De Secretária a Mamãe romance Capítulo 29

POR Sophia Carson.

A estadia na casa dos Sangü terminou pela tarde quando nos despedimos e tivemos de jurar quase forçados que voltaríamos para passar um fim de semana com eles.

O helicóptero já estava à nossa espera e o caminho de volta a cidade já não exibia mais os resquícios da tempestade que afrontará a ilha.

O vôo me deixou apreensiva a princípio pelo bebê, quem já não havia gostado da primeira vez, mas então estive mais à vontade para lhe oferecer o seio, o que o acalmou consideravelmente durante toda uma hora.

Coberta por uma fralda de boca, o bebê em certo ponto durante o pouso arrancou o pano que cobria meu seio e Samuel rapidamente a segurou me cobrindo de volta e perguntando se o bebê não me machucava.

Era definitivamente alguém estranho, mas agradável aquele outro lado do CEO.

Por fim em casa, abrimos as portas do apartamento e me joguei no sofá depois de entregar Seth ao pai, quem estava perdendo o medo de segurar o bebê aos poucos.

Este, animado com as tentativas precoces do filho tentando se comunicar, saiu do apartamento para passear pelo que entendi e aproveitei para tomar o banho quem do qual precisava muito. Pois sendo sincera, andar de helicóptero era extremamente assustador e minha pele ainda não havia deixado de se eriçar desde que entre na máquina voadora.

Meia hora mais tarde, estranhando que Samuel não tivesse voltado ou no mínimo ligado, comecei a me preocupar. Ainda sem celular, levantei da cama em desespero apenas calçando chinelos e pronta para sair atrás deles.

Mas tão logo cheguei a abrir a porta, do outro lado os encontrei, com um bolo e Molder, o segurança, segurando caixas de presentes atrás dele e do bebê.

— Acho que é agora senhor… — O segurança deu a deixa.

— Parabéns! Surpresa! — Samuel gritou entusiasmado.

Era uma tremenda surpresa e ainda mais porque eu mesma tinha esquecido, assim como não sabia dos planos de Samuel em comemorar.

Depois de cortar o bolo e ganhar presentes incríveis de Samuel, olhei para uma selfie que havíamos tirado e puxei o CEO para conversar.

— Obrigada de verdade. — Agradeci e trocamos um abraço.

— Isso não é nem a metade do quê você me deu. Hoje reconheço que você e Seth são meus maiores presentes. — Ele me diz no ouvido e acaricia o topo de minha cabeça. — Gostou?

— É lindo.

A peça presente era um medalhão com uma foto que havíamos tirado durante o parabéns com a câmera de fotos instantâneas. Samuel devia ter recortado a foto e inserido na pequena moldura enquanto eu estava entretida comendo bolo.

Assistimos à maratona de uma série que passava na televisão, sem realmente nos importar com que passava. Conversamos e trocamos olhares como companheiros de estrada e amigos íntimos. Ambos descobriamos mais detalhes um sobre o outro e nunca imaginei que fosse tão divertido.

Quando dei por mim, o bebê começava a chorar no quarto e pelo horário já estava na hora de sua mamada.

O trouxe para sala comigo e Samuel no sofá, como de se esperar, a guerra para fazê-lo pegar na mamadeira me deixava preocupada constantemente e a pediatra indicada por uma das mães do condomínio já havia me falado sobre a opção da lactação induzida, o que naqueles momentos me faziam querer tenta-la.

— Espera, eu tive uma ideia. — Disse inesperadamente Samuel, quem correu para o quarto.

O ouço bater as gavetas e parece estar procurando algo no quarto. Quando volta está com um pequeno saco nas mãos e o rasga tirando um pequeno fio de silicone muito parecido com um fio de sonda.

— De onde é isso?

— Não tenho orgulho em dizer isso, mas há uns quatro meses passei da conta em uma boate e o médico da família me fez passar o dia tomando soro. — Ele contou com certo sorriso no rosto, o que me fez imaginá-lo se "divertindo" além da conta.

