Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 11

Sai da sala de Murilo sentindo meu coração batendo tão forte que parecia ser um enfarte, minhas mãos estão tremulas, minhas pernas bambas, sinto o olhar de Juliana queimando meu rosto, com duvidas que não quero nem pensar sobre o que são, meu rosto deve estar vermelho pela vergonha e pela excitação, Meu Deus! Sentei na minha mesa com Juliana me encarando.

- Que foi?

- Nada, mas ... hum ... por que a porta estava trancada?

- O quê?

A pergunta não pareceu fazer sentido na hora, afinal estávamos em reunião.

- A porta?

- Estávamos em reunião.

Respondo desviando meu olhar para a tela do computador, não sou boa em mentir, alias detesto mentiras.

- Hum.

- Não tem trabalho não Juliana? - Pergunto tentando colocar os pensamentos em ordem.

- Tenho sim.

- E tá esperando o quê?

Ergo uma sobrancelha colocando uma mão na cintura, seu olhar ainda me questionando em silencia, tudo que não quero nesse momento é ter que responder qualquer coisa, enquanto ela se afasta mantem um sorrisinho naquela cara debochada!

Mas em que porra ele estava pensando, no que eu estava pensando quando me deixei seduzir, se não sou eu a acordar pra vida, tínhamos transado ali mesmo, com Juliana e Otto ouvindo do outro lado da porta. Relaxo na cadeira, inspiro o ar profundamente, pego minha garrafa de água, tomando um gole generoso, o ar finalmente volta a preencher totalmente meus pulmões. Passo a mão pelo meu rosto sentindo que ainda estava quente, com certeza ainda estava vermelho, preciso me manter bem longe desse homem, ele é problema, um desses bem atrativo, sexy e gostoso, caramba minha calcinha está molhada, que merda!

Abro a agenda do meu novo chefe no computador, confirmei todas as reuniões para o dia seguinte e por uma coincidência incrível, todos os diretores resolveram marcar novas reuniões com o novo CEO, porque será né?

Já passa um pouco das seis quando pego minha bolsa pra sair, não vou ficar aqui até tarde esperando Murilo, até porque nós dois aqui sozinhos, seria problema na certa. Bato na porta e a abro devagar.

- Desculpa interromper, o senhor pediu pra esperar, mas posso ir?

Vejo ele olhar o relógio de pulso que mostrava que já eram seis e vinte da tarde, passando muito do meu horário, seu olhar encontra o meu me causando um frio na barriga.

- Claro que sim, ainda vamos demorar aqui, amanhã pela manhã conversamos.

- Certo senhor Hernandez, senhor Gonçalves.

Faço um sinal com a cabeça me despedindo dos dois.

- Boa noite Manuela.

- Boa noite.

Fecho a porta, entro no elevador com a cabeça a mil, ao chegar no estacionamento destravo meu carro, jogo a bolsa no banco do carona, passo o cinto e ligo o som.

Ao som de Giulia Be sigo dirigindo, cerca de quarenta minutos depois estaciono na garagem do meu prédio, que era simples, não tem porteiro só o portão eletrônico mesmo, mas em um bom bairro do Rio, subo quatro andares de escada e abro a porta.

- Oi gostosa.

- Aí merda, que susto!

Levo minha mão ao coração, deixando minha bolsa cair no chão, Elias está deitado em meu sofá.

- Na próxima eu infarto.

- Dramática, a Globo está perdendo uma atriz nata! - Diz revirando os olhos.

- Agora me ofendeu, o que tá fazendo aqui?

Elias se senta, fazendo sua melhor cara de drama, com uma mão sobre o coração e um olhar de cachorro pidão diz:

- Estou bem, obrigada por perguntar.

- Para de bobeira Elias, o que você quer?

- Vim te ver.

Coloco as mãos na cintura e o analiso, acho que aconteceu alguma coisa mesmo, no hospital que ele trabalha ou em casa, não estou sabendo de nenhum namorado depois do Dei.

- Quer jantar né!

Digo já rindo.

- Você me conhece muito bem.

Se levantando vem até mim e beija minha cabeça.

- Por que mesmo que te dei uma chave da minha casa?

