Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 17

Olhei o relógio preso ao meu pulso, marcava oito e quarenta, ela não teve coragem de vir! Pego o interfone peço ao porteiro para tirar meu carro, pego minha carteira e saio em direção aos elevadores, com uma certeza vou a casa de Manu, o por quê? Não sei, mas eu vou até lá na intenção de descobrir.

Assim que chega ao térreo as portas do elevador se abrem, ando em direção a portaria quando a vejo, a visão da mulher a minha frente me deixa tonto, cada minuto mais linda, vestindo um short jeans sexy para caralho, tênis branco nos pés, perfeita para noite carioca. Me aproximo a passos largos, seus olhos castanhos com um leve contorno mais escuro os tornando ainda mais intensos me observam atentamente ao mesmo tempo que me predem a eles, Manuela me pergunta se estava de saída, respondo que sim, seu olhar mira seus pés como se fossem interessantes, ela parece envergonhada, me apresso em esclarecer o pequeno mal entendido, explico que minha intenção era ir até sua casa, seu olhar de surpresa me deixa eufórico, ela pensou que que estava brincando quando disse que nos veríamos hoje de qualquer jeito?

Já no elevador me controlo para não agarrá-la e tirar sua roupa ali mesmo, seu perfume doce, feminino e suave, estava me embriagando de uma forma que foi impossível não tocá-la, a pele do seu pescoço tem sabor de bala.

Optamos por comida italiana, termino nosso pedido deixo o telefone na bancada, ando até Manu com um vinho e duas taças, enquanto esperamos na sala a observo ali, me dando conta que sai muito pouco sobre ela, quase nada na verdade, na verdade sabemos muito pouco um sobre o outro, e cada vez quero saber mais. Já está decidido que uma noite foi pouco e que mais uma não será o suficiente, observo um pouco mais a mulher a minha frente enquanto conversamos, rosto angelical, cabelos na altura dos ombros, levemente ondulado, pele lisa feito seda, uma pinta discreta na bochecha, puro charme, os lábios são uma perdição que me põe obcecado a cada movimento que faz ao sorrir ou falar.

O interfone toca avisando que nossa comida chegou., peguei minha carteira indo em direção aos elevadores, quando ia passando a porta do apartamento da frente se abre, corro rápido para driblar a vizinha da frente, um pequeno erro que comete assim que cheguei ao Brasil. Quando voltei ao apartamento vejo Manu sentada na bancada, com dois pratos, talheres e guardanapos a sua frente, coisas que eu nem sabia onde ficavam. Sirvo nós dois, a comida estava realmente boa.

- Hum, isso tá bom!

Seu gemido de prazer me deixa duro no mesmo instante, me obrigo a manter a calma, ainda quero saber mais sobre sua vida, conhecer essa mulher interessante e envolvente.

- Mesmo?

Fisgo um dos raviólis de seu prato, a observando enquanto o coloco em minha boca, Manu sorri ao pegar um pedaço da minha lasanha. A cena domestica me deixa confuso, não sei o que tá acontecendo comigo, em um minuto estou saindo com todas as cariocas que encontrei nessas ruas, no minuto seguinte estou rindo feito idiota!

Não costumo repetir mulheres, jantar com elas? Só se for antes do sexo casual, CASUAL! Coisa que raramente acontecia, sempre optei pelo simples e seguro, vou a uma balada, escolho uma mulher aleatória saio de lá com ela e pronto, sem apego emocional, sem promessas só prazer mutuo.

A responsabilidade implícita ao assumir um relacionamento sério, sempre me soou como dor de cabeça certa e desnecessária, minha vida já é agitada demais, toda a responsabilidade que carrego com a empresa, todos os negócios que minha família tem, os meus pessoais, mas com Manuela, com ela tem alguma coisa diferente, talvez seja o porque foi ela a primeira mulher a me deixar sozinho na cama, o que não muda o fato de que eu quero estar com ela, é leve, é bom e provavelmente perigoso!

- Então, você ia me falar sobre seus amigos.

- Verdade.

Pela primeira vez na noite seus olhos brilharam com um assunto simples, seu sorriso chegou aos olhos, era leve, genuíno, ela estava feliz.

- Somos mais como uma família, Clarinha, Elias e eu.

Seus lábios tocam a taça de uma forma sexy e involuntária, observo enquanto o vinho desce por sua garganta, dominado por pensamentos extremamente sexuais, me obrigo a prestar atenção no que ela está dizendo.

- Clara é um amor de pessoa, extrovertida, sempre alegre, generosa, maravilhosa para se conviver. A conheci na faculdade, e desde então somos amigas, já o Elias.

O simples pronunciar do nome desse cara a faz sorrir, o que me deixa muito incomodado sem nem saber por que. Não um cara dado a sentimentos, se fosse poderia jurar que isso é ciúmes, não me entenda mal, amo minha família, sempre expressei isso a eles, mas nunca fui um cara dado a sentimentalismo quando se refere a mulheres, nunca estive apaixonado, nem sei qual é a sensação.

- Ele é meu melhor amigo, a pessoa que sempre está ali para mim, eu o amo mais que tudo, Elias é especial.

