O Egípcio romance Capítulo 79

Quinze dias depois, sábado…

Uma música árabe toca no som da mansão, na grande sala, enquanto a neve cai lá fora. Eu amo esta época do ano. Raissa está conosco. Não gosto da conversa que Hassan está tendo com ela. Raissa irá conhecer seu pretendente. Um rapaz de uma boa família egípcia. Ela parece animada por conhecê-lo. E o pior de tudo é ouvir que não foi fácil conseguir um pretendente por causa do seu histórico familiar. Pelo que Helena fez, a família do rapaz só aceitou por serem muito amigos de Hassan.

E as coisas acontecendo naturalmente?

A armação do destino?

É tão estranho isso!

Raissa sorri de orelha a orelha quando Hassan fala que o encontro será aqui na nossa casa, amanhã.

Como ela pode aceitar um negócio desses?

Quando está tudo resolvido entre eles, Raissa procura meus olhos e dá um sorriso com nervosismo e esperança.

Espero que tudo dê certo, que ela se sinta atraída pelo rapaz. Penso comigo. Ou ela nem vai se preocupar com isso, já que foi tão difícil arranjar um pretendente?

— E então? — pergunto para ela quando nos sentamos à mesa para tomar café da tarde. Aproveitei para perguntar na ausência de Hassan, que foi ao banheiro. — Está animada?

— Hum, hum…

Faço um som vagamente positivo e sorrio.

— Vamos lá, seja sincera. Não tem medo de não gostar do rapaz?

— Allah me livre de não gostar.

— Por quê?

— Rasaf é de ótima família. Eles são donos de um conceituado restaurante egípcio. E ele não é um homem mundano como vemos por aí. Por que eu não gostaria?

— E a atração? É isso que eu quero dizer.

— Fui criada para olhar o coração, e não o exterior. E ele é jovem, tem 28 anos, não é um velho barrigudo. Por que eu não gostaria? E eu confio no feeling do meu irmão.

— Bem, se você pensa assim, fico feliz por você.

Hassan surge na sala e toma a cabeceira da mesa. Zaina se aproxima dele:

— Tudo está ao seu gosto?

— Sim, obrigado, Zaina. Karina te disse do almoço de amanhã?

— Almoço? Não, não falou.

— Não deu tempo — digo, com um sorriso para os dois.

— Amanhã receberemos uma família egípcia. Seremos ao todo em seis. Capricha na comida.

Ela faz uma cerimônia.

— Sim, senhor.

Ela se afasta fazendo outro gesto cerimonioso.

Comer é um momento solene, não se conversa à mesa. Eu luto contra a balança, então não como tudo que está na mesa. Há muita coisa boa. Quitutes egípcios que Hassan encomendou no restaurante do futuro sogro de Raissa, fora o que Zaina colocou.

Depois do café, Raissa se despede de nós.

— Está cedo — digo.

— Vocês acabaram de casar. Não quero atrapalhar.

Eu aceno com a cabeça.

— Bem, você é que sabe.

O telefone toca. Zaina atende. É minha mãe. Converso com ela por um momento. Conto da minha rotina, e sei que transpareço felicidade. Fico sabendo que papai está indo muito bem na imobiliária, graças a Hassan, que tem ajudado na divulgação.

Quando desligo o telefone, Raissa já partiu e Hassan está entrando na sala.

— Que Allah me perdoe, mas eu não via a hora de ficar sozinho com você. Quase te dei um chute embaixo da mesa quando disse a ela que era cedo.

Eu sorrio e vou até ele, o abraço. Sempre que estamos juntos, chega um momento em que não conseguimos deixar de querer ter um tempo só nosso. Sermos apenas um do outro. É como uma corrida contra o tempo, cheia de ansiedade brutal e de um desejo desesperado.

Logo estamos no quarto, nos livrando de nossas roupas. Tão cheios de tesão e impaciência, que não somos gentis um com o outro.

Hassan

Sou tomado por uma necessidade urgente de dar prazer a ela, então, quando nus, a levo para a cama, e ela cruza as pernas em volta da minha cintura enquanto a beijo com força.

— Allah! Sou viciado em você — digo. Ela sorri de leve como uma feiticeira que ela é e me fita com os olhos entreabertos.

Allah! Sempre deliciosa. Eu amo seu perfume, amo seu cheiro…

Ela já está pronta, molhada com as minhas lambidas e beijos. Geme quando me aprofundo em cada seio. Arqueia as costas e geme. Fecho minha boca sobre eles e espero ela implorar que eu pare.

— Ah, meu Deus… Hassan…

Quando ela geme meu nome, me sinto poderoso. Gosto disso!

Aumento as lambidas e agora uso meus dedos também até levá-la ao limite. Ela agarra meu cabelo quando não aguenta mais.

— Por favor…

Ela me olha com os olhos tomados de desejo, desesperada. Vibro em antecipação do prazer que sei que virá. Não há como negar a reação do meu corpo. Adoro quando ela implora.

Não sei bem o que isso quer dizer sobre mim, mas eu fico mais excitado com isso.

Logo estou dentro dela. Allah! Estou me segurando para não gozar. Estou no limite, na borda. Ela é tão linda, tão maravilhosa, que tenho dificuldade em manter os olhos abertos. Se eu olhá-la, vou gozar. Uma pena, é uma cena espetacular e tenho que me privar.

De olhos fechados, começo mexendo devagar. Quase imóvel. Quando tenho certeza de que não vou fazer feio, vou mais fundo. Mais forte. Gememos juntos, e nos perdemos um no outro.

Allah! Essa mulher foi feita para mim, um encaixe perfeito, uma sincronia perfeita. Ela arfa quando está chegando lá. Quando ela explode em gozo, eu vou atrás. O prazer é tão intenso, que aperto os olhos. Meu corpo todo estremece pela onda de gozo que estou sentindo.

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