Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 32

MANU

O dia estava quente, típico para a cidade do Rio de Janeiro, atravesso a rua com Juliana, entrando no restaurante que sempre almoçamos, agradeço a Deus pelo ar condicionado, pegamos uma mesa e seguimos para o self service para arrumamos nossa comida, pedimos um suco de laranja e começamos a conversar enquanto comemos.

- Manu, eu ... hum ... preciso te contar uma coisa.

O tom brincalhão de minha amiga não estava presente, seu olhar estava vago, observo seu comportamento tenho certeza que aconteceu algo sério.

- Aconteceu alguma coisa Juliana?

Afirmando com a cabeça e os olhos marejados diz:

- Estou grávida.

Arregalo os olhos surpresa, não posso dizer a ela que estou apavorada pela sua situação, minha amiga precisa agora é de apoio, mas é difícil segurar minhas reações.

- O quê? Quem é o pai?

Ju me olha, naquele momento eu soube.

- Ah meu Deus Ju, é do Otto!

Minha voz foi de choque, de cabeça baixa ela apenas confirma. Puta merda, minha vontade era dar uns tapas na cara dela, eu avisei tanto, e agora meu Deus! Espero que ele pelo menos tenha a decência de assumir o filho.

- Ele já sabe?

Tento manter o tom neutro e baixo, ela nega com a cabeça.

- Como é que isso foi acontecer Ju?

Não a estou julgando, não mesmo, quem sou eu para isso, mas engravidar do Otto, eles nem estão namorando. Tenho medo que Ju tenha que criar um filho sozinha, posso estar muito errada, Deus permita que eu esteja, mas acho que ele não vai ajudar ela em nada.

- Nós temos saído direto, eu fico dizendo que não faz mal sair com outros cara, que eles são lindos e coisa e tal, mas é só para disfarçar, eu só saio com ele Manu.

Disso eu já sabia, eu vi o olhar apaixonado da minha amiga, sabia que esse jeito dela era só brincadeira. Seguro sua mão por cima da mesa, a olho com ternura, se é de apoio que ela precisa, eu vou dar.

- Ah Ju, mas e ele?

- Não sei, nós nunca conversamos sobre isso, o tipo de relacionamento que temos. Não sei se ele sai com outras mulheres, mas nos passamos muito tempo juntos, ele até dorme alguns fins de semana na minha casa.

- Isso parece bom né.

Digo com um sorriso, se ele dorme na casa dela quer dizer que estão juntos, não é? Quem sou eu para saber, tenho dormido com Murilo e não estamos juntos.

- Você acha?

- Acho sim, talvez ele só esteja com medo de assumir o relacionamento de vocês.

- Pode ser.

Ela se anima, enquanto voltamos a comer.

- Você já tem sentido algum sintoma Ju? Enjoos essas coisas de mulher grávida.

- Não sinto quase nada, descobri porque minha menstruação estava muito atrasada, fiz o teste de farmácia e descobri, mas já fui ao médