Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 35

Assim que chegamos ao Brasil, senti aquele ar de liberdade, amo meus pais, mas sinto que é hora de dar um passo a frente e sozinha, tudo bem que estou sob as asas do meu irmão, mas ainda assim é diferente.

Preciso de um tempo da Espanha, um tempo longe dos falsos amigos, do falso amor, já vinha pensando em tudo que Alejandro me falou, fiquei chateada na hora mas sei que meu irmão mais velho está certo, as palavras foram duras, mas verdadeiras.

- Seu apartamento é bonito, muito escuro e masculino, mas bonito.

- Deve ser porque sou homem né Ariel, você queria o quê tudo rosa?

- Não né Murilo, mas algo clean.

- Vou tomar um banho, tem comida na geladeira, pedi a Rosa pra deixar pronta.

- Estou sem fome, acabamos de comer no avião.

- Tudo bem, você liga ou eu ligo para mamá?

- Eu ligo, ele deve estar preocupada.

- Tudo bem, já volto.

Coloquei minha malas no quarto que ele me mostrou que será meu, amanhã a empregada as desfaz, volto para a sala pego o controle remoto, ligo a Tv, enquanto completo a ligação para mamá, que atende no segundo toque.

- Oi mi amor.

- Hola mamá, desculpe a hora, acabamos de chegar.

- Tudo bem minha princesa, foi boa a viagem?

- Ótima, mal cheguei e já estou amanhando o lugar.

- Espero q2ue tire esse tempo para pensar bem em tudo Ariel, eu, seu pai e seus irmãos te amamos muito, e queremos muito o seu bem.

- Eu sei, eu vim para me afastar de tudo mesmo mãe.

- Vai ser bom meu bem ficar longe de tudo e todos.

- Eu sei que a senhora está falando do Sebastian.

- Se sabe que é dele, vai ficar ainda mais esperta com as coisas que eu digo. Cadê seu irmão?

- Tomando banho.

Nesse instante vejo Murilo vir pelo corredor todo arrumado e cheiroso, será que vamos sair? O vejo pegar a carteira e a chave do carro no móvel da sala.

- Vamos sair?

- Eu vou.

Olho para meu irmão chocada.

- Como?

- Vou ver a Mane, daqui a pouco estou de volta.

Beija minha testa.

- Não demoro Ariel, beijo mamá.

Assim meu irmão sai pela porta da sala me deixando ali sentada com cara de besta.

- Mãe, acredita que ele saiu e me deixou Sozinha?

Ouço minha mãe rir do outro lado da linha.

- Deixa de drama filha, seu irmão foi encontrar a namorada que faz praticamente uma semana que não veem.

- Ela não é namorada dele, é uma empregada!

Digo irritada, minha mamá fica quieta do outro lado da linha, sei que vem uma repreenda por ai.

- Ariel, não foi essa a educação que eu te dei, seu irmão é um homem feito, ele sabe o que faz, e você minha filha, pare de agir como uma adolescente mimada de treze anos, você é uma mulher feita.

- Desculpe mamá.

- Olha Ariel se você ofender essa moça, você e seu irmão vão ter problemas, ele está apaixonado, nunca vi Murilo agir assim, portanto se pretende passar um tempo no Rio, controle-se.

- Vou tentar.

- Não é o suficiente.

- Boa noite mamá, vou dormi estou cansada.

- Boa noite hija.

Se essa tal de Manu, acha que isso vai ficar assim ela tá muito enganada. Depois de comer alguma coisa, tomo um banho para dormir a viagem foi cansativa.

Acordo com um barulho na sala, olhei as horas já passava de meia noite aqui no Brasil, ouço vozes e risadas, encosto o ouvido na porta escuto a voz de Murilo e de mulher, provavelmente a secretária. Deito novamente, demoro um pouco a conseguir dormir novamente, mas enfim o cansaço vence.

Acho que a diferença de fuso mexeu com meu relógio biológico, acabei acordando bem mais cedo que o meu normal. Levanto da cama e vou em direção as janela, o dia está lindo, céu azul, mar limpo, varias pessoas na praia, respiro fundo acalmando meus pensamentos agitados, minha estadia nesse país vai ser boa nada vai me abalar.

Depois de um longo banho quente, enquanto enrolo pra escolher uma roupa, faço minha sessão de skin Care, é quando ouço algumas vozes na sala, visto uma roupa qualquer e saio do quarto. Ainda do corredor vejo uma senhora na cozinha deve ser a tal da Rosa, ela servia café a uma moça muito bonita, aparenta ter minha idade um pouco mais velha eu diria, ela é muito bonita e parece ser simpática, me aproximo se4m que as duas percebam.

