O Sheikh e Eu(Completo) romance Capítulo 32

– Caramba! Você é forte, hein? – Ele disse segurando o nariz e sua voz parecia até mesmo mais anasalada. Ao menos eu tinha ganhado até então. Dei um leve sorriso.

– Eu disse que sabia lutar. – Disse-lhe lembrando do que parecia ter ocorrido há tempos atrás, quando Desiree tinha me batido no nariz. Que ironia. – Sempre lutei contra garotos.

Seth revirou os olhos visivelmente zangado pelo soco que eu tinha dado. Então suspirou de leve enquanto tirava a mão do nariz.

– Como estou? – Perguntou e havia apenas um nariz muito vermelho por conta do soco. Menos mal, pensei por fim.

– Está ótimo. – Disse e decidi brincar. – Só está meio torto o seu nariz. Talvez precise de uma plástica, mas acho que isso você sempre precisou né? – Seth revirou os olhos.

– Mimimi Mimimi...

– Mimimi. – Completei ele e Seth gargalhou do fato de eu odiar ele fazendo isso.

– Eu vou embora antes que você além de decidir me espancar me decida fazer em picadinhos e me jogar em algum lugar por aí. – Ele disse e eu concordei abrindo a porta do banheiro. Estar no mesmo lugar que Seth só me fazia sentir como se o ar estivesse em extinção.

– Acho bom mesmo! – Disse – É muito fracote mesmo. – Seth gargalhou alto.

– Desculpa aí Ursinho. – Fuzilei ele com o olhar.

– Não me chame assim. – Ele riu novamente.

– Como quiser, Ursinho. – Não pude deixar de estapear Seth no ombro. Contudo, aparentemente, Seth esperava por isso, porque ele segurou o meu pulso e começou a me fazer cócegas novamente!

Me joguei no chão com lágrimas nos olhos enquanto gargalhava e ria como uma tonta. Seth continuava com as cócegas e eu já estava começando a sentir dor de tanto rir!

– Diga-me a senha, Agnes! – Ele pediu e eu já estava soltando lágrimas de tanto chorar.

– Não!

– Diga-me Ag! – Ele continuou pedindo e eu comecei a me contorcer no chão, mas Seth continuava segurando o meu pulso direito para que eu não o socasse, muito embora eu estivesse tentando fazer com o outro e com as pernas.

Seth então, para minha surpresa, segurou o meu outro braço e usou do peso do seu corpo para segurar as minhas pernas, mas nesse segundo, também tinha parado com as cócegas. O ambiente estava extremamente quente e eu só conseguia o olhar nos olhos e pensar em como diabos uma brincadeira de cócegas tinha dado ruim.

Os olhos de Seth sempre me tiravam o fôlego. Por um momento, minha cabeça pareceu anuviar e eu só conseguia ver o rosto dele tão próximo do meu, a presença de suas mãos segurando os meus pulsos e como isso era angustiantemente bom. Eu não lembrava nem mais onde estava e o que estava fazendo, ainda que lembrasse que fosse importante lembrar.

Os lábios de Seth eram incrivelmente sexys! E eu só sentia vontade em culpa-lo por ser tão lindamente sexy e comprometido. Isso! Era isso que eu estava tentando lembrar sem muita facilidade. Umedeci os meus lábios tentando ganhar forças sabe-se lá de onde e então decidi que, naquele momento, eu teria que sair perdendo alguma coisa. E era melhor a senha do meu celular do que o meu emprego.

– SoAg. – Disse e Seth franziu o cenho. – So de Sophia e Ag de... você sabe. – Seth então pareceu compreender do que eu estava falando. Acho que ele ainda estava no momento, na situação que nos encontrávamos, e levantou-se num pulo. Precisei de muita coragem para conseguir respirar fundo e fingir que nada tinha acontecido ali. Ao menos Seth não falou nada.

Contudo, para minha tristeza maior, ele rapidamente colocou a senha no celular e decidiu apertar os áudios desde o primeiro para ouvir o que Fernanda dizia. Eu não sabia onde esconder a minha cara.

– Amigaaaaa. – Começou Fernanda. – Não me diga que você bebeu? – Pausa. – Amigaaaa. Você não bebe! O que deu em você, sua louca? – Outro áudio. – Agnes Valença! Quem está aproveitando de você? – Ela gritou num áudio de pura morte e Seth inclusive afastou o fone para não ficar surdo. Novamente, eu não sabia onde esconder a minha cara. – Amigaaa! É o Seth? Não acredito! – Ela riu e terminou outro áudio. Dessa vez, era o último áudio e ele parecia ser mega comprido.

– Agnes. O que você está me falando é muito sério. Você tem certeza do que você está falando? Eu espero que não. Eu realmente espero que você esteja maluca ou usando drogas, porque se não, eu te daria o conselho de fugir e sair do emprego. Por que isso não é normal. Você sabe o que isso significa. E sabe o conselho que eu te daria. Mas como você não pode seguir o meu conselho com risco de ter sequelas gravíssimas, eu diria para você não brincar com você mesma. Faça isso por você Agnes. E por Matheus também, que já está na hora de receber um pé na bunda. Pense a respeito disso. Okay? – Pausa longa e dramática. – Qualquer coisa me liga amiga. A gente tem que conversar sobre isso. Qualquer coisa to aqui. Tchau. – Ao menos a Fer tinha falado como se parecesse códigos, ou, pelo menos, é o que acredito, já que Seth me encarava como um ponto de interrogação, quase como se me perguntasse: O que a louca da sua amiga disse e o que é tudo isso? Mas logicamente eu não ia responde-lo e, parando para pensar, eu teria que ouvir o meu áudio novamente para entender a resposta dela. Ainda bem que Seth não pareceu pensar nisso, me entregando o meu celular como se já tivesse perdido a graça qualquer coisa que ele fosse tentar fazer. Respirei aliviada. O meu martírio tinha acabado, finalmente.

– Vocês têm cada uma... – Disse Seth saindo do meu quarto. Foi sua deixa depois de ficar confuso. E eu agradeci quando ele fechou a porta do quarto.

Fiquei olhando o meu quarto, que tinha sido invadido pela fragrância máscula de Seth e contemplei o vazio agradecendo por nada ter acontecido.

Afinal, precisávamos manter-nos sob os ares da amizade e, sinceramente, não era o que tinha aparecido até então.

Respirei fundo mais uma vez. Agnes. Agnes. Agnes. Eu precisava me acalmar depois de tudo o que vinha acontecendo até então.

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