O Egípcio romance Capítulo 4

Hassan

Depois do banho de imersão, me sinto relaxado. Voltei para casa por Raissa. Mesmo assim, ainda me pergunto se isso foi uma boa ideia.

Visto um Kandoora preto, afastando os pensamentos que me afligem, e coloco meu colar de ouro.

Hora de fazer a mulherada gritar! Quantas vezes repeti essa mesma frase nas minhas voltas para casa?

Tornou-se até um ritual. Sempre me apresentei para os convidados. Hoje me sinto tão mudado, amadurecido, que isso se tornou uma ação fútil e, digamos, até desestimulante, mas elas aguardam com ansiedade isso, e eu não irei decepcioná-las.

Muitas razões me levaram a insistir na minha vida solitária. Mas ultimamente isso tem sido um peso para mim.

Minha madrasta, aquela víbora, é louca para que eu me case por causa da cláusula que está no testamento, em que ela só receberá a parte dela na herança caso eu contraia casamento.

Isso foi um dos motivos que me fizeram fugir de relacionamentos sérios.

Só para essa bruxa não levar nada do meu pai.

Vai morrer dependente de mim!

Cobra peçonhenta!

Eu adoro quando ela tem que pedir o aumento de sua mesada. É bom tê-la nas minhas mãos.

Saio do quarto e desço as escadas, sigo por um corredor que dá do outro lado do salão. Em frente à porta, respiro fundo e ensaio um sorriso no rosto antes de abri-la.

Imediatamente todos param de falar e logo sou recebido por uma salva de palmas. Amigos queridos, meu staff, funcionários, alguns clientes estão aqui. E, é claro, muitas mulheres solteiras que minha madrasta infiltra nas festas na tentativa de me fazer casar com elas. Caminho em direção ao meio do salão agradecendo a todos pelo carinho e por terem vindo com um gesto de cabeça. Logo um círculo é formado ao meu redor. Todos esperam que eu dance.

Passo os olhos por todos em agradecimento me inclinando, vejo minha amada irmã e uma moça linda ao lado dela que agora fala em seu ouvido. Meu coração se agita estranhamente no peito, quando ela se vira e nossos olhos se encontram…

Allah! Meu coração dá um salto mortal em meu peito quando meus olhos se demoram mais nela, tão atraídos, que eu me sinto preso por um ímã poderoso.

Allah! Ela é… linda. Os olhos são os mais lindos que eu já vi…

O rosto angelical. O contorno de sua sobrancelha perfeito, pestanas compridas e cerradas sombreando o seu rosto encantador.

Sua pele é tão clarinha como leite de cabra, seu rosto corado, sua boca fascinante. Ela é tão incrivelmente encantadora, que eu fico sem ação, e eu, que estava sorrindo, me vi ali, em pé, estacado como um poste.

Com medo de minhas emoções serem lidas, eu volto a sorrir e com uma dificuldade enorme desvio meus olhos daquela figura encantadora.

Allah! É a primeira vez na vida que tal coisa me acontece e não é nada semelhante às minhas paixões ao longo da minha vida, ou em qualquer outra coisa que eu tenha vivido. A impressão que fica quando eu a vejo é que, enquanto eu viver, o rosto dela ficará na minha cabeça, e isso me perseguirá pelo resto da minha vida.

Sinto como se tudo que vivi com as mulheres fosse insignificante se comparado a essa sensação que eu senti ao vê-la.

Allah! Eu preciso saber quem ela é! Pelo visto, é amiga de Raissa, e isso facilita muito as coisas.

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