Segredos de Família: Herdeiros Dominadores romance Capítulo 13

Matthew viu o carro do pai chegar e um rapaz ruivo abriu a porta para alguém, mas ele não conseguiu ver quem era, pois Caios, Mark e Raphael o arrastaram para a lateral da casa. Ali na sombra havia uma porta preta trancada, Matthew nunca havia visto aquilo ali. Mark retirou uma chave do bolso e deu um sorriso malicioso ao abrir a porta.

—As damas primeiro— E indicou a passagem para Matthew, que viu uma escada que ia para baixo— Vamos docinho de leite, não temos a noite toda.

Matthew apanhou o celular e ligou o flash e começou a descer, ali embaixo era escuro e um pouco quente. Quando seus pés tocaram o piso de madeira luzes se acenderam.

—Porque não acendeu a luz?— Caios vinha logo atrás, rindo.

Matthew não respondeu. Estava analisando a sala a sua frente. Havia um projetor no teto apontado para uma grande tela branca na parede oposta, e havia nove poltronas de veludo verde.

—Senta aí— Matthew obedeceu ocupando o lugar entre Caos e Raphael. Mark ficou em pé na frente deles, com um controle em mãos— Rapazes, essa é oficialmente a noite do Êxtase— Raphael, Caios e Mark bateram palmas e gritaram— Silêncio, enfim, essa noite iremos mostrar nossos segredos ao jovem Matthew.

—Para que isso?— Matthew perguntou sem conseguir se segurar.

—Vamos vê-lo comendo um cara— Raphael respondeu— Queremos que fique mais íntimo. Que não tenha vergonha da gente.

—Não se preocupe— Caius disse— Eu passei por isso também. Todos nós passamos.

Mark apertou um botão e as luzes se apagaram e o projetor ligou, uma imagem foi surgindo na tela gigante. Matthew ficou totalmente surpreso ao notar que a imagem era de Mark completamente pelado. A imagem sumiu e depois surgiu a imagem de Raphael pelado e depois a imagem de Caios pelado.

—Ei, ei— Matthew deu um salto da poltrona— Não precisa disso, sério. Não quero ver isso.

Mark apertou dois botões e as luzes acenderam e a tela parou de exibir as imagens.

—Ok. Agora vamos para a segunda parte. Quem está com sede?— Todos levantaram a mão. Matthew voltou a se sentir desconfiado— Pode entrar!

Matthew ouviu a porta lá em cima abrir e alguém descer. Não estava gostando nem um pouco do sorriso malicioso de Mark e Raphael. Caios se mantinha sorrindo, e ao olhar para Matthew pediu desculpas apenas movendo os lábios.

Então ele foi até a frente dos rapazes, era sem dúvida alguma um striper bonito e forte, com uma bandeja na mão, com copos cheios e usava apenas um pano preto cobrindo as partes. Ele deu uma virada e Matthew viu a bunda exposta do homem, Mark apertou as nádegas do striper com vontade.

—Matthew, vamos fazer o mesmo.

—Não.

—Para o seu bem, para que se saia bem no grande dia, faça o que a gente mandar.

Matthew viu no olhar de Mark uma súplica muda, como se ele realmente tivesse a obrigação de mandar e Matthew a obrigação de obedecer.

O striper foi mais para trás e Matthew apertou as nádegas do cara, eram macias e ele gostou daquilo.

—Matthew, você vai delirar ao extremo— Exclamou Mark se sentando.

O striper pousou a bandeja em uma poltrona e retirou o pano preto, estava completamente pelado. Então sentou-se de costas entres as pernas de Matthew e começou a se mover para frente e para trás. O rapaz passava as mãos pelas pernas e nádegas do striper.

O striper se ajoelhou entre suas pernas, abriu o zíper da calça de Matthew e retirou o pênis para fora. Matthew estava muito excitado, não estava mais se importando com a presença dos primos.

—Chupe ele— Raphael ordenou ao striper— Mais é apenas isso. Nada de sexo hoje...

E o striper, pois o pênis dentro da boca, e Matthew gemeu.

..

Simon passou os livros do armário para sua bolsa, tomando cuidado para não derrubar a tigela de vidro. Se encaminhou para a aula de Cálculo evitando os corredores mais lotados.

Estava prestes a entrar na sala quando uma mão tocou seu ombro. Ele olhou para o lado. Era Christian, exibia um sorriso largo e lindo. Simon se controlou para não suspirar nem algo do tipo.

—Bom dia— Ele disse. E Simon notou o olhar de todas neles dois. Estavam esperando uma discussão— Tudo bem?

Simon assentiu e entrou na sala de aula. Christian entrou logo atrás e sentou ao seu lado. Aquilo rendeu mais olhares. Simon escondeu a vergonha com os cabelos e começou rabiscar no caderno. Mas podia sentir o olhar de Christian sobre ele. E ficou aliviado quando deu—se início a aula.

