Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 16

Desço do carro em frente ao prédio luxuoso a beira mar, a brisa do marítima vem me abraçar, respiro fundo tomando coragem pra entrar.

- Boa noite.

Um senhor de cabelos grisalhos, um pouco acima do peso sorri gentilmente.

- Boa noite minha filha.

O senhor me observa esperando que eu decida se entro ou não, os pensamentos acelerados, não me deixam decidir se é a decisão certa ou não, então sou invadida pelo cheiro amadeirado que Murilo usa, me viro em direção as portas dos elevadores, o vendo caminhar pelo saguão, usando uma bermuda jeans clara, tênis preto sem meia, uma camiseta de malhar preta, cabelos molhados penteados para trás, um sorriso no rosto e passos largos.

O senhor me observa esperando eu decidir se entro ou não, então sinto o perfume amadeirado que Murilo usa, me viro em direção a entrada, vendo ele se aproximar do saguão

- Manu.

- Oi, você estava saindo?

- Estava.

Desvio meu olhar para encarar meus pés totalmente sem graça, claro que ele estava saindo, eu deveria saber que ele, Murilo Hernandez não ia aparecer na minha casa, como fui ingênua, que vergonha.

- Estava indo até sua casa, achei que você não vinha.

Olho para Murilo que parece muito sincero em suas palavras, me pegando de surpresa.

- Sério?

- Eu te disse, que se você não aparecesse eu iria, não disse?

- Disse, mas ...

O que tá acontecendo entre nós, alguém me explica por favor! Não quero me apaixonar por esse homem, que pode sumir da minha vida daqui uma semana, um mês, um ano e nunca mais voltar. Em contra partida eu quero viver cada minuto dessa nossa louca química, vivi tempo demais no escuro, agora que encontrei uma luz, por que não aproveitar?

- Mas nada.

Terminando de se aproximar, seus lábios tocam os meus, sua mão se entrelaça a minha, Santo Deus agora é tarde demais, eu quero mais.

- José manda guardar meu carro.

- Pode deixar seu Murilo.

Me puxando em direção ao elevador Murilo segue com nossas mãos entrelaçadas, o que de certa forma aquece meu coração ao mesmo tempo que me deixa confusa. Quando as portas se fecham seu olhar percorre meu corpo todo.

- Deixou seu carro onde?

- Em casa, vim de uber.

- Ótimo.

Seu corpo se aproxima mais do meu, o perfume amadeirado é forte o que combina perfeitamente com sua personalidade dominante, invade meus sentidos e me embriaga.

- Você me deixa louco.

Segurando meu rosto em suas mãos, tomba minha cabeça para o lado, cheirando toda a extensão do meu pescoço, dando leves beijos que me deixam arrepiada, sinto minha calcinha molhar no mesmo instante, antes que eu possa dizer alguma coisa as portas do elevador se abrem, saímos de mãos dadas em direção ao apartamento, Murilo abre a porta esperando que eu entre.

- Então o que vamos pedir para o jantar?

Sua postura muda totalmente, aquele ar sedutor deu lugar ao Murilo brincalhão, o que sorri com os olhos e parece querer conversar.

- Não sei, o que você gosta de comer?

Seu olhar pelo meu corpo ao mesmo tempo que um sorrisinho de lado me dizem muitas coisas.

- O que quero comer não está em nenhum cardápio Manuela.

Meu rosto esquenta enquanto ele se aproxima e sorri, depositando um beijo casto em meus lábios, me puxando em direção a sala.

- Não sei comida japonesa, mexicana, pizza? - Digo antes que esse assunto se torne mais sexual.

- Você escolhe.

- O que vamos beber?

Pergunto já me sentando no macio sofá preto em formato de L que preenche a enorme sala ampla e arejada, a parede de vidro no fundo com uma visão privilegiada do mar, há um painel de mármore a nossa frente com uma tv gigantesca presa a ele, tudo em tons escuros dando ao apartamento cara de casa de homem solteiro.

- Vinho?

- Perfeito, podíamos pedir comida italiana, o que acha?

Murilo pega o telefone andando até a cozinha, decorada em tons de preto e cinza como a maior parte da casa, de onde estou posso vê-lo pegar um papel preso na geladeira enorme de duas portas na cor preta que eu nunca tinha vista antes, a casa é aberta quase sem paredes.

- Gosta de nhoque, lasanha, macarronada?

- Tem ravióli?

-Tem sim.

- Vou querer de ricota.

- Okay.

