De Secretária a Mamãe romance Capítulo 3

POR Sophia Carson.

— Finalmente domingo!

Acordo feliz, é meu primeiro dia de folga em meses, trabalhando sem descanso.

Não teria de olhar para a cara do CEO por um dia inteiro e mesmo que fossem vinte e quatro horas, seriam as mais sossegadas que poderia desejar. Eu não tinha planos, mas provavelmente passaria o dia passeando e me divertindo no centro da cidade, ou de repente poderia até chamar um gato para sair comigo.

De pronto me pareceu uma ótima ideia e chamei Lucas para um encontro casual, e se o clima fosse bom, poderíamos terminar na cama. Preguiçosamente passei a manhã toda dormindo os sonos atrasados dos últimos dias, a tarde saí de compras e com a chegada da noite me preparava para sair com Lucas.

Era um colega do ensino médio, o qual reencontrei depois no penúltimo ano da faculdade. Resolvi dar uma chance depois de tantos anos com ele flertando ao meu lado, mas não estava segura se iriamos combinar, o encontro seria um teste.

Ouço uma buzina na rua, agarro minha bolsa dando uma última olhada no espelho e saindo. Um táxi aguardava a frente de meu portão e adentrei-o como se estivesse entrando no trem da felicidade, mal sabendo que aquele na verdade me levaria rumo hospício.

— Samu… quero dizer, Sr. Heughan, o que faz aqui? — Segurei meu tom detendo a frustração e ódio antes que viessem à tona.

— Não sei como adivinhou que eu viria, mas creio que toda a maquiagem e esse vestido estão exagerados. — Ele diz não respondendo a pergunta.

Antes que tenha a chance de entender ou sair do carro, ele dá a ordem para o taxista partir.

— Eu tenho um compromisso, e hoje é meu dia de folga. — Falo já pressentindo que não importasse o quê dissesse, ele me arrastaria.

— Eu tenho uma emergência, Srta. Carson e tenho certeza de que seu compromisso pode esperar. — Diz estando inquieto.

Não abrimos a boca todo o percurso e quando o taxista estaciona frente ao Condomínio Palácios, tenho a certeza de que meu dia de folga foi suspenso por tempo indeterminado.

— Estamos indo ao loft do senhor, não é? — Começo a perguntar, sentindo o nervosismo tomar conta.

Também tinha a absoluta certeza de que algo de bem ruim ou complicado estava acontecendo, e vindo do CEO, não seria fácil de lidar.

Depois de passar pelas catracas com desbloqueio por digital, vejo o quão elegante e seguro o edifício é. Pegamos o elevador e subimos até a cobertura. Saímos e só pelo hall de entrada já posso imaginar que o "loft" não é tão pequeno como o nome aconchegante dava a entender. Entramos e dou de cara com um imenso apartamento, móveis elegantes e extravagantes, mas imensamente lindos e combinados em conjunto. Obras de artes nas paredes, uma grande televisão e um sofá que é o sonho de consumo de qualquer cinéfilo.

— Certo. — Ele diz tomando minha atenção. — Está em seu contrato que qualquer informação ou assunto com que diz respeito a mim, deve ser mantido em extremo sigilo e apenas divulgado com minha autorização.

Muitas palavras e eu já sentia os nervos à flor da pele, não queria imaginar em que tipo de problema ele me meteria.

— Você tem ciência de que nada do quê vai saber pode sair daqui?

Antes que eu respondesse, o choro de uma criança pareceu vir de um cômodo mais ao fundo do apartamento.

— Não pode ser ... — Passei por ele sem esperar qualquer autorização.

No quarto, um carrinho de bebê se encontrava aos pés da cama. Então me aproximei e vi pela primeira vez o bebê, vermelho e com o rostinho em lágrimas envolvido em uma manta já desalinhada pelos movimentos do pequeno.

— Não chora, não chora. — Peguei-o de imediato no colo.

O menininho se abraçou a mim, como se eu fosse sua salvação, deitou a cabeça em meu ombro e acalmou-se mexendo nas mechas de meu cabelo enquanto eu o balançava caminhando.

— Pronto amor, não precisa chorar. — Disse limpando as lágrimas de seu rosto e saindo com o garotinho do quarto.

Enquanto dei alguns passos até o CEO, pedi ao universo que ele não tivesse feito alguma loucura e que houvesse alguma explicação muito boa, e principalmente, de preferência que não me fizesse denunciá-lo à polícia.

— O quê significa isso? — O interroguei.

— Acredite ou não, eu também não sei.

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