— Espero que tenha se divertido bastante mesmo. — Disse deixando escapar meu descontentamento em sabê-lo.

Nem era da minha conta, mas dado nossa constante familiaridade, sentia como se meu marido estivesse aprontando na despedida de solteiro.

Acho que o CEO notou isso, por que em seguida se sentou no sofá segurando minha mão.

— Não vai mais acontecer. — Declarou, como se estivesse me prometendo.

Não pude evitar sorrir e assentir, mas me recompus dando de ombros como se a final não me importasse.

Boba.

Era o que eu era.

— Posso? — Ele perguntou pegando a mamadeira de minha mão.

— Depende do que está pretendendo fazer.

— Estou terminando com suas batalhas.

Em seguida o vi introduzir o fino fio no bico da mamadeira e depois o entregou para mim.

— O que quer que eu faça? — Perguntei, achando um pouco sem nexo dar um fio a uma criança.

— Pode dar o peito pra ele. — Ele disse, aguardando até que eu o fiz.

Quando retirei o seio, não foi difícil conseguir que Seth o sugasse, muito diferente das brigas que eu enfrentava quando lhe dava a mamadeira.

Então senti de repente Samuel tocar em meu seio e antes que eu batesse em sua mão pelo susto, ele apenas aproximou o fio do bico de meu seio e ofereceu de volta ao bebê que pegou sem contestar.

— Ele está mesmo mamando. — Disse incrédula.

Samuel ao meu lado, suspendia a mamadeira como uma bolsa de soro e enquanto o bebê sugava eu podia ver a mamadeira rapidamente se esvaziando sem problemas.

Em menos de quinze minutos, não restou uma gota na mamadeira, ele parecia muito mais relaxado do que quando eu terminava com a mamadeira praticamente a força. Por que agora, poderia juntar o fio de leite ao bico do meu seio e sendo tão pequeno, o bebê não percebeu, apenas sugava mais forte do que nunca.

Passei um tempo com Seth no tapete de atividades apesar de estar fora de seu horário.

Depois o ninei e quando este dormiu, o deixei eu seu berço, ao meu lado da cama no quarto de Samuel.

Já nos preparavamos para ir dormir e discutimos sobre a divisão da cama antes de nos deitarmos, mas o CEO venceu, me convencendo a deixá-lo dormir ali com a promessa de que ele não cruzaria nenhuma linha que eu impusesse.

"Poderia ser o sofá mais caro e confortável do mundo, mas ainda sim não é como minha cama. " Ele disse com aquele olhar de cachorro sem dono.

Agora quase a ponto de cair no sono, sou de repente trazida de volta com o toque de meu celular sobre a mesa de cabeceira. Então peguei o aparelho o colocando direto na orelha sem reparar no identificador de chamadas.

— Mana! — O grito de minha irmã junto com o som estrondoso do outro lado da linha ressoavam sobre o silêncio do quarto acordando o bebê.

Engoli em seco, mas já era tarde, tive de atendê-la. Samuel pegou Seth e tentou distrair o garoto enquanto eu pensava no que dizer. Me sentei de pressa na cama, tentando pensar melhor.

— Que quarto é esse Sophia? — Ela perguntou e quando percebi estava em video chamada.

— Nada demais, eu só... — Antes que pudesse inventar algo, Seth desatinou em choro agudo no qual fez Samuel me entregar. — Deixa, eu cuido disso. — Assenti para o maior e voltei minha atenção à minha irmã.

— O quê significa isto?! — Lanna já gritava na linha.

— Eu posso explicar! — Disse sentindo um nó se formar na garganta, mas antes que dissesse alguma coisa, Lanna olhou para Seth e desligou a chamada.

Tinha a certeza de que minha irmã havia me ligado para falar da surpresa que estava planejando para meu aniversário, mas quem acabou dando uma grande surpresa fui eu.

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