Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 31

MURILO

Entro em meu antigo quarto, volto a conectar meu celular no carregador, enquanto ele liga, vou retirando minhas roupas, preciso de um banho. Tomo uma ducha rápida, olho no closet ainda tem roupas que me servem, mas provavelmente terei que ir ao meu apartamento buscar alguma coisa, na pressa não trouxe nada.

Volto para o quarto olho meu telefone, tem inúmeras notificações, e-mail, ligações perdidas, no app de mensagens não para de chegar notificações, ignoro todas elas, só me interessa saber se uma pessoa se preocupou comigo, mal contenho meu sorriso quando vejo ligações perdidas e várias mensagens no app de mensagens e na caixa postal. Sem pensar muito mais aperto o botão completando a ligação.

- Murilo? Graças a Deus, onde você está?

Não contenho o sorriso, ao perceber que ela estava realmente preocupada, o ogro que habita em mim, está feliz e saber que mesmo após nossa discussão ela se preocupa comigo, não me enxotou da sua vida.

- Estou bem mi amor, mas tive que vir para a Espanha urgentemente.

- Espanha? Está tudo bem?

- Esta sim, o que aconteceu foi que me mi mamá ligou avisando que mi hermano Alejandro, tinha sofrido um acidente, fiquei louco de preocupação e acabei saindo da empresa direto para o aeroporto.

- Ele está bem?

- Esta sim mi carinõ, foi só um susto.

- Cancelei suas reuniões até sexta feira, não sabia o que tinha acontecido e se você voltaria, achei melhor prevenir.

- Obrigado mi cariño, Manu?

Ela fica quieta do outro lado da linha, sabe que meu tom foi diferente.

- Volto logo, estou com saudades.

Consigo ouvir sua respiração do outro lado da linha, a ansiedade me consumindo por dentro, sei que esse silencio está carregado de insegurança.

- Também estou, mas achei que você tivesse chateado comigo.

- Não mi amor, não estou chateado com você, na verdade estou comigo mesmo por ter falado daquela forma com você, me desculpe.

- Está tudo bem Murilo, quando chegar conversamos.

- Não está tudo bem, mas vai ficar quando eu voltar. Mi carinõ?

- Oi.

- Me muero por tenerte en mis brazos

- No veo la hora.

- Vou deixar você almoçar.

- Juliana está me esperando.

- Adios mi carinõ.

- Tchau.

Desligo o telefone, com uma sensação gostosa por saber que minha mulher não está chateada comigo.

- Porra, você está com aquele sorrisinho idiota no rosto.

Tomo um assusto ao ouvir a voz do meu irmão, viro na direção que vinha sua voz e ele está parado na porta.

- Que foi Alejandro, queria me ver pelado porra!

- Sai fora!

Ele passa a mão pelos cabelos e volta a me olhar.

- Na verdade queria conversar.

- Aqui ou na sala.

- Na sala né Murilo, sou homem de ter conversa com marmanjo barbado em quarto?

Saímos os dois rindo do quarto em direção ao andar de baixo.

- Cadê todo mundo? - Pergunto.

- Papá foi para a empresa, mamá e Ariel foram fazer alguma coisa que não prestei atenção no que é.

- E você quer me contar o motivo desse acidente ou desse olho roxo?

Ele sorri sem graça.

- Dos dois. Você ainda não sabe né.

Foi mais uma constatação do que uma pergunta, mesmo assim neguei com a cabeça.

- Aquela piranha estava o tempo todo com outro.

Não vou dizer que foi uma surpresa, Cassandra nunca foi uma mulher discreta em suas investidas com outros homens, todos percebiam sua brincadeiras maliciosas, menos meu irmão.

- Eu fiquei puto, queria matar os dois.

- Você os pegou como Alejandro?

- Não foi transando graças a Deus, eu não teria tanto sangue frio, eles estavam jantando na casa dela quando cheguei, o filho da puta estava só de cueca, claro que tinha acabado de comer aquela piranha.

Passo a mão pelo cabelo, se fiquei puto da vida com a situação que vi entre Manu e Billy, imagina se pego algo assim, não sei se teria o sangue frio do meu irmão.

- Sai de lá ainda puto e acabei batendo na traseira de outro carro em um sinal fechado, quando ligaram pra mamá ela ficou desesperada, você sabe como ela é.

- Sei, mas imagina como foi para ela receber a noticia.

- Não foi nada demais só amassou um pouco os dois carros, eu bati o ombro por isso a tipoia, não quebrei nada.

- Ainda bem, fiquei preocupado. E me desculpe o que vou falar, mas todos nós sabíamos que ela

não era mulher pra você.

- Acho que só eu não via isso. Mas e você, me conta está apaixonado?

- Não sei Alejandro, nunca senti isso, mas uma coisa eu sei desde que coloquei os olhos na Manu, não consigo parar de pensar nela, uma mulher maravilhosa, ela é forte, decidida e ao mesmo tempo frágil e delicada, sinto vontade estar com ela o tempo todo.

- E sobre relacionamento ser perda de tempo, uma forma de procurar dor de cabeça?

Dou uma risada jogando a cabeça para trás.

- Pois é, estou te falando não consigo parar de pensar nela. Temos passado muito tempo juntos, até o finais de semana.

