Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 20

Acordo com meu telefone tocando, o cheiro dele está impregnado em minha pele, nos lençóis, apesar de não ter vontade abro os olhos lentamente, o quarto ainda está escuro, vejo meu telefone na mesinha ao lado da cama, deslizo meu dedo atendendo a ligação.

- Alô?

- Morreu piranha?

- Bom dia, pra você também Elias.

- Me poupe! Onde você está? Na casa do deus do orgasmo?

- Sim. - Digo sorrindo.

- Já viu as horas, não né bunita?

- Quê?

- Garota, você ainda não acordou?

- Não!

- Levanta e toma banho, estamos te esperando para ir a praia!

A linha fica muda, olho para a tela confirmando que Elias desligou, espreguiço na enorme cama king size coberta por lençóis cinza de seda, pela primeira vez observo o quarto de verdade, uma cama enorme de frente a janelas de vidro igualmente enormes, cortinas em um tom chumbo, tudo na casa de Murilo é escuro representando a masculinidade que ele exala, passo pelo closet com ternos pendurados de forma organizada, vejo um Armani preto, Dolce e Gabanna grafite, entre tantos outros provavelmente feitos sob medida, não há uma peça de roupa fora do lugar, o cheiro de Murilo invade meus sentidos quando entro no banheiro, a toalha molhada na pia é o único objeto que me diz que ele realmente passou por ali.

Abro o box deixando a água quase fria lavar meu corpo marcado pelas mãos de Murilo, o que estou fazendo? Ele é meu chefe, como vai ser quando tudo isso acabar, nos veremos todos os dias, eu saberei lidar bem com isso?

O pensamento não para de me rondar, questionar, quando saio do quarto vestida em minhas roupas de ontem, sou invadida por um cheiro maravilhoso de pão de queijo, ando em direção a cozinha na esperança de encontrar Murilo.

Assim que chego vejo uma senhorinha um pouco mais baixa que eu e um pouquinho acima do peso, com seu telefone tocando Amado Batista, não controlo o riso, Rosa se vira e no susto leva a mão ao coração.

- Ah meu Deus, de onde você saiu?

- Do quarto.

"pensamentos de Rosa"

"quem é essa garota? essa é nova aqui, carinha de tímida, mas é bonita!"

- Cadê o Murilo?

- Foi para a academia do condomínio.

- Ele demora Rosa?

Suas sobrancelhas se franzem me observando, provavelmente estranhando o fato de eu saber seu nome.

- Já deve tá voltando, tem tempo que ele foi.

Ela responde olhando o telefone, como se estivesse calculando o tempo, enquanto desliga a música.

- Senta ai minha filha, vou te servir o café.

- Obrigada.

Sento na mesa farta de café da manhã, Rosa colocou café na minha xicara com um sorriso.

- Já tem açúcar?

- Tem querida.

Tirando o pão de queijo do forno, ela os coloca em uma travessa, me oferecendo.

- Aqui, acabei de assar.

- Obrigada, o cheiro tá ótimo.

O barulho da porta se abrindo faz minha cabeça ir na mesma direção, um Murilo suado, extremamente sexy entra na sala, sorrindo ao me ver.

- Bom dia.

- Bom dia.

Sua mão toca meu ombro, enquanto seus lábios selam os meus.

"pensamentos de Rosa"

"agora eu vi, se enrabichou por uma carioca!"

- Achei que ia te encontrar dormindo.

- Também achei, mas Elias me acordou com o telefone.

- Você não avisou que vinha para minha casa?

Se Murilo soubesse que na verdade eu só vim até aqui por que meus amigos tinha praticamente me obrigado!

- Avisei sim, é que combinamos de ir a praia hoje.

- Hum.

Sentado ao meu lado, o vejo colocar um pão de queijo na boca, enquanto Rosa lhe serve café.

- Leite?

- Por favor.

- E você querida, quer?

- Não, obrigada.

- Ainda não sei seu nome.

A senhora gentil me pergunta sorridente. Antes que eu pudesse responder Murilo me olha com cumplicidade enquanto fala.

- Essa é a Manu, Rosa.

- Muito prazer meu bem.

- O prazer certamente foi meu.

Rosa é gentil, tem aquele jeito de mãe, sorridente, prestativa, gostei dela.

- Preciso ir, meus amigos estão me esperando.

- Eu te levo, espera só eu tomar um banho.

- Não precisa.

- Sei disso, mas eu quero.

Terminamos de tomar café da manhã, enquanto Murilo toma banho, ajudo Rosa a retirar a mesa.

- Não precisa Manu.

- Não custa nada.

Antes que eu tenha chance de realmente ajudá-la, meu telefone começa a tocar, coloco as louças que carregava na pia, atendendo o telefone.

- Onde você está?

- Com o deus do sexo, claro!

Não pude evitar uma risada ouvindo Elias e Clara conversando certamente com o telefone no viva-voz.

- Estava tomando café.

