O Egípcio romance Capítulo 81

Um mês e meio depois…

Hoje é quinta-feira. Daqui a uma semana é aniversário de Hassan. Raissa e eu estamos combinando de fazer uma festinha surpresa para ele. Ela está super animada. Só chamaremos amigos de quem ele realmente gosta, tem intimidade e se sente bem. Só que tem um porém: os egípcios não fazem festa de aniversário. É algo mundano para eles.

Raissa ficou de fazer a lista de convidados. É claro que os Akhenaten estão na lista. Chega daquelas festas extravagantes que Helena adorava dar para satisfazer seu ego junto à sociedade. Hassan concorda comigo, ele tem se mostrado um homem de família, sei que ele adora cultivar as verdadeiras amizades, pois ele é muito verdadeiro.

Acerto alguns detalhes com Raissa. Ela me escreve, então:

“Eu detesto escrever aqui.” “Só essa festa mesmo para me motivar a tocar essas teclas pequeninas.”

Eu sorrio com seu comentário. Quando vejo Hassan, imediatamente me despeço dela e apago tudo. Ele não pode saber da festa.

Hassan

Allah! Clamo no meu interior.

Eu me sinto inquieto. Karina não é aquelas garotas que ficam pegando o celular toda hora, mas quando eu entro no quarto ela está sorrindo, vendo alguma mensagem nele.

Ela está trocando mensagens com alguém e fingindo que é com Raissa?

Minha irmã detesta escrever no aparelho, ela é muito preguiçosa.

Allah! Mas elas podem estar falando de Rasaf. Pode ser coisa de mulher apaixonada.

Quando Karina me vê, fica séria. Sinto minha pressão sanguínea subir e percebo que preciso dar um basta nisso.

— Com quem você estava falando agora?

Ela pisca, aturdida. Karina não me trairia.

— Eu te disse, com Raissa.

— O que falavam? — pergunto, estudando sua expressão.

Karina fica vermelha.

— Do namorado dela.

— Posso ver? Acho que sou o maior interessado que esse relacionamento dê certo.

Karina mexe nos cabelos.

— Eu apaguei.

Allah! Isso não é bom.

— Por que você apagou?

Ela fica um momento calada, então diz:

— Porque ela pediu.

— Para eu não ver?

Ah, se Karina estiver trocando mensagem com um homem, Allah. Eu nem sei o que sou capaz de fazer.

Ofego.

— Hassan, o que está pensando, hein?

Eu fungo.

— Como não posso ler a mensagem que você apagou, é natural que estou pressupondo um monte de coisas, e isso não é bom para um relacionamento.

Ela solta o ar e se levanta da cama. Vem até mim com aquela camisola negra sexy.

Eu estou cego como meu pai?

Só enxergo o que eu quero ver?

— Hassan, eu não estou te traindo. É isso que passou nessa sua cabeça torturada? — ela me pergunta olhando bem nos meus olhos. — Sei que é paranoico por tudo que aconteceu. Mas confie em mim quando digo que você nunca vai precisar se preocupar com meus sentimentos. Eu te amo. Sempre te serei fiel. Tudo o que vejo é você, habibi.

Vejo tanta verdade em seus olhos, que vou relaxando. Eu a abraço forte.

Allah!

É claro que não!

Sinto seu cheiro, e isso me acalma.

Não gosto de duvidar dela.

Eu a amo tanto. Meu coração é muito pequeno para caber tanto amor, me sinto transbordado. Ela é o meu único amor. Jamais senti por alguém o que sinto por Karina.

Ela é o meu agora e para sempre…

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