Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 29

MURILO

Acabo de chegar em casa, deixei Manu em seu apartamento, ela continua com essa ideia de não dormir aqui nos domingos, e não irmos trabalhar juntos. Abro a porta e a sensação de vazio me fez pensar em como as coisas entre nós, estão indo rápido demais. Deito na minha cama e fico ali sentindo o cheiro dela nos travesseiros, porra, o que está acontecendo comigo? Não sou assim, não sou apegado às mulheres, porque essa vontade ficar com ela?

Meu telefone toca, sorrio ao ver quem me liga. A saudade de casa está apertando.

- Oi princesa.

- Oi maninho, estou com saudades.

- Também estou.

- Está nada Murilo, não me liga e nem vem me ver.

- Pretendo ir no baile de caridade.

Ouço Ariel bufar do outro lado da linha, me fazendo rir.

- Falta muito tempo ainda Murilo.

- Deixa de ser mimada.

- Você podia vir me visitar ou eu ir para o Brasil, o que acha?

- É sério Ariel? Sabia que essa história de que estava com saudades era uma desculpa.

- Eu vou amar o Rio Mu, praias, baladas, gatinhos cariocas.

- Se acalma aí garota.

Continuei conversando com minha irmã por mais algum tempo, depois fui dormir.

Acordo cedo como todos os dias, faço minha rotina de treino, tomo banho, vou trabalhar. Minhas manhãs tem sidos cheias de expectativas até ver Manu, é foda não dormir com ela todos os dias, pior é chegar na empresa e não poder dar um beijo sequer naquela boca gostosa. Assim que as portas do elevador se abrem, sou tomado por um sentimento novo para mim, raiva. O filho da puta do Billy está muito perto de Manuela, uma raiva ainda maior me toma, por ela não me permitir chegar perto dela e dizer que ela é minha na frente de todos aqui, raiva por não

poder dizer para ele ficar longe dela.

Dominado pelo sentimento que imagino ser raiva, mas que provavelmente é ciúmes, acabo sendo grosseiro com ela e todos ali, quando mando que ela vá até minha sala, alguns poderiam dizer que foi grosseria, outros que é ciúmes, mas eu francamente não sei, mas a raiva ainda estava ali, a vontade partir a cara daquele filho da puta.

Sentei observando o movimento da cidade, ouço o barulho dos saltos de Manuela, não consigo olhá-la, ainda estou muito puto com a situação, a raiva me consumindo por dentro, ainda de costas para ela pergunto se eles tiveram ou tem alguma coisa, a cena que presenciei é de um cara que tem muita intimidade com uma mulher, ele estava quase em cima dela, a prendendo contra o balcão. Manu fica desconcertada, meu tom foi insinuador, acusador eu sei, mas não pude evitar.

- Do que exatamente estou sendo acusada, senhor Hernandez?

- Não sei me diz você?

- Escuta aqui Murilo, aqui dentro você é meu chefe, se tem algo que queira me perguntar que não faz parte do meu trabalho dentro desta empresa, vai ter que esperar. Só para constar não gostei do tom que usou comigo.

Assim que a porta bate, percebo a merda que eu fiz, dou um tapa na mesa, passo a mãos por meus cabelos irritado, comigo, com ela e com o filho da puta do Billy!

- Mierda!

Paro para pensar no que acabou de acontecer, não entendo o motivo de eu ter ficado tão irritado, porque a tratei dessa forma? Encosto na cadeira com os olhos fechados, tentando analisar tudo. Manuela tem passado muito tempo comigo, como ela poderia estar com o Billy? Não sei quanto tempo fico perdido em pensamentos, até que batidas na porta me trazem de volta a realidade.

- Entre.

Manuela fica parada na porta, falando sobre a porra de uma reunião com o financeiro, aquele imbecil do Billy vou ter que tolerar aquele cara por algumas horas olhando para minha mulher com cara de quem quer muito comer e gostar.

- A reunião com diretor financeiro começa em dez minutos, Senhor Hernandez.

Fingi que estava atento ao trabalho, mas assim que ouvi sua voz não pude resistir em olhá-la.

- A sala de reuniões está pronta, as planilhas que o setor enviou já foram impressas e estão na mesa, mais alguma coisa?

Minha pequena não me olha, seu tom é frio distante, tudo que eu quero é ir até ela lhe dar um abraço e pedir perdão por ter sido um cretino grosseiro.

- Manu?

Pela primeira vez desde que entrou na sala ela me encara e eu não gostei do que vi, raiva, magoa, e eu fui o responsável. Resolvo que não é o momento certo para falarmos sobre esse assunto, mais tarde quando sairmos da empresa conversamos.

- Não senhorita Fontes, só isso.