Sua gargalhada soa alta pela sala.

- Porque você me ama e eu sou o homem da sua vida.

- Tá bom! Vamos preparar alguma coisa para jantarmos.

Retiro meus saltos alto e minha saia lápis preta, fico de camiseta e calcinha, Elias dá um tapa em meu bumbum enquanto seguimos para a cozinha.

- Se eu gostasse de mulher você não andava assim.

Faço uma careta, abro a geladeira e fico pensando.

- Tem arroz e feijão pontos.

- Podemos fazer uma salada e uma carne.

Pego uma bandeja com bifes e mostro a ele.

- Bife de boi?

- Perfeito.

Começo a esquentar a comida, passo o bife enquanto Elias preparava a salada muito calado, o que me diz que a situação é pior do que pensei. Estou acostumada a um Elias falante, brincalhão, esse pensativo e caldo não é boa coisa.

- Tem suco ou coca?

Pergunta colocando seu prato na mesa.

- Daqui a pouco você tem que me dar seu ticket alimentação, pra cobrir seus gastos.

- Vai sonhando.

- Tem polpa no congelador.

- Eu faço.

- Claro que faz, você que quer beber!

- É assim que trata suas visitas?

- Desde quando você é visita? Está mais para parente chato, aquele que a gente finge que não está em casa para não receber.

Elias sai rindo, observo meu garfo remexer a comida, um copo de suco de graviola que eu amo é posto a minha frente, agradeço e começamos a comer, pensamentos sobre Murilo agora ser meu chefe me consomem.

- Você tá distante, estranha.

Ergo meu olhar, percebendo que mal toquei na comida e no suco, suspiro criando coragem para falar.

- Preciso te contar uma coisa.

- O que foi?

Pergunta se remexendo na cadeira, claramente preocupado, Elias é assim brincalhão, bobo mas quando o assunto é sério ele muda totalmente.

- Calma tá tudo bem, eu acho ... hum ... lembra do cara da boate?

- Mais ou menos, estava escuro, mas ele era gato.

Sorrio automaticamente ao me lembrar do belo sorriso de Murilo, que me fazem pensar em sua boca macia, deliciosa percorrendo meu pescoço, sinto um arrepio e volto a me concentrar no que quero contar.

- Então, eu o encontrei hoje.

- ONDE? - Pergunta espalmando as mãos sobre a mesa e os olhos arregalados, o que é difícil já que meu amigo tem olhos orientais puxadinhos lindos.

- Bom, ele tipo que é meu novo chefe.

Sua boca se abre e fecha algumas vezes antes que consiga falar, e deixar meu melhor amigo sem palavras é difícil!

- Tá brincando?

- Quem me dera. - Solto um longo e pesado suspiro.

- Me conta isso garota!

- Eu nem sabia que o Joaquim estava para se aposentar, quando cheguei na empresa recebi essa bomba e para minha total surpresa o novo CEO é o senhor Murilo Hernandez.

Elias começa a rir, olho pra ele sem entender o motivo da graça.

- Você que nem sai com colega de trabalho, deu para o seu chefe!

- Não tem graça!

- Tem sim e ironia também.

- Porra e o pior foi que na primeira oportunidade de ficarmos sozinhos ele me beijou.

Ele bate palminhas animado , ainda rindo feito um idiota.

- Já gostei desse gato, deuso do sexo que te mostrou o que é um orgasmo.

Não só um penso, logo trato de guardar esse pensamento em uma caixa no fundo da minha mente.

- Para de bobeira, isso não vai mais acontecer.

Digo tentando me convencer, tenho que evitar Murilo a todo custo, não vou resistir aquele sotaque lindo, existe muito em jogo pra me entregar a uma aventura louca com meu chefe.

- Calma aí, vou anotar de lápis, porque corretivo tá caro!

Passa o dedo sobre a mesa, fingindo estar escrevendo e rindo.

- Palhaço.

- Piranha.

- Bicha.

- Safada.

caímos na risada.

- Vai dormir aqui hoje?

- Só se for com você!

- Adoro! Agora vem me ajudar arrumar a cozinha.

- Chata.

- Já sabe ...

- Comeu, limpa. - Completa revirando os olhos.

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