O Refeitório parecia o final de um jogo empolgante. Todo mundo falava de uma vez e riam alto, Simon não sabia o porquê, mais a atmosfera estava mais agradável. Decidiu sentar com o grupo de alunos que estavam no seu grupo de leitura. Todos pareciam animados com sua chegada.

—Obrigado por ter nos dado paz— Agradeceu um garoto magro e alto.

E todos começaram a conversar. Simon ficou olhando a multidão, estava atrás de Christian. Mas Christian deveria estar com os amigos dele, correto? Errado. Lá vinha ele com uma bandeja, puxou uma cadeira e sentou ao lado de Simon. A mesa inteira se calou, e o refeitório passou a olhar aquela mesa como nunca.

—Não devia estar com seus amigos?— Simon perguntou, ignorando os olhares.

—Humm, e estou— Ele sorriu para todo mundo a mesa— Não são todos do grupo?— Eles assentiram— Quer que eu saia?— Perguntou a Simon, que fez que não com a cabeça— Ótimo. Do que vocês estão falando?

—Da série de filmes Transformers.

—Muito show.

E Simon ficou espantado e maravilhado ao ver Christian, o valentão e intocável, conversando animado com os garotos comuns.

O resto do dia foi normal. Simon não viu Christian em nenhuma aula. Seguiu para o ginásio para a aula de educação física. Um grupo a distância jogava bola. Christian estava ali com os amigos dele, os valentões, que conversavam com os não valentões, arrancando olhares espantados da professora. Simon seguiu para o vestiário e se trocou.

Voltou usando uma camiseta cinza e um short da escola, azul marinho que por ser pp — era o único que cabia nele— era curto demais, deixando suas coxas de fora.

Quando entrou na quadra notou o grupo de valentões olhando para ele. Mas nenhum deles disse nada. Christian estava vindo até ele, a testa franzia.

—Que roupa é essa?— Sua voz estava gelada e Simon notou que ele era uma barreira entre ele e os outros alunos que tentavam ver o progresso de seu short que escorregava para cima, dando foda—se as leis da gravidade.

—Meu uniforme de educação física. PP é desse tamanho mesmo.

—Nem a pau que você vai fazer física com esse short. Os caras estão olhando— Sibilou ele.

Simon revirou os olhos.

—Christian eu nunca dei bola pra eles, não vai ser agora que vou fazer isso— Ele passou por Christian e se juntou a um grupo. O mesmo do almoço. E Christian se juntou ao dele.

A aula transcorreu bem, até a professora mandarem fazer polichinelo, o que resultou em uma subidinha no short de Simon, que resultou em um comentário em alto e bom som de um garoto forte e alto atrás dele:

—Vou arrancar esse short com os dentes.

E por sua vez o comentário lhe resultou um soco na cara dado por Christian. Que resultou em sua ida a diretoria e a ida do garoto a enfermeira.

Simon aproveitou a comoção da ida do garoto a enfermeira e correu para o vestuário. Tomou um banho rápido, vestiu—se e correu para a sala da diretora. Ficou parado na porta que dava para a recepção. Ficou esperando por cinco minutos.

Christian saiu. Simon o segurou pelo pulso.

—Está tudo bem?

—Sim— Christian deu um sorriso— Ela entendeu a situação. Acho que ela tá feliz por sermos amigos.

Simon assentiu e começou a andar para longe. Christian o seguiu.

—Qual o problema?

—Eu não sei— Simon admitiu— Essa sua mudança repentina...

Simon parou e olhou para ele. Christian ficou imóvel, como se estivesse lembrando de algo.

—Eu só acordei— Foi o que ele disse— Sabe, acordei para tudo. Quero muito deixar de ser um babaca completo.

—Você acabou de quebrar o nariz de uma pessoa. Não entendo nem o porquê.

—Quebrei mesmo— Christian falou em tom defensivo— Viu o comentário que ele fez sobre você?

—Sim. Qual o problema? Foi só um comentário.

—Não gostei— Christian disse na mesma hora.

Simon olhou para ele, havia algo ali. Mas não era o que ele pensava, Christian era hetero certo? Ele balançou a cabeça para afastar isso da mente e começou a andar de novo.

—A sua capacidade de arrumar confusão é incrível. Bom— ele abriu a porta de saída— Até amanhã.

—Te deixo em casa.

—Não precisa.

—Eu quero.

Simon não podia negar que por dentro sentia algo forte quando Christian dava essa atenção a ele. Algo bom que ele nunca havia sentido antes.

Por isso assentiu com um sorriso no rosto. Christian também sorriu.