- Uau! Então ele é o homem da sua vida?

Agora pude sentir o sabor amargo do ciúmes em minha voz, Manu estava tão concentrada falando dele que ignorou totalmente meu tom de voz.

- Eu não diria bem o homem da minha vida, mas sim ele é. Nos conhecemos a muito tempo, desde o primário, estudamos juntos para te dizer a verdade desde aquela época eu sempre soube que ele era diferente, nunca me importei, o que conta pra mim é a pessoa que ele é, eu amo ele e não sua opção sexual.

Agora tudo está explicado, o carinho, o olhar amigo e sincero.

- Ele que tem sorte de ter você!

- E eu a ele, Elias me apoiou muito quando meu pai morreu, e depois quando Henrique foi embora.

Manu me olha com os olhos arregalados, só de ver seu rosto posso ver aquela expressão "falei demais"!

- Henrique?

Pegando agora a água ela toma um longo gole, fecha os olhos respirando fundo.

- Você pode fingir que não ouviu isso?

Responde abrindo um olho só, encobrindo o rosto com as mãos, junto a um sorriso sem graça.

- É tão ruim assim?

Tirando as mãos do rosto, me olha de lado e dá de ombros, como se aquilo não importasse mais.

- Na verdade já faz muito tempo, toda mágoa e raiva já se foram, hoje consigo dizer que não sinto mais nada.

- Então pode me contar?

- Henrique é meu ex, nós moramos juntos por um tempo, um dia ele foi embora.

Vejo que ela remexer o garfo pelo prato sem interesse na comida, não consigo controlar a curiosidade.

- Então foi ele?

Saiu mais como uma constatação do que exatamente uma pergunta, não posso acreditar que uma cara tenha magoado de proposito uma mulher tão delicada, mas quem sou eu para julgar qualquer pessoa, o cara que já saiu com tantas mulheres quanto se pode contar, com certeza deixei alguns corações partido pelo caminho. Seu olhar finalmente se volta pra mim, com um toque de curiosidade.

- Foi ele o quê?

- A pessoa que roubou sua alto confiança.

- Acho que sim.

Seu sorriso é sem graça, não consigo nem ver seus pequenos e brancos dentes, Manu parece chateada.

- Então, me conta.

Manu revira os olhos me fazendo rir, não sei porque, mas realmente quero saber sobre esse cara, tentar entender o que aconteceu para não fazer igual.

- Não tem nada de interessante Murilo, eu era uma adolescente de dezessete anos quando começamos a namorar, meu pai tinha morrido há um ano, eu ainda sofria muito, ele me apoiou, quando fiz dezenove anos minha mãe começou a namorar um cara, nessa época minha vida virou de cabeça para baixo, acabei indo morar com o Henrique por três anos, um dia ele simplesmente foi embora, fim da história.

Ergo uma sobrancelha, como um cara simplesmente vai embora, é sobre isso que estou falando, assumir relacionamentos trás responsabilidades grandes demais. Sabendo que isso é tudo que ela vai me contar hoje mudo de assunto.

- Okay.

- E você, seus amigos, me conta?

- Consegue me imaginar com muitos amigos?

O sorriso no rosto de Manuela era reluzente outra vez, me fazendo sorrir também.

- Na verdade não.

- Bom eu tenho um amigo de verdade, somos próximos desde a adolescência, Juan. Gostamos de curtir a noite, trabalhamos juntos e geralmente curtimos juntos também.

- Isso parece com algo que você faça.

- O resto são conhecidos, tem meus irmãos claro, sempre estamos juntos.

- E namoradas?

Dou uma garfada na lasanha, limpo minha boca com o guardanapo enquanto a observo.

- Não gosto de relacionamentos.

- Imaginei.

Sua pequena mão com as unhas pintadas em um tom tão claro quanto sua pele, serve mais vinho em nossas taças.

- Imaginou?

- Bem, ou você é um casado e gosta de farra, ou é um solteiro que gosta de farra.

Dou uma gargalhada divertida.

- Com certeza solteiro, que gosta de curtir a vida.

- Quantos anos você tem?

- Essa pergunta não é gentil.

Rio passando a mão em seu rosto, tenho que admitir gentileza é uma característica que preciso trabalhar mais.

- Não quis ser indelicado.

Não quis mesmo, só preciso entender essa louca mistura de mulher forte com menina ingênua, Manu trás em sua essência as duas.

- Tenho vinte e seis, e você?

- Trinta e três.

Vejo quando uma de suas sobrancelhas se erguem em quase descrença, sim sou quase dez anos mais velho que ela, na verdade ela tinha quase a idade da minha irmã caçula.

- Velho?

- Não.

Passo meu dedão no canto esquerdo da sua boca, estava sujo com um pouco de molho, me perco observando seus lábios entreabertos, sua língua deslizar sem maldade nenhuma na direção do meu dedo para ajudar a limpar, tão linda, tão convidativa. Quando percebe que estou hipnotizado por seus lábios ela cora, é uma cena tão fofa quando acontece, porra, eu

achando uma mulher fofa! Estou fodido!

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