Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 23

MANU

Passar o dia com Murilo foi ótimo, eu estava caindo de cabeça em um abismo, e a queda estava rápido demais, ouso dizer que já estou completamente apaixonada por ele, aqueles olhos azuis não facilitam minha vida!

Assim que paramos em frente ao prédio onde moro, conversamos um pouco, subo para casa com um sorriso idiota no rosto, como eu sou boba, me deixei levar por aquele ar de conquistador, aquele sorriso lindo, estou caindo na sua conversinha mole, Como assim?

Abro a porta do apartamento, Elias e Clarinha estão parados no meio da sala de braços cruzados me esperando.

- Conta tudo, agora!

Deixo meu corpo cair no sofá, fecho os olhos, faço sinal de negação com a cabeça.

- Estou fodida! - Digo com a voz abafada.

- Vice está é apaixonada! - Elias diz rindo.

- É muito cedo pra sentir isso?

- Amiga, do jeito que ele te trata, é impossível não se apaixonar. - Dessa vez é Clara a dizer.

Abro meus olhos encarando meus amigos, a quem estou querendo enganar

- Ah gente, ele é lindo, sexy, charmoso, educado, sedutor pra caramba. - Suspiro entregando os pontos.

- Amiga você não tem a menor chance. - Elias diz rindo.

- Estou com medo!

Olho para frente, sem encarar nenhum dos dois, preciso dizer em voz alto o que tanto me aflige.

- Vocês sabem que minha vida é cheia de decepções.

Elias segura minha mão antes de falar.

- Manu, as pessoas são diferentes meu amor.

É claro que eu sei disso, mas comigo nunca foi diferente, porque seria agora? Ele é lindo, rico, tem uma vida tão diferente.

- Por que eu?

Ainda com nossas mãos unidas ele diz:

- Por que não você? Manu meu amor, você é linda, gentil, educada, sexy, esforçada, estudiosa, então eu te pergunto, porque não você?

Olho para ele entendendo perfeitamente o que ele quer dizer, eu tinha que acreditar mais em mim, eu tenho todas as qualidades que um homem poderia apreciar, porque não né sentia o suficiente?

- Vocês não entendem, o que as pessoas vão pensar?

- Manu, não se menospreze, as pessoas vão pensar e dizer tudo que não queremos ouvir, mas nada importa. - Clara tenta suavizar meus sentimentos. - Viva um dia de cada vez amiga.

- Eu queria poder te dizer que vai dar tudo certo, que nada de mal vai acontecer, infelizmente não posso. - Elias me conforta. - Em compensação, podemos dizer para você aproveitar tudo isso enquanto durar.

- Se joga amiga e curte essa paixão, o que pode acontecer de mal? - Clara pondera. - Ele partir seu coração? Todo relacionamento tem esse risco!

Minha cabeça entende isso, nenhum relacionamento tem garantias, nada vem pré escrito, tipo uma bula de remédios, a vida é feita de surpresas, riscos, de ser feliz eternamente ou sair magoada.

- Não estou preparada para sofrer tudo de novo!

- O que você precisa entender é quem nem todo mundo é como o Henrique ou sua a mãe. - Elias joga.

Desvio o olhar, ponderando suas palavras, eu sei que nem todo mundo é igual, mas nas marcas ainda são profundas.

- Você está certo, vocês estão na verdade. - Me coloco de pé. - Vamos ver no que isso dá.

Meus amigos estão certos, só preciso ter cautela, e vai ficar tudo bem.

- Que tal sairmos para jantar?

Os dois me olham estranho.

- Murilo vem nos buscar as oito.

Vou em direção ao meu quarto tomar banho, sem dizer mais nada, Elias fica perguntando onde vamos, mas eu nem sei, só escuto ele gritar "eu que vou me apaixonar por esse espanhol", sigo rindo para o banheiro.

Deixo a água cair sobre minha cabeça, e lavar meus pensamentos, preciso me centrar, me manter no eixo, não posso me deixar envolver por esse homem

extremamente sedutor, que tem uma pegada sensacional, suspiro profundamente, e nessas horas que eu queria poder contar com minha mãe, eu sinto falta das nossas conversas, ela sempre foi tão pragmática, como ela pode me abandonar dessa forma, eu juro por Deus, que quando eu tiver um filho, nada e nem ninguém, poderá nos afastar.

Essa é uma ferida que nunca cicatriza, eu a cobro com maquiagem, mas ela está ali,

sempre pulsante. Fecho o registro do chuveiro, pego minha toalha, secando meu corpo, toda vez que toco assim lembro de Murilo, de como ele adora me tocar e dizer como sou linda, perfeita, afasto esses pensamentos, porque o risco de acreditar é grande demais.

Enrolando uma toalha nos cabelos e outra no corpo, abro meu guarda roupas, deslizando os dedos pelos cabides pensando no que vestir. Pego um vestido de malha preto, que vai até abaixo dos joelhos, coloco em cima da cama, seco meus cabelos e faço uma leve maquiagem, assim que termino Elias entra no quarto.

- Manuzinha meu amor, já está pronta?

O olho pelo espelho, ele vem até mim e toca meu ombro.

- O que foi meu amor?

Segurando minhas mãos me puxa para a cama e nos sentamos.

- Me lembrei dela. - Começo a dizer. Seria bom ter ela aqui, ouvir seus conselhos, o que minha mãe pensa sobre toda essa situação

- Eu sei que é difícil. - Começa a falar colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. - Mas você não precisa de

uma mulher que preferiu abrir mão de você.