- Na sua casa?

- É, e vou te falar uma coisa eu não queria que ela fosse embora, estou aqui mas só consigo

pensar em voltar pra ela.

- É mi hermano o cupido te acertou!

A porta da frente se abre, com minha mãe entrando conversando com Ariel.

- Já almoçaram meu meninos?

- Ainda não. - Respondo.

- Vou ver com Assuncion se está tudo pronto.

Minha mãe passa para a cozinha, enquanto Ariel se joga entre mim e Alejandro no sofá, passa um braço por meu pescoço e faz o mesmo com nosso irmão.

- Estava com saudades de vocês, da gente assim.

- Eu também senti falta de vocês. - Respondo sincero.

- Então Mu, vai me levar para o Brasil com você?

A folgada deita com a cabeça em meu colo e as pernas no de Alejandro.

- Depende, vai perturbar a Manu?

Seu olhar encontra o meu, ela está séria, como se eu não tivesse o direito de lhe fazer aquela

pergunta, mas eu tinha e não ia permitir que ela a importunasse, eu conheço minha irmã o suficiente para saber do que ela é capaz quando não vai com a cara de alguém.

- Não posso prometer nada.

- Não sei se posso te levar assim.

- Ela tem mais valor que eu?

- Sem drama Ariel. - Alejandro fala. - Eles ainda estão na primeira fase do namoro, seja legal com a moça.

- Okay, okay!

Minha irmã levanta e sai batendo o pé.

Depois do almoço eu e Alejandro fomos para a empresa, trabalhar com papai, estamos investigando o desvio de dinheiro na filial brasileira, e eu suspeito que Billy esteja por trás de algumas coisas, mas não sei se ele agiu sozinho, era o que ainda precisava descobrir e provar.

- Esses documentos não batem, olha essas ordens de compra.

Pego os papéis assinados por Manu das mãos de meu pai que continua falando.

- Os preços estão superfaturados.

- Manuela assinou isso? - Pergunto confuso.

- Foi hijo, essa parte de consumo ela faz, compra de materiais básicos do dia a dia, material

de expediente.

- Não faz sentido, ela não iria liberar desse jeito.- Argumento.

- Joaquim me disse que Manuela é extremamente organizada, que ela tem uma cópia de cada guia que assina, e mantém tudo na planilha.

Meu pai diz sem mudar seu tom voz, Alejandro só me observa, não passou em minha cabeça em momento algum que Manuela possa ter algo a me esconder não mesmo, mas preciso checar essa informação.

- Você precisa ver esses documentos Murilo, compará-los.

- E vou papá.

- Cuidado hijo, cuidado como vai abordar o assunto com ela, porque se a moça for inocente e você a acusar, ela vai ficar extremamente chateada.

- Não acho que Manuela tenha feito algo de errado, eu vi onde ela mora, o carro que ela anda,

tudo muito bom, mas dentro do padrão do salário que recebe, na verdade Manuela é sozinha poderia até comprar um carro mais caro ou um apartamento maior, mas ela e pé no chão.

- Foi o que Joaquim disse.

- Ele confia nela cegamente. - Alejandro diz.- Desconfio mesmo é do setor financeiro, onde tudo

acontece, não tem como passar despercebido, acho que se procurarmos mais, outras coisas vão

aparecer. Se houve desvio nessas pequenas coisas, imagina nas grandes.

- Concordo, Billy o diretor financeiro, tem algo nele, uma afronta, como se ele estivesse sempre me desafiando.

- Não dê alardes hijo, mas comece a investigar o setor todo. Veja se podemos confiar em

alguém e investigue o tal Billy.

- Pode deixar.

Investigar Billy é uma coisa que pretendo fazer mesmo sem que o pedido de meu pai, tenho certeza que esse cara esconde alguma coisa e estou disposto a descobrir.

Aproveito mais um tempo com minha família, na sexta de manhã embarco de volta para o Rio. Meus pensamentos são todos de Manu, estou louco para vê-la, tocá-la sentir seu cheiro doce, gostoso, nada poderia me separar daquela mulher.

Assim que desembarquei fui para o estacionamento, onde meu carro estava estacionado, dirigi para meu apartamento, tomo uma banho e sigo para a casa de Manu, estaciono o carro na vaga dela quando um morador abre o portão, explico que estou indo para a casa de Manu, e subo as escadas ansioso pra caralho, sentindo uma euforia que nunca senti antes ao sair para encontrar uma mulher.

Bato na porta com um sorriso besta igual um adolescente, Manu abre a porta linda com a cara amarrotada, cabelos presos no alto da cabeça, vestindo um pijama rosa muito pequeno, será que já estava dormindo. Seus olhos castanhos intensos se abrem assim que me vê.

- Murilo?

Sem pensar em mais nada a ergo do chão, tomando sua boca um beijo esfomeado, cheio de saudades, seguro sua nuca com uma mão e a nuca com a outra, seus braços rodeiam meu pescoço, enquanto se entrega ao nosso beijo, meu pau já animado, pulsa no instante que ela geme se esfregando em mim, com muita dificuldade afasto nossos lábios, colando nossas testas.

- Senti saudades!

- Também senti.

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