aumenta e não sei como respondê-la.

Devo pensar rápido, mas antes de poder inventar uma boa desculpa, rapidamente me levanto e abro a porta tampando a boca de Samuel tão rápido quanto consigo.

— Escuta aqui... — Puxei sua gravata, fazendo com que o maior se inclinasse para ter seu ouvido mais próximo de mim. — Não abra a boca pelos próximos minutos e não respire se possível, não quero que minha irmã te ouça. — Cochicho.

— O quê?

— Não pergunte, apenas fique quieto e prometo que pode pedir qualquer coisa. — Digo a fim de convencê-lo.

Ele assente interessado no acordo e eu volto a responder minha irmã.

— Ah, não foi nada. Um vizinho queria uma xícara de açúcar. — Foi a única coisa que consegui inventar e me pareceu tão clichê, mas já havia dito.

— Sei ... um vizinho. — Lanna murmurou desacreditada. — Irmã estou na frente da sua casa, não há nenhuma luz acesa, onde você está?

— Você está aonde?! — Minha pergunta saiu sete tons mais alto.

Como Lanna poderia ter voltado do exterior sem mais, nem menos?

Minha irmã se gabava de estar conhecendo e aproveitando o trabalho como top model na Europa, não havia motivos conhecidos para fazê-la voltar. Algo tinha ocorrido e me sentia culpada, pois não nos falávamos há dois anos. Embora em grande parte fosse culpa do fuso horário, eu e Lanna sempre acabávamos discutindo.

— Lanna me espera aí! Estou indo. — Disse desligando e voltando minha atenção para o CEO quem me olhava curioso. — Eu preciso ir.

Não esperei consentimento ou qualquer outra coisa da parte do CEO, agarrei apenas um sobretudo para me agasalhar do frio, sem me importar em estar de pijama por baixo.

— Espera Sophia. — Ele pediu ao me ver prestes a sair do apartamento.

— Eu realmente preciso ir Samuel, é minha irmã... a casa está trancada, não posso mandá-la ir dormir em um hotel. — Me explico tentando passar pela porta.

— Não estou dizendo para não ir, mas Seth pode acordar enquanto você estiver fora, eu não saberei o quê fazer. — Ele também se explicou, se interpondo ainda mais entre mim e a porta.

— E o que quer que eu faça?! — Outra vez perdi o tom, deixando claro minha irritabilidade.

— Eu não sei ... — Ele respondeu, tão sincero que me fez sentir-me mal por tê-lo gritado.

— Você tem meu número, liga se ele acordar, prometo resolver o mais rápido possível com minha irmã.

— Certo. — Ele assentiu, saindo de meu caminho.

Mas antes de me deixar ir completamente, sua mão segura meu pulso direito me puxando de leve.

— Você volta, não é?

A pergunta do CEO me deixou pensando o quê lhe tinham feito, a inquietude e o comportamento amedrontado em relação às minhas saídas, eram parte maior de algum trauma dentro de Samuel e talvez um dia, ele chegasse a me permitir ver.

Então mais calma e na sinceridade, lhe respondi:

— É claro, prometi sempre estar com vocês.

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