Volta a falar no telefone, sem deixar de me olhar um segundo sequer, desliga e o coloca sobre a bancada, pega duas taças e uma garrafa de vinho.

- Tinto seco.

- Perfeito.

Se aproximando serve as taças, coloca a garrafa na mesa de centro se sentando no sofá ao meu

lado me entregando uma taça com um sorriso de tirar o folego.

- Um brinde?

- A que?

- A nós, a essa noite.

Murilo bate nossas taças, sorve um gole do liquido, se acomodando no sofá ele se vira de frente pra mim, ficando de lado no sofá, apoiando uma mão no encosto, sua cabeça nessa mão, então me observa.

- Me conte sobre você.

Arregalo meus olhos totalmente sem graça, o que vou dizer? Que minha vida é totalmente sem graça e entediante. Pelo amor de Deus o homem mora na Europa o que eu posso dizer que vá surpreende-lo só se for a verdade!

- Não tenho nada de interessante para te contar.

- Duvido.

Sorri tomando mais um gole do vinho, me olhando por cima da taça, já te disse que o olhar dele é extremamente sedutor, que me faz ter vontade tirar a roupa imediatamente? Pois é!

- Então eu vou perguntar.

- Okay.

- Você tem irmãos senhorita Fontes?

- Não, sou filha única, e você senhor Hernandez?

Ele me olha de lado.

- Se você quiser jantar Manuela, não chame de assim. - Toma mais gole e volta a conversar. - Um irmão mais velho e uma irmã mais nova.

- hum.

- Mora com seus pais ou sozinha?

Tomo um longo gole do vinho, respiro fundo esse é um assunto complicado.

- Me desculpe, se não quiser responder vou entender.

- Não tudo bem, só é um pouco delicado, eu saí de casa há um bom tempo.

Respiro fundo o encarando, seu olhar curioso sobre mim me instigou a continuar.

- Meu pai morreu há dez anos, sai de casa três anos depois.

Murilo ergue uma sobrancelha.

- Sinto muito por seu pai.

- Eu também sinto.

Essa é maior verdade da minha vida, o que mais sinto ter perdido, meu pai.

- Sua mãe?

Meu sorriso agora é super sem graça, não sei bem como falar sobre esse assunto.

- Nossa relação sempre foi boa, mas depois que meu pai morreu as coisa entre nós mudaram um pouco.

Sua mão toca a minha no encosto do sofá, seu olhar encontra o meu com tanta profundidade.

- Não era minha intenção te chatear, vamos mudar de assunto?

- Vamos, me conta você sobre seus pais.

- Bom, meus pais estão juntos há muitos anos, eles vivem bem, a propósito minha mãe é

brasileira.

- Mesmo?

- Sim ela é capixaba, de Pedra Azul, conhece?

- Não, já ouvi falar que é lindo.

- É sim, temo sum um hotel lá, um lugar realmente lindo.

- Imagino.

- Meu pai é espanhol mesmo, ele conheceu mamá, quando ela foi estudar, se apaixonaram, começaram a namorar e logo ela engravidou do meu irmão, então se casaram.

- Que história linda, e sua relação com seus irmãos, com é?

Murilo sorri, meu Deus como é lindo seu sorriso.

- O que posso te dizer? Bom Alejandro meu irmão mais velho, nó somos bem próximos, agora ele é noivo de uma garota, que nossa família não aprova muito, ela ... hum ... digamos que não merece meu irmão.

- E sua irmã?

- Ariel, ela tem 20 anos, é nossa Caçulinha, mimada, espirituosa, amorosa, adora viver no limite.

Seus olhos brilham ao falar sobre os irmãos, sempre quis irmãos.

- Deve ser bom ter com quem contar incondicionalmente.

- É sim, e seus amigos?

O interfone toca nos tirando daquela conversa.

- Nossa comida chegou.

Murilo se levanta, pegando a carteira saindo pela porta antes que eu possa dizer qualquer coisa. levanto indo até a cozinha abro alguns armários, gavetas, coloco os talheres e pratos na bancada, pego nossas taças, a garrafa colocando ali enquanto me sento pra esperar. Ouço a porta se abrir, ele vem sorrindo.

- Já se achou aí?

- Me desculpe, mas abri alguns armários

- Eu nem sei o que tem ai, a Rosa quem sabe onde fica tudo

- Rosa?

- A senhora que trabalha aqui.

- Hum.

Abrindo as sacolas Murilo serve nossos pratos, o cheiro invade minhas narinas nem sabia que estava com fome.

- O cheiro está bom.

Terminando de nos servi ele se senta ao meu lado, começamos a comer.

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