Eles saíram em direção ao carro de Christian. Simon não queria que ele perdesse tempo com ele. Mas Christian era teimoso.

O caminho todo foi silencioso, e dessa vez ele o levou para casa. Simon não gostava da forma como seu coração batia perto dele. Nem dos choques pelo seu corpo quando Christian o tocava.

Ele sentiu esse choquinho quando saiu do carro e Christian, que tocou seu braço e ele se virou para ele.

—Eu só queria te defender.

—Ele não iria me estuprar ali na frente de todo mundo— Simon disse franzindo a testa.

—Verdade. Mais eu... Detestei a ideia.

Simon assentiu.

—Só tente se controlar. Boa noite.

E arriscou, se aproximou e deu um beijo no rosto de Christian e correu para dentro de casa. Jogou a mochila aos pés da escada e sorriu. Não devia ter feito aquilo, mas não se arrependia.

… ...

No dia seguinte, tudo transcorreu normalmente e Christian não parecia ofendido com o beijo no rosto. Na hora do almoço ele sentou novamente com a turma de Simon, e enquanto conversavam uma garota do grupo de líderes de torcida se aproximou da mesa.

—Christian querido, não gostaria de sentar conosco?— Christian franziu a testa sem entender o que ela queria dizer, mas Simon já sabia o que vinha por ai— Você não precisa sentar com eles, sabe, se isso for alguma aposta que você perdeu...

—Vaza daqui— Christian levantou—se e a encarou de cima— Vaza daqui e se falar merda de novo eu vou garantir algumas amigas, lutadoras, dêem um jeito em você. Tudo bem? Ótimo— Voltou a sentar e conversar como se nada tivesse acontecido.

A garota saiu dali mais confusa que furiosa e Simon riu por dentro.

E durante os meses seguintes a amizade entre o nerd e o valetão estava rendendo vários comentários e uma paz diferente na escola. Christian não tinha vergonha alguma de andar com Simon, de sair com ele depois da escola ou participar do grupo de leitura. Simon até achava que aquilo poderia ser algum sonho.

—Aqui está as tigelas— Christian apareceu na sala de reuniões do grupo de leitura— Esses biscoitos são uma delícia— E tentou surrupiar um, mas Simon deu um tapa na sua mão— Ai!

—Deixe para comer todos juntos.

Christian riu e o abraçou. Esse era um hábito que Simon havia achado estranho no começo, mas estava começando a ficar acostumado, Christian o abraçava por tudo, as vezes sem motivos; na aula de artes quando o professor passava vídeos, no ginásio quando assistiam os jogos, no cinema, no carro do lado de fora da casa de Simon.

—Estamos atrapalhando?— Christian, ainda abraçado a ele fez que não com a cabeça e o grupo começou a ocupar seus lugares, todos observando a cena na mesa de lanche.

—Melhor me soltar, estão encarando— Simon sussurrou— Vão achar que você é gay.

—Se for pra acharem que sou gay e estou namorando você, até que vale a pena— Bagunçou o cabelo de Simon e se afastou para conversar com o grupo.

Simon estava com as pernas trêmulas graças ao que acabara de ouvir.

A reunião transcorreu normalmente e no final Simon foi com Christian de carona. Pelo caminho eles conversavam sobre o dia, um costume que haviam adquirido a pouco tempo.

—O Dalas, do primeiro ano, veio pedir um autógrafo naquela foto que a gente tirou no jogo da sexta passada— Simon contou enquanto Christian estacionava em frente a sua casa— As coisas estão indo muito bem, essa paz na escola, eu e você...

—É, pena que demorei um tempo da porra pra entender tudo— Christian passou os dedos pelo cabelo de Simon— Acho que podemos até ganhar o baile de inverno; rei e rainha.

—Não sou sua rainha— Simon riu— Boa noite, Christian— E deu um beijo na bochecha do amigo.

Simon saltou do carro e entrou correndo. Ele respirou fundo encarando sua casa.

Alguém bateu na porta e ele abriu. Quando Simon abriu a porta sentiu duas mãos em sua cintura e seu corpo se chocou com o corpo duro de Christian. Ele olhou assustado e feliz para ele.

—Meu beijo de boa noite é assim— Christian sussurrou e o beijou.

Simon achou que seu coração fosse explodir. Christian era ótimo em beijar, e estava deixando seu corpo mole naqueles braços fortes. Suas mãos estavam entrelaçadas atrás da cabeça de Christian.

Ele precisou ficar um pouco na ponta dos pés. E quando o beijo acabou ele piscou surpreso. Christian estava sorrindo ao soltá—lo.

—Boa noite— Se aproximou dele e deu um selinho e foi embora.

Simon ficou ali na porta, um largo sorriso no rosto enquanto tocava os lábios que haviam tocado os lábios de Christian.

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