- Eu sei, mas ainda assim é difícil sabe de uma coisa?

Erguendo uma sobrancelha ele questiona silenciosamente.

- Eu e você estamos bem de mãe, hein.

- Isso é verdade, agora veste essa roupa

garota, tem um boy magia lindo, chegando aí.

Coloco meu vestido, olho no espelho, fiquei bem, passo meu perfume, pego minha bolsa.

- Então, o que achou?

- Perfeita!

Antes que eu possa responder, meu celular vibra e vejo que Murilo mandou uma mensagem avisando que já chegou.

- Vamos descer, ele chegou.

Descemos os três, encontramos o carro estacionado na porta da garagem do prédio.

- Adorei a ideia de jantar fora. - Elias começa, assim que abre a porta.

Termino de travar o cinto, Murilo se

inclina em minha direção, beijando meus lábios, assim fica difícil!

- Eres muy hermosa.

- Gracias.

Nossos lábios se tocam mais uma vez, virando para frente, da a partida no carro, seguimos conversando animados, até pararmos em frente a uma churrascaria.

- Uau, endereço nobre! - Elias olha pela janela feito criança.

- Para com isso. - Clara diz cutucando-o.

- Já disse que gostei de você, Murilo?

Elias faz Murilo sorrir, aqueles dentes brancos e perfeitos.

- Vocês são meus convidados hoje.

Diz já descendo do carro.

- Não precisa disso Murilo.

Digo sem graça, não quero que ele pense que estamos querendo nos aproveitar.

- Eu sei, carinõ, mas como eu disse, hoje vocês só meus convidados.

Sua mão pousa na base das minhas costas me guiando para dentro do restaurante, lindo.

- Olha essa vista.

Foi minha vez de dizer, havia uma parede de vidro enorme, de o de se via toda a baia da Guanabara. Murilo segura minha mão e nos dirigimos a uma mesa perto das enormes janelas de vidro, com avista da baía.

Nossas horas ali, são cheias de risos, muita comida e bebida, tomamos alguns chopps, enquanto comemos, uma noite realmente perfeita. Depois de pagar a conta seguimos até minha casa.

- Boa noite Murilo - Clara se despede ao descer do carro.

- E muito obrigada pela noite foi ótima, adorei mesmo.

- Foi um prazer Elias.

- Vamos para casa?

Minha mente diz que eu deveria parar por aqui, que já tivemos o suficiente, mas meu corpo se arrepiar só de pensar o que ainda está por vir.

- Não pensa muito Manu, só sobe e pega uma roupa de caminhada, pra gente dar uma volta na orla amanhã.

Segurando meu rosto passa seu nariz no meu de forma carinhosa, antes de selar nossos lábios.

- Tá bom.

Beijo seus lábios mais uma vez antes de abrir a porta do carro, quando chego na porta do apartamento estou ofegante.

- Já? Eu e Clarinha estamos aqui apostando se você ia subir ou avisar que foi para a casa dele.

- Eu vou!

Quando entro no quarto, Elias e Clara já estão atrás de mim, pego uma bolsa de mão, jogo uma legging e uma camiseta, um par de tênis.

- Nós vamos caminhar na orla amanhã.

Pego uma lingerie, um short, camiseta e produtos de higiene pessoal.

- Tá de mudança? - Elias questiona com a mão na cintura.

- Não. - Respondo rindo. - Só estou pegando uma roupa para usar amanhã.

- Garota esperta. - Clara diz encostada na porta.

Termino de arrumar minhas coisas, beijo o rosto de Elias e Clara, que segura minha mão.

- Manu, pensa no que eu te falei. Nada vem com garantias amiga, se permita viver.

- Vou tentar Clara.

- Nesse meio tempo dá muito para aquele espanhol gostoso.

Reviro os olhos para Elias que já está rindo.

- Boa noite meus amores.

Desço as escadas correndo, com o coração acelerado, estomago revirado, assim que me sento no banco do carona, Murilo me olha de lado, aquele olhar que bagunça meu sistema, suas mãos enormes vem para meu rosto, sua boca se aproxima o suficiente para me fazer sentir sua respiração.

- Quero você Manuela.

Sua voz rouca e o timbre forte, me fazer tremer, não quero sentir a esperança de um futuro ao lado dele, mas sinto que é cada segundo mais impossível não me permitir viver tudo isso. Sua boca encosta na minha de leve, sua barba me faz cocegas, seu cheiro embriaga meus sentidos, ele se afasta sem me beijar de verdade.

- O que foi?

Pergunto confusa, sem conseguir decifrar seu olhar, o que ele não diz, o que fica apenas sugerido.

- Não é nada, só gosto de te olhar, você é tão linda.

Sem dizer mais nada, dá a partida no carro, coloco meu cinto, Murilo pega minha mão entrelaçando nossos dedos, me olha de lado e sorri. Tudo que consigo pensar é no tamanho da burrada do que estamos fazendo, ao mesmo tempo que parece ser errado, é tão certo, tudo em Murilo me transmite segurança, como se nada de ruim fosse capaz de me atingir, eu nunca estive tão errada na vida.

O carro para em um semáforo, Murilo beija o dorso da minha mão.

- Tenho uma surpresa para você.

Quando olho para o lado, posso ver aquele maldito sorriso sedutor e olhar de desejo, o sinal abre antes que eu possa perguntar do que se trata.

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