Meu Senhor romance Capítulo 88

Eduarda Amorim

Estou sentada na cadeira da varanda do meu quarto, com as portas da sacada abertas e um livro em minhas pernas. Desta vez é um livro de uma autora americana. Um romance que fala sobre segredos e traumas, que mudam uma vida toda. Os meu traumas mudariam a minha vida, se Madame não tivesse aparecido nela.

Em  falar nela, hoje me ligou super preocupada, porque ficou sabendo do ocorrido pela tv. Disse que o meu sequestro, foi anunciado em muito telejornais.

Eu não quero ver, e espero que as pessoas esqueçam logo disso. Porque eu não quero ser conhecida, como a namorada do Arthur que foi sequestrada.

Fora que tenho medo de prejudicar o hospital com todo esse disse me disse, na imprensa. Arthur sempre foi reservado com a sua vida e sua família.

Falei com as meninas também... Elas estavam preocupadas.

Eu estou feliz! Muito feliz!

Ao sair do banheiro, minha sogra estava me esperando no meu quarto, ela começou a tentar conversar sobre o que Arthur falou na sua bebedeira, mais fiz sinal para ela, para amostrar as câmeras. E disse que ia pedir para o Arthur para ir na casa dela, aquela semana. Não queria que Arthur, visse nós duas especulando sobre, o que ele disse. Eu queria deixar ele a vontade para decidir o que fazer.

E eu só estava esperando que ele fizesse o certo, que era me procurar para nós entendermos. Sempre conversamos sobre tudo, isso não seria diferente.

Deito minha cabeça no encosto da cadeira, e deixo a brisa penetrar em meus poros. Final de tarde, o sol está gostoso! E está começando a esfriar.

De repente sinto alguém mexendo em meus cabelos, olho para cima e vejo ele sorrindo.

Com o cabelo molhado, e muito cheiroso. Está com a cara inchada, parece ter acabado de acordar.

-Você está lendo ou curtindo a brisa da tarde?

Ele me diz ainda em pé, atrás da cadeira.

-Os dois. Como se sente?

-Com ressaca...

Ele solta meu cabelo, se vira indo para dentro do quarto. Ele nem precisa me chamar, pra eu saber que ele quer que eu entre. Será que é agora que teremos aquele papo?

Saio da cadeira, entro no quarto e fecho a sacada, pondo o livro em cima da mesa. Quando olho para ele novamente, ele está meio deitado na cama, com os pés para fora dela.

Me sento ao seu lado e faço o mesmo que ele.

-Queria te pedir desculpas ...

Não faça isso... Não se desculpe, por ter me dito que me ama.

-Sobre o que?

-A bebedeira... Você ter me encontrado na piscina desacordado... Eu não sou de fazer isso... Mais as coisas que aconteceram ontem foram demais para mim...

Ufa! Que alívio!

-Meu senhor, não precisa me pedir desculpa. Eu só fiquei preocupada.

-Pois é... Eu não deveria ter te deixado preocupada, depois de tudo que aconteceu com você ontem.

Ele me olha, e vejo seus olhos verdes claros, me analisando.

-Eu estou bem...

-Mas foi por pouco...

-Mas não devemos ficar pensando no que poderia ter acontecido e sim, no que aconteceu. Eu também queria me desculpar, afinal eu só fui raptada porque insisti em ir num banheiro vazio. Eu devería ter feito o que Ítalo queria que eu fizesse.

Ele pega a minha mão, levanta ela da cama e leva até seus lábios a beijando.

-Acho que correria o risco de qualquer jeito... Também não é aconselhável, ficar no meio da multidão. Só vamos esquecer isso e recomeçar ok? Acho que merecemos...

-Sim meu Senhor!

-Queria conversar também sobre as coisas que eu falei quando estava bêbado.

-O senhor se lembra?

-Até uma hora atrás não me lembrava, mais agora as coisas estão bem nítidas. -Meu coração parece que vai soltar do peito. -Existe um motivo para que eu não tome porres.

Eu olho para ele e franzo a sobrancelha.

-E quais são os motivos senhor?!

-Eu fico carente... Fico pedindo para as pessoas me amarem... Enfim, é bem constrangedor!

Eu engulo seco.

Então quer dizer que foi doideira mesmo da bebida?

Que na verdade ele não sente o que ele diz?

E eu pensando que ele ia dizer que sente sim... Que era tudo verdade.

Meu coração chega a ficar apertado dentro do meu peito, mais eu engulo o choro e digo:

-Tudo bem, meu senhor... A bebedeira nos faz criar histórias na cabeça. Eu nunca fiquei bêbada, mais escutava cada história no internato, que era até engraçado. -sorrio para disfarçar meu desapontamento. -Tinha até uma menina que gostava de dançar pelada nos corredores do internato. Eu pensava: "Nossa que doida, deve..."

Ele me tasca um beijo na boca me calando. Segura minha cintura, e aprofunda o beijo.

Aquele hálito de pasta de dente, misturada com o seu gosto, desperta meu corpo na hora...

Ele para de me beijar e me olha suspirando.

-Você sabia que quando fica nervosa, dana a falar ou começa a se movimentar igual uma boneca, que a gente deu corda?

-Eu não estou nervosa ...

-Está sim... Nervosa, porque acha que tudo que disse é mentira... Não é Duda... Eu te amo! Eu não sei como isso aconteceu, mais você entrou aqui dentro, como uma erva daninha e ficou...me desculpe se eu não te falei antes sobre meus sentimentos, mais é que eu demorei pra entender que isso era amor. Só ontem, quando eu me vi a ponto de te perder é que fui perceber o quanto você era importante para mim... Eu não sei como vai ser, nosso relacionamento junto com o bdsm, mais eu estou disposto a descobrir se quiser.

Eu olho para ele, e não acredito o que estou ouvindo...

É muito bom pra ser verdade.

É todos os meus sonhos, sendo realizados de uma só vez.

Dona Eleonora sempre teve razão... E eu duvidando... Achando que era delírio de uma mãe que queria muito que seu filho achasse seu caminho. Mais não era...

Ele realmente gosta de mim...

Eu começo a chorar, e ele limpa minhas lágrimas com os dedos beijando todo meu rosto.

-Topa encerrarmos o contrato e começarmos uma relação. Eu e você? Claro que ainda teremos o bdsm nos regendo, pois isso faz parte de nós, mais eu acredito que podemos construir uma relação junto com os jogos.

Eu confirmo com a cabeça, não conseguindo falar e o abraço, tentando demonstrar  todo esse amor que sinto.

-Vc tem permissão para falar Duda... -ele diz no meu ouvido.

-Eu sei... Mais não consigo ... Espera um pouco...

Ele confirma, me abraçando com mais força.

Como eu queria ouvir tudo isso!

Como eu sonhei ouvir tudo isso!

Quando começo a me acalmar, falo em seu ouvido.

- Há um tempo atrás o senhor ficou bravo porque eu liguei a batedeira, quando  falava do senhor para Açucena. -ele sorri e diz:

-Lembro, vai me dizer agora o que disse a Açucena?

-Sim. Eu disse a ela que estava apaixonada por você, mais não queria que soubesse, porque eu queria curti até o último momento desta relação. E que se por acaso, você soubesse,  poderia querer encerrar o contrato.

Ele se afasta um pouco, limpa minhas lágrimas e diz:

-Vc tem razão. Eu ia querer encerrar o contrato. Eu quero muito... Mais dessa vez vou encerrar, para entrar numa aventura muito divertida.

Eu sorrio para ele e pergunto.

-Qual aventura?

-A de criar uma família com vc! Vamos devagar, eu não quero te assustar, mais saiba que da minha vida você não sai nunca mais Eduarda Amorim. Agora definitivamente, você é minha mulher!

Nós dois sorrimos um para o outro e ele me beija com muito carinho, me puxando e me pondo em cima dele.

Desamarra meu roupão e diz:

-Tira isso bonequinha...

-O senhor não estava com ressaca?-digo sorrindo.

-A ressaca já foi embora a uns minutos atrás, você é um ótimo remédio de cura ressaca.

Ele me vira rapidamente, me puxando para cima da cama, e me depositando em cima dos travesseiros.

-Seu primeiro papel como minha mulher, será me satisfazer...

-E como posso satisfazer meu senhor?

-Me amando... Eu não vou ser uma pessoa fácil Duda. Eu continuo sendo o cara possessivo e protetor de antes. As vezes vou ficar irritado, vou querer te ensinar didaticamente que você errou. Eu sou intolerante na maioria das vezes. Mesmo sem o contrato, nada vai mudar...

-Eu não quero que mude...

-Podemos adaptar algumas coisas, eu posso ceder algumas coisas... Mais vai ser só isso Duda! Você pode lidar comigo?

-Sim meu Senhor! Para sempre!

Ele chupa meu seio enquanto aperta o outro, ao mesmo tempo que se esfrega em mim...

-Prevejo muitas conversas com meu pai...

Eu sorrio...

-Aposto que ele vai amar orientar seu filho nesta nova empreitada.

-Claro que vai! Eles adoram controlar minha vida! Apesar que se não fosse a minha mãe, não tínhamos achado você ontem.

-Como assim?

-Lembra da pulseira que ela te deu?

-Essa? -balanço na frente dele

Ele segura o coração de rubi e diz.

-Esse coração tem um localizador, igual este do seu pescoço.

Ele me devolveu o cordão ontem.

-Então por isso que ele tirou meu cordão? -Ele confirma.

-É normal dominadores usarem essas jóias para protegerem ou até controlarem seus submissos e família. Eu tenho um anel com o mesmo dispositivo,que foi dado pelo meu pai. -ele me amostra o anel. -Acontece que Silvio sabia disso.

-E sua mãe me deu a pulseira, como uma segunda opção?

-Sim... Nem eu sabia disso...

-Então ela me salvou, porque foi intrometida?

Ele confirma com a cabeça.

Eu gargalho, enquanto ele começa a beijar minhas costelas , minha barriga, até chegar nas minhas pernas.

-Eu estava com tanta saudade senhor.

-Estava?

-Sim,  de sentir sua boca em meu corpo, suas mãos...

-Só minha boca e minhas mãos?

-Não meu senhor, estava com saudade de seu pau... Muita...

Ele rosna e abocanha a minha boceta, fazendo um sexo oral intenso.

Morde meus grandes lábios e os puxa, me olhando com aqueles olhos verdes brilhantes que eu tanto amo.

Começa a fazer um vai vem na minha vagina com a língua ao mesmo tempo que aperta o meu clitóris com os dedos, me levando ao ápice. Não demora muito, eu grito seu nome e gozo em sua boca.

-Arthur!!!

-Isso docinho, goza na minha boca!

Ele continua ali, acariciando, beijando e lambendo. Vai subindo meu corpo aos poucos, chega na minha barriga morde a minha gordurinha que ele ama. Depois se encaixa no meio das minhas pernas e me penetra de uma só vez. Eu grito por causa da dorzinha que se espalha. Ele começa a se mexer, com um de meus seios na boca mamando com força.

Empurra o teu pau até o talo, e eu sinto ele bem no meu útero, depois ele sai e volta novamente. Repete esse movimentos mais algumas vezes...

-Me fode, meu senhor!

-Com força?

-Com força, sou sua... Me faz sua...

Ele rosna e começa a fazer um vai vem frenético, fazendo intervalos para se acalmar, dando aquelas reboladas que só ele sabe fazer, e reiniciando tudo novamente. Até que eu alcanço o clímax novamente e ele vem logo depois.

Continua dentro de mim, se apoiando em seus braços e me beijando com muita vontade.

-Quando fica assim, lânguida debaixo de mim, molhinha, você é tão minha .. eu não vejo dúvidas em seus olhos.

Olho para ele e acaricio seus cabelos.

-Eu não compreendia o que sentia, as minhas dúvidas, era medo de me envolver e eu terminar igual as meninas do internato, que foram suas Submissas. Apaixonadas e dispensadas.

Ele sai de cima de mim, e deita ao meu lado.

-Eu não tenho culpa se elas se apaixonaram por mim... Eu sempre deixei as coisas muito claras... Elas não podem me culpar por serem tratadas bem...

-Eu sei, meu Senhor... A paixão simplesmente acontece... Não há uma fórmula... Agora compreendo...

Ele se vira em minha direção, acaricia meu cabelo botando ele para trás de meus ombros, para me olhar.

-Eu te prometo que não vou te dispensar. É capaz de você não querer nada comigo, quando se cansar das minhas manias.

Eu revirou os olhos.

-Você revirou os olhos para mim?

Merda!

-Desculpas, foi impulsivo.

-Ahhh sua menina levada, você e suas impulsividades.

Ele me pega sem avisar e me põe deitada de bruços em seu colo e me dá uma palmada na bunda ardida.

Eu começo a ri...

-Doeu Senhor!

-Vai doer mais...

Ele da outra...

E assim recomeçamos tudo outra vez, porque aqui não falta tesão nunca... E pelo jeito nem amor.

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