- Certo.

Durante toda a reunião pude ver o babaca do Billy olhando para minha mulher com desejo, ele a quer, mas é claro! O dia da primeira reunião na empresa me vem a cabeça, lembro perfeitamente dele dizer que Manuela não sai com colegas de trabalho, carajo, como fui idiota!

Manu não o olha em momento algum, pelo contrario, ela parece extremamente incomodada com seu interesse, o palhaço não faz a menor questão de esconder. Assim que a reunião termina, Manuela levanta e sai da sala, não me dirigiu a palavra, só se levantou e saiu, vejo Billy dar um sorrisinho de canto e levantar para ir atrás dela, mas não vai mesmo!

- Billy?

O palhaço me olha com cara de idiota, eu sei meu amigo pode ficar com raiva, depois da nossa conversa vai piorar.

- Sim.

- Preciso que fique, ainda quero falar com você.

Seu olhar volta para Manu que acaba de sair pela porta e volta a me encarar.

- Claro.

Billy volta a se sentar enquanto esperamos os demais terminar de sair da sala, ficamos nos encarando, ambos sabemos o que está em jogo aqui, uma mulher, a minha mulher, o que ele claramente ainda não sabe é que Manuela já é minha, e isso é incontestável.

- Então, o que queria falar? - Seu tom era de desafio, deboche. - Espero que seja algo muito importante, porque deixei Manu me esperando para almoçar.

Arqueio uma sobrancelha para ele e rio, até parece que minha Manu marcou de almoçar com ele, ela nem almoça comigo que durmo com ela, quem dirá com ele.

- Você a deixou esperando?

Seu sorriso presunçoso morre, dando lugar a um olhar perdido de quem foi pego no flagra.

- Na verdade eu ia chama-la para almoçar.

- Olha Billy, não sou o tipo que proíbe relacionamento entre funcionários, não mesmo. - Cruzo minhas pernas, recosto na cadeira olhando para o filho da puta. - Desde que seja consentido.

Nesse momento toda sua postura muda, sei que chegamos no ponto de discussão que vamos esclarecer de vez as coisas, e estabelecer nossos limites. De olhos arregalados ele me observa sem dizer nada.

- Pelo que vi a senhorita Fontes ou a Manu, como você insiste em dizer, não corresponde as suas investidas.

- Não estou acreditando que ela já foi reclamar de novo!

Agora sou eu que fico observando sem entender do que ele está falando, "de novo" como assim "de novo"?

- Olha só Murilo, você é novo aqui não sabe do nosso ... - O palhaço dá uma risadinha deixando a

entender que eles se relacionam. - Nosso relacionamento.

Levanto irado, quem não sabe do nosso relacionamento é ele, ou Manu mantem nós dois, ou esse cara está testando minha paciência.

- Realmente Billy, sou novo aqui, mas sei reconhecer um homem que não aceita ouvir um não, e não se esqueça que eu não sou seu colega de trabalho, eu sou a porra do seu chefe, o dono dessa porra aqui, e se eu ver você coagindo Manuela ou qualquer outra mulher aqui dentro outra vez, te coloco na rua, estamos entendidos?

Com os olhos arregalados o palhaço engole seco, sou novo aqui, era só o que me faltava!

- Sim senhor Hernandez.

- Ótimo, agora pode dar o fora, não quero olhar sua cara tão cedo.

No momento que atravessamos a porta pude ver Manu saindo com Juliana para almoçar, Billy a olha com desejo, ele não consegue disfarçar, eu deveria ir até lá conversar com ela, mas não é assim que ela iria gostar, é melhor deixar para depois.

Entro em minha sala na intenção de pegar minha carteira para almoçar também, meu telefone começa a tocar, no visor vejo que é mi mamá.

- Hijo?

Ela diz chorando desesperada antes que eu possa responder qualquer coisa, um aperto no peito me toma, minha família aconteceu alguma coisa.

- O quê foi mamá?

- Seu irmão Alejandro, sofreu um acidente hijo.

Sinto meu mundo desmoronar, o chão sumir de baixo dos meus pés, caio sentado na cadeira tentando raciocinar no que fazer.

- Onde está Alejandro?

- Indo para o hospital agora, eu e seu pai estamos indo para lá nesse instante, assim que tivermos notícias te ligo.

- Okay.

A ligação se encerra com minha mãe chorando muito, meu peito está apertado, minha cabeça começou a doer, mas que porra aconteceu com Alejandro?

No segundo seguinte pego meu telefone e minha pasta, confiro meus documentos, sem pensar em nada sigo em direção ao aeroporto, estaciono e pego o primeiro voo para a Espanha.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Murilo, o CEO sedutor.