- Hurum sei, tomando leitinho!

- Idiota!

- Vai demorar?

- Não, só estou esperando o Murilo que foi tomar banho.

- Hum, e aquela delicia vai também?

- Acho que não.

A burra aqui esqueceu de chamar!

- Já estamos prontos, só te esperando.

- Okay.

Desligo o telefone, enquanto Murilo vem em minha direção de banho tomado, usando uma bermuda estampada simples, uma camiseta azul marinho e um boné virado para trás, Santo Deus, como vou resistir a esse homem?

- Vamos.

Pegando em minha mão, seguimos para fora do apartamento, estacionado na porta estava um BMW preto lindo, Murilo abre a porta do carona para mim, dá a volta se posicionando no volante.

Assim que o carro está em movimento pelas ruas agitadas do Rio, envergonhada acabo perguntando.

- Não te perguntei, mas quer ir a praia com a gente?

- Já vim pronto.

Rimos, nossa conversa é leve durante o trajeto, fomos ouvindo música, pelo que percebi ele gosta de rock clássico, na play list do seu carro tocou, Nirvana, Red Hot. Mal percebo quando ele estaciona.

- Teremos que subir as escadas.

- Tudo bem.

Paro em frente a porta, não sinto vergonha da minha casa, é simples mas organizada e tudo novo, pago com muita dificuldade, mas sei que ele está acostumado com luxo.

Assim que abro a porta a voz de Elias preenche o local.

- Até que enfim, achei que ia passar a manhã toda fu...

Sua boca fica aberta ao ver que Murilo está parado atrás de mim, seus olhos se arregalam.

- Fugindo de mim.

É incontrolável a risada de todos na sala.

- Oi, eu sou o Elias.

Já recuperado da vergonha se é que ele tem, estende a mão.

- Murilo.

- Eu sou a Maria Clara.

- Prazer.

- Agora que já estão apresentados, vou me trocar e já volto.

Já no quarto, coloco um biquíni, um short e uma camiseta por cima, pego minha bolsa de praia coloco carteira, protetor, canga, toalha, viseira, coloco meus óculos de sol e havaianas, indo em direção a sala.

- Vamos?

O olhar de Murilo percorre minhas pernas, subindo até chegar ao meu rosto, onde sei que já está vermelha.

- Si.

O sotaque desse homem é lindo demais, me deixa com as pernas mole, sua mão encontra a minha, me levando em direção a porta. Afaste-se dele, ouço uma voz no fundo da minha cabeça, mas só por hoje decido que vou ignorá-la.

- Para onde vamos?

- Grumari.

- Coloca o endereço no GPS.

Desbloqueia seu telefone, um iPhone de última geração, me entregando o aparelho, não consigo evitar de pensar que nenhum homem que esconde alguma coisa, entrega seu telefone desbloqueado na mão de uma mulher, não é?

- Não precisa, sabemos o caminho.

- Todo bien.

Assim que estacionamos o carro o cheiro de mar vem ao nosso encontro.

- Amo esse lugar.

Sou a primeira a falar, seguida por Clara.

- Eu também.

- Gostou?

- es muy bonito.

Descemos do carro, andamos pela areia branca, estendo minha canga tirando meu short e camiseta. Murilo segura o boné enquanto retira a camiseta, a visão de peito coberto por pequenos pelos macios ao toque me deixam com o rosto quente, parecendo adivinhar o que estou pensando, ele se senta ao meu lado dando um beijo na lateral da minha cabeça.

- Aqui é tranquilo, não tem tanta gente.

- É porque não passa ônibus. - Responde Elias.

- Praia que passa ônibus aqui no Rio, fica lotada no fim de semana.

- Trouxe protetor Manuzinha?

- Claro.

- Passa em mim, preciso proteger minha pele de pêssego.

Dou risada, enquanto espalho o protetor nas costas dele. Logo os dois estão na água.

- Não vai entrar?

- Amo praia, mas não gosto muito dessa água fria.

Ele da uma risada e antes que eu pense muito me ergue do chão em seus braços, me levando para o mar. Solto um gemido alto quando meu corpo se choca com a água.

- Ah Murilo, está fria.

Sua boca beija meu pescoço, enquanto sussurra.

- Te caliento mi amor.

Seus olhos estavam tão claros que não consegui definir a cor, sua boca convidativa, o nariz perfeito, as sobrancelhas grossas, tudo nele me chama para perto, para junto, para uma mistura deliciosa que somos nós juntos, passo meus braços por seu pescoço e o beijo.

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Clara e Elias observam a cena.

- O que achou dele?

- Vendo os dois juntos, tenho certeza que nossa amiga está de quatro.

- Ele parece que tá afim dela.

- Claro, minha Manu é linda, insegura, um doce de mulher. Agora ele, exala cheiro de macho alfa, poder.

- Nem fala, o cara é gato pra caralho e o sotaque?

- Para de piranhagem, esse espanhol tem dona.

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