Meu Senhor romance Capítulo 12

***Eduarda Amorim

Acordo com um barulho insistente em meu ouvido, demoro para voltar a consciência. Quando me mexo sinto meu corpo todo dolorido e me lembro da noite passada. Que noite!

Se o despertador já tocou, significa que eu preciso me levantar. Tento me apoiar nas mãos mais eu acabo gemendo de dor, quando sinto as minhas juntas.

-Esta sentindo dor?

Levo um susto quando ouço sua voz, não havia percebido que ele estava sentado na poltrona com uma xícara de café nas mãos, apenas com a calça de pijama que estava ontem.

-Desculpe te assustar.

-Tudo bem, meu Senhor... Estou dolorida!

-Tome este comprimido, que está na mesinha ao seu lado com o suco. Vai se sentir melhor.

Faço o que ele diz, bebericando o suco de laranja e  descobrindo que estou morrendo de fome.

-Agora se levante e vai cuidar de suas necessidades matinais, depois venha até aqui. Precisamos iniciar nosso dia!

Me levanto com dificuldade e vou para o banheiro. Faço xixi, lavo meu rosto, escovo os dentes. Desfaço a trança de ontem e penteio meus cabelos. Retorno ao quarto e vou em direção a ele me ajoelhando em seus pés.

-Pronta para fazer sua primeira obrigação do dia, Duda?

Eu olho para aquele volume na calça de pijama e digo.

-Sim Senhor.

Ele alisa meu cabelo, segura ele fazendo um rabo de cavalo, e botando o p@au para fora da calça, direcionando minha boca até abocanhá-lo.

Hoje ele apenas me guia, me dando liberdade para fazer, do jeito que eu desejar. Mantenho minhas mãos segurando as pernas da poltrona, para que não caia na tentação de segurá-lo em nenhum momento.

O engulo até bater com a cabeça em sua virilha e ele geme, quando sente seu p@au encostar na minha garganta. Volto até a ponta roçando seu p@au na minha língua na volta.

Eu amo fazer bo-quete nele. Gosto de sentir minha boca bem preenchida, com aquelas veias proeminentes. As vezes sinto ele ter pequenos reflexos ali, como se tivesse  adorando ter essa experiência em minha boca. Um tempo depois, eu itensifico meus movimentos e ele jorra mais uma vez seu go-zo em minha garganta.

-Muito bom bonequinha! Primeira tarefa cumprida com louvor.

Ele esfrega minha boca com os dedos, ainda me segurando pelo rabo de cavalo, que fez com as mãos.

-Chegou a hora de eu te recompensar com minha coleira. Ela será sua durante 3 meses.

Vejo ele pegando de cima da mesa, uma coleira de couro com duas fivelas. Uma na frente a outra atrás.

-Tem uma outra mais discreta para que você saia de casa, mais essa deve usar o tempo todo. Só tirando para tomar banho, entendeu?

-Sim meu senhor!

Ele põe a coleira, a ajusta no meu pescoço. Me olha e diz:

-Pronto, minha bonequinha agora está encoleirado. Não tem mais volta pra você querida!

Ele sorri diabólicamente.

-Preciso me arrumar para trabalhar bonequinha. Enquanto isso tome seu café.

Ele se levanta e faz sinal para que eu me sente na cadeira.

Me serve uma xícara de café e me dá um pires com frutinhas cortadas e duas torradas com requeijão.

-Bom apetite querida!

Beija minha cabeça, e sai para o seu quarto.

Provo o café e vejo que está amargo. Ele não mentiu quando disse que não era pra eu me acostumar com o açúcar.

Bebo do jeito que ele fez e não mudo nada, mesmo porque ele me observa o tempo todo. Se me visse trapasseando em algumas de nossas regras, eu me sentiria muito envergonhada. Logo Açucena entra pela porta, e começa a arrumar minha cama. Diz:

-Bom dia Senhora, dormiu bem?

-Sim Açucena.

-Hoje a Senhora terá academia daqui a pouco, vou pegar suas roupas para que se arrume depois que terminar o café. Alguma pergunta?

-Não Açucena.

Ela sorri e sai para o closed. E eu continuo comendo meu café da manhã.

Já nem penso mais sobre as roupas que me faltam, pensando bem, pra quem andava com elas frequentemente, eu estou me saindo muito bem.

Estou ainda dolorida, como vou fazer exercícios assim? Vai ser doloroso, mais é algo que vou ter que me acostumar, pois isso será constante e eu preciso cumprir as tarefas.

Acabo de comer e me encaminho para a cama já encontrando, as roupas em cima dela. Apenas uma calça de laycra e um top. E um tênis branco com meias descansa no chão ao lado da cama.

Nada de roupas íntimas. Outra coisa que terei que me acostumar, a ausência delas.

Boto a calça e o top, e quando me sento para por o tênis ele entra no quarto. Para na porta com as duas mãos no bolso da calça negra, e me observa por o top.

Me sento na cama, abaixo a cabeça e espero. Ele entra no quarto, vai até o banheiro e volta com uma escova nas mãos. E assim começa a fazer um rabo de cavalo em meus cabelos, prendendo com um elástico.

-Vamos que eu vou te apresentar sua professora.

Eu confirmo com a cabeça.

O sigo atrás dele até a academia, chegando lá encontramos uma menina a nossa espera.

-Bianca, está é Duda.

- Prazer Duda.

Ela sorri pra mim.

-O que vai ser Senhor???

-Quero que fortaleça os braços e pernas. Preciso aumentar sua força. Mais veja bem Bianca, não quero que ela emagreça. É o tipo físico dela, não quero que mude. Apenas que acentue suas curvas.

-Entendi, Duda você já fazia atividade física não é, dá pra ver suas coxas trabalhadas pela calça.

-Sim, no internato tinha uma série.

-Você lembra? (Confirmo com a cabeça) Podemos continuar a mesma por enquanto, mudando as coisas aos poucos.

Bianca diz olhando para o meu Senhor.

-Pode ser. Na primeira semana quero que a acompanhe todos os dias, depois vou intercalando com você.

Ele diz paral e ela concorda. Até malhando ele vai querer me observar. Só pode ser um viciado em voyeurismo.

-Vamos começar hoje com uma caminhada na esteira, quero ver seu condicionamento físico.

Ela diz pra mim, se encaminhando para a esteira.

Ele se senta numa poltrona, saca o celular e começa a trabalhar sentado ali, enquanto eu me exercito com a personal trainer. Logo depois vejo um rapaz franzino entrar na academia, com um notebook debaixo do braço. Ele é negro e bem magrinho. Deve ser o acessor dele, o tal de Pedro. Ele entrega o notebook a ele. Fala algumas coisas, e sai em seguida sem nem ao menos olhar para os lados. Ele agora trabalha pelo Notebook não prestando atenção em mim e nem na Bianca.

Me encaminho para outro aparelho. Um de braço, onde tenho que forçar eles, trabalhando a musculatura de dentro e o bíceps.

-Esta muito pesado Duda?

Ela percebe o meu esforço.

Eu sorrio e digo.

-Não gosto de malhar os braços. É uma tortura para mim.

-Quer que eu diminua os pesos?

-Não Bianca! Continue com os mesmos pesos.

Ele diz me olhando da cadeira e me dando um susto, achei que estava concentrado no trabalho, e não em mim. Ele me olha levantando uma sobrancelha,  como se tivesse me incentivando a contrariá-lo.

-Mais ela está com dificuldade Senhor!

Bianca ainda retruca, ela não conhece meu Senhor. Na verdade eu estou fazendo um drama com os pesos, é que não gosto mesmo de malhar os braços, acho desconfortável. Mais isso não quer dizer, que eu não suporte o peso.

-São apenas dois pesos. (Fala demonstrando que vinha prestando atenção em todo meu treino) Se ela não pode aguentar dois pesos, não vai aguentar ficar presa na cruz de Santo André.

E se eu tinha alguma dúvida que a personal sabia das minhas preferências sexuais, ela foi embora neste momento. Fico com vergonha olhando para ela esperando alguma reação e ela balança a cabeça sutilmente, dizendo para eu não me preocupar com nada.

Continuamos os exercícios e no final do treino, estou suada e cansada. Ele se levanta da cadeira, fecha o notebook e se aproxima.

-Como se sente?

-Cansada.

Ele sorri e diz.

-Vamos, você precisa tomar um banho. Obrigada Bianca, até amanhã.

-Ate amanhã Senhor!

Ela sai e eu o acompanho até o meu quarto.

-Tome seu banho Duda, o doutor já chegou.

-Senhor, posso fazer uma pergunta?

-Claro.

-Que doutor é esse?

-É um ginecologista. Quero ter certeza se o seu implante está na validade. Estou até pensando em muda-lo para uma outra marca, vai depender do que a Dr. me disser, além disso precisamos renovar seus exames. Já vai fazer seis meses que você os fez. Queria que a Madame tivesse tido tempo de cuidar disso antes de você vir para cá, mais as coisas foram rápidas, então sobrou pra mim. Você tem trinta minutos para tomar banho e se arrumar, quando sair do banho sua roupa estará em cima da cama, te esperando.

-Sim Senhor!

Viro as costas e vou direto para o banheiro me banhar. Tudo que eu queria... um ginecologista hoje, mais entendo que preciso repetir meus exames.

No BDSM isso é muito importante. O nosso Senhor cuida também da nossa saúde, uma boa submissa deve se manter saudável sempre.

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