Segredos de Família: Herdeiros Dominadores romance Capítulo 14

Thomas foi levado por um corredor largo cheio de portas. Eduardo abriu uma porta e sinalizou para ele entrar. Era um grande quarto, com uma cama grande com lençóis da cor de sangue, um closet, um banheiro e uma mesa circular com três poltronas. Thomas notou que o quarto não possuía janelas.

—Não há janelas para que não corra o risco de ver seu Dominador. E nem ele ver você— Respondeu Eduardo— Trarei seu jantar no quarto. Tome um banho.

—Vou ficar preso aqui 24 horas?

—Não se preocupe, o grande dia será daqui a uma semana, será a semana em que irá aprender tudo que precisa para o grande dia. Não se preocupe.

E saiu.

Thomas bufou e logo parou, ele havia escolhido isso, havia aceito a proposta, não podia reclamar. Viu que sua mochila estava sobre uma das poltronas, mas quando a abriu constatou que suas roupas haviam desaparecido, havia somente seu perfume, desodorante, hidratante, escova de dentes e uma escova para o cabelo. Onde estava suas roupas?

Quando abriu o bolso, viu um pequeno bilhete em letras douradas.

"Suas roupas são da escolha do Grande Pai da casa. Você as encontrará no closet"

Thomas correu para o closet. Era um espaço amplo e branco, com faixas de espelho aqui e ali, pufes no centro e uma penteadeira branca cheia de produtos para pele e cabelo.

As cruzetas sustentavam roupas brancas, algumas eram calças, mas outra eram shorts muito curtos e quase transparentes, tudo era feito de seda ou chiffon.

Thomas passou os dedos pelas peças tão ousadas. Então devia usar aquilo? Tudo bem, ele havia sido contratado para isso não é?

Pegou uma calça que não era tão transparente e uma blusa completamente transparente e foi para o banheiro tomar banho. Quando saiu do banho viu Eduardo sentado à mesa com uma bandeja coberta ao lado. Estreitou os olhos ao ver Thomas.

—Vejo que couberam. Espero que entenda que é para o seu bem. Roupas pesadas vão cansa-lo.

—Estou quase nu.

— Não tem com o que se envergonhar. Muitas garotas dariam um pulmão para ter uma cintura como a sua. Você parece uma garota.

Thomas não queria, mas enrubesceu.

—E um Submisso não deve ser assim?

—É difícil achar alguém como você. Tão delicado... Bom, aqui está seu jantar. Sente—se.

Thomas obedeceu e Eduardo descobriu a comida, Thomas começou a comer lentamente.

—Amanhã irei ensinar coisas a você. Deve confiar em mim. Entendeu?— Thomas fez que sim— Se fizer tudo direito será recompensado— Thomas revirou os olhos— Você me lembra eu quando estive nessa situação.

—Como assim? Achei que depois do grande dia os submissos deviam desaparecer, como pode esta trabalhando aqui?

—Eu sou filho de uma das donas disso tudo. O seu patrão é irmão dela, então abriram uma exceção pra mim.

—Então você foi Submisso e Dominador.

—Sim, fui. Experiências maravilhosas. Pena que meu Submisso não era tão belo quanto você.

Thomas largou os talheres com cuidado, pondo fim na refeição, queria comer mais, só que Eduardo dando em cima dele era uma situação constrangedora.

—Agradeço pelo jantar. Posso dormir agora? Estou cansado.

—Claro— Eduardo se pôs de pé e pegou a bandeja— As oito estarei aqui. Boa noite.

Thomas viu a porta fechar e ouviu um barulho de tranca. Estava em sua nova prisão chique. Deitou—se na cama em posição fetal e começou a chorar.

Christian passou as mãos nos lábios assim que se jogou em sua cama. A chuva forte martelava nas janelas cobertas pelas cortinas pesadas. Um sorriso formando—se em seu rosto.

Durante o jantar havia reparado nos pais como nunca. A forma como eram feliz, um casal feliz, uma família. De alguma forma algo dentro dele havia morrido e dado lugar a uma coisa nova, que deixava o seu corpo em êxtase. Pela primeira vez na vida ele sentiu o que era ser feliz de verdade.

No dia seguinte acordou antes de todo mundo, tomou um banho e apanhou a mochila e desceu correndo. Passou correndo pelas portas duplas e saiu no seu carro. Dirigiu até a casa de Simon e parou ali, a rua deserta. Ainda dentro do carro enviou uma mensagem de texto ao garoto: Não se assuste, mas estou aqui fora. A resposta veio dois minutos depois: Estou descendo.

Simon saiu de casa, com mochila nos ombros, rodeou o carro e entrou. Christian o recepcionou com um beijo demorado.

—Bom dia.

—Bom dia— Simon sorriu luminoso— Bom, agora eu é que digo; "Não se assuste mas..."— Christian franziu a testa para o rosto apreensivo de Simon— Meus pais querem conhecer você.

Christian relaxou no banco.

—Ótimo, quando?

—Mais tarde.

—Isso vai ser interessante.

Mas não era. Christian passou o dia inteiro com um frio no estômago; nunca precisou conhecer os pais de suas ficantes, e agora iria ver os pais de Simon. O que eles diriam dele? Se soubesse teria vindo com roupas mais formais.

—Vai ficar tudo bem— Simon o acalmou enquanto voltavam para casa no fim do dia— Eles serão legais com você. Prometo.

Christian assentiu, ainda nervoso. Quando chegaram a casa estava mergulhada em escuridão e o garoto sentiu a apreensão aumentar.

—Acho que eles ainda estão no trabalho— Simon falou puxando Christian para cima, para seu quarto— Teremos de esperar.

Christian sentou na cama e deu um sorriso largo. Puxou Simon pela mão e o sentou em seu colo, de frente para ele, os braços de Simon em volta de seu pescoço e começaram a se beijar. Primeiro beijos leves, e logo depois beijos mais profundos, os corpos mais colados. Simon puxava os cabelos de Christian e o outro passava as mãos pelas costas de Simon por dentro da blusa, sentindo a pele macia.

—Estou... Sem... Fôlego...— Simon respirou fundo— Você...

Christian investiu com mais beijos. A boca de Simon era deliciosa, a melhor que ele havia provado até ali e estava começando a ficar impossível de se separar daqueles lábios macios.

—Você... É... Uma delicia— Suspirou ele enquanto Simon distribuía beijos pelo seu rosto e voltava para a sua boca.

As coisas estavam esquentando. Simon tirou a blusa e jogou no chão, Christian não se importou muito por ser um corpo de garoto; Simon era perfeito, segundo ele. E passou a mão por cada parte do corpo do outro enquanto aprofundaram os beijos. Christian tirou a camisa também.

—Como está o corte?— Simon sussurrou passando os dedos pela cicatriz avermelhada.

—Vou melhorar— E voltou a beijá-lo.

Simon estava roçando a bunda no membro de Christian, que a essa altura, já estava completamente duro. Ele agarrou Simon com mais força pela cintura, as peles roçando, a pele macia de Simon contra a pele dura de Christian.

E a porta lá embaixo abriu e fechou.

Simon pareceu ter levado um choque; deu um salto do colo de Christian e catou a blusa. Christian riu, agora mais calmo, e vestiu a própria blusa. E notou um problema; estava com a calça marcada, o membro inteiramente duro.

—Ele vai se acalmar jaja— Riu ao capturar o olhar de Simon para o volume grande.

Ouviram passos na escada e duas pessoas surgiram a porta. Um homem alto e magro, calvo, de olhos grandes e óculos redondo. A mulher era da mesma altura que ele, loura, de olhar esperto. Christian achou que ninguém era capaz de enganá—la.

—Boa noite meninos. O que fazem aqui sozinho?— Indagou ela olhando de um para o outro— Muito bem, desçam agora.

E o casal saiu. Christian foi puxado por Simon até a cozinha modesta e bem iluminada. O casal estava sentado a mesa. Eles sentaram de frente para eles.

—É um prazer rever um Smith— A mulher disse— Não sei se já ouviu falar de mim, sou Phenelope Gray agora.

Christian ofegou.

—Então foi você... O ritual... Você era...

—Espere aí, vocês se conhecem?— Simon franziu a testa para eles.

—Gostaria de dizer que não— Christian gruiu.

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