- E você deve ser a secretária!

Não pude resistir! A mulher me olha chocada, deve estar pensando o quê? Será que Murilo não contou que estou aqui? A julgar pela cara da Rosa provavelmente não! Olhando as duas paradas e me observando me arrependi do que falei, eu sempre fui mimadinha, mas não sou esse tipo de pessoa que humilha os outros, principalmente a namorada de um dos meus irmãos, mas eu senti ciúmes do Murilo, ele sempre foi tão próximo de mim, e eu vi minha relação com Alejandro mudar depois que Cassandra entro em sua vida.

- Bom dia, na verdade eu sou a Manuela, a secretária fica na empresa.

Me olhando firme ela me mostrou que não vai baixar a cabeça. Gostei da garota, ela tem coragem, abro um sorriso para ela e estendo a mão.

- Bom dia, sou Ariel, a irmã do Murilo.

Quase posso ver quando ela respira aliviada ao me cumprimentar, provavelmente por saber que sou apenas irmã dele.

- Me desculpe pela forma que falei com você, foi errado da minha parte.

- Está tudo bem.

Responde me olhando de esgueira.

- Café?

- Você deve ser a Rosa?

- Isso senhora.

- Por favor senhora não né Rosa, só Ariel.

Meus pais sempre nos ensinaram a ter respeito por qualquer pessoa, que sua posição social não influencia em nada como devemos tratar os outros, me sinto mal pelo papel que acabei de fazer. O barulho na porta faz com que eu e Manuela olhemos ao mesmo tempo para Murilo entrando pela porta.

- Caiu da cama Ariel?

Meu irmão vem em nossa direção sorrindo.

- Bom dia, parece que você acordou felizinho hoje.

Meu irmão sorri ao se aproximar de Manuela lhe dá um beijo na boca, sinto minha glicose subir, olhando para mim dá um beijo em minha cabeça, se sentando entre nós.

- Café senhor Hernandez?

- Murilo, Rosa já te disse sem o senhor.

- Desculpa, eu vou tentar.

Rimos da senhorinha tão simpática. Rosa serve o café de Murilo com leite do jeito que meu irmão gosta, parece uma criança.

- Já se conheceram?

Vejo Manuela me olhar e nesse instante senti medo dela contar o papelão que fiz ao vir falar com ela, mas para minha total surpresa, minha cunhada sorrir antes de falar.

- Já sim, a Ariel é muito simpática.

Nessa hora até a Rosa a olha de esgueira, como se não entendesse o que está acontecendo, ela não precisava mentir ou omitir para meu irmão meu comportamento, isso aí cunhadinha acabou de ganhar um ponto comigo. Murilo me observa de lado como se quisesse dizer alguma, tomo a frente mudando de assunto porque não sou boba.

- Então, o que vamos fazer hoje?

- Não sei, o que sugere cariño?

Nesse instante percebo que meu irmão está muito apaixonado, nunca o vi com uma namorada, porque pegar uma mulher em cada balada que vai não conta, Murilo já pegou todas as minhas amigas e nunca marcou sequer um segundo encontro com as bobas apaixonadas. Vê-lo com uma mulher em casa e a tratando com tanto carinho me surpreende, acabo sorrindo vendo os dois juntos.

- Não sei, o que você gostaria de fazer Ariel? Ir a praia, shopping, algum ponto turístico?

Minha cunhada pergunta sorrindo, não se dando conta que observo meu irmão passando requeijão em uma torrada e servindo o prato dela.

- Tudo isso, sem esquecer de balada! - Respondo animada.

- acho que vamos precisar de reforço!

Murilo ri com a fala de Manuela, e eu fico olhando para os dois sem entender nada.

- Elias? - Murilo pergunta.

- Com certeza. - Ela responde.

- Quem é Elias, porque não quero um paquera, pelo menos não por enquanto!

Os dois riem ainda mais, antes de meu irmão esclarecer.

- Elias não gosta de mulheres.

- Meu amigo é muito divertido, vocês vão se dar super bem.

Vejo que Manuela pega o telefone e liga para o tal amigo, eles conversam um pouco e

logo ela desliga virando-se pra mim.

- Ele não vai demorar a chegar, vamos turistar pelo Rio.

Dou um gritinho erguendo os braços comemorando, antes de terminar meu café. Murilo sai para tomar banho, me sento na sala com minha nova cunhada.

- Então, você e meu irmão, é pra valer?

- Não entendi.

- Vocês estão namorando a muito tempo? Que dizer meu irmão está no Brasil há uns três meses, vocês estão juntos esse tempo todo?

- Não sabia que Murilo estava aqui a tanto tempo, na verdade nos conhecemos no fim de semana antes dele assumira empresa.

- Onde?

Manu fica um pouco vermelha, mas sorri como se estivesse lembrando do momento.

- Em uma boate aqui perto.

- Você gosta de baladas?

- Não muito, mas meus amigos o Elias e a Clarinha amam, e as vezes me convencem a ir.

- Desculpa tantas perguntas, mas quero te conhecer melhor. Meus pais e meu irmão mais

velho, já te deram um voto de confiança, mas eu quero te conhecer antes disso.

- É justo, por isso foi tão irônica quando me viu na cozinha?

- Sim, outra vez peço desculpa e você não precisa ter aliviado para o meu irmão.

- Não precisava, mas n=também não haviam motivos para uma discussão.

A campainha toca, quando Rosa abre a porta entra um homem bonito, alto, de corpo esbelto, olhos apertados tipo oriental, cabelos pretos espinhadinhos, com um sorriso no rosto vem em nossa direção.

- Manuzinha meu amor, cheguei.

- Oi Elias. - Levanta para abraça-lo.

- Quem é essa gata?

- Ariel a ir...

- Cunhada dela.

Corto Manu, q7ue fica vermelha como um tomate maduro, me fazendo rir.

- Gente mas que família linda. Tem mais irmão não?

- Tem mais um.

Se aproximando para beijar meu rosto ele responde.

- Mas ele não é chegado, né?

- Não.

Respondo já morrendo de rir.

- E cadê o deus do sexo?

Elias não tem filtro, me fazendo rir e Manu ficar ainda mais vermelha, ele cai no sofá morrendo de rir.

- Foi tirar a catinga de academia.

- Mas já estou aqui, oi Elias. Vamos?

- Oi Murilo. - Elias responde.

Meu irmão passa um braço pelos ombros de Manu, tão lindo ele apaixonado, ela fica vermelha sem graça, que casal fofo.

- Rosa, não precisa deixar comida pronta.

- Tudo bem senhor Hernandez.

Murilo ri, não adianta Rosa gosta dessa formalidade. Assim que abrimos a porta demos de cara com uma mulher até bonita, que encarou meu irmão descaradamente, não gostei.

- Ah bom dia.

A mulher usa um tom meloso, Murilo ergue uma sobrancelha enquanto a olha.

- Vim trazer o pote de açúcar.

- Pode entrar Bruna, a Rosa está lá dentro.

Minha cunhadinha usou um tom de descaso que não parecia condizer com sua personalidade

- É Brenda.

Vejo Elias esconder uma risada, sigo seu exemplo.

- Que seja.

Manu diz sem a olhar. Isso aí cunhadinha, põe ela no seu lugar. Já saindo do apartamento, Manu completa.

- Com licença Bianca, estamos de saída.

Andamos em direção aos elevadores, assim que as portas se fecham Elias dá uma gargalhada.

- Quem é vc e o que fez com minha Manu?

Ela deu de ombros e não respondeu.

Seguimos de carro, eu e Elias atrás e Manu com meu irmão na frente.

- Vamos ao parque Laje? - Manu sugere.

- Lá é lindo. - Elias diz.

Eu e meu irmão concordamos de imediato, afinal não conhecíamos nada no Rio.

Assim fomo conhecendo o local fiquei pasma, era realmente lindo. Andamos por alguns locais e tudo era muito lindo, depois fomos almoçar em um restaurante lindo ali perto, e a noite fomos a uma boate.

Elias e Maria Clara, nos encontraram lá. O clima da noite carioca é muito gostoso, cheira a mar e promessas. O local estava cheio de gente bonita, era exatamente o que eu queria um lugar diferente de tudo que estou acostumada.

- Vem Ariel vou te apresentar um pessoal. - Clara pega minha me puxando.

- Vamos para área vip, qualquer coisa é só subir. - Murilo diz.

- Você vem Elias? - Pergunto.

- Claro meu amor! Eu que não vou ficar aqui segurando vela!

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Murilo, o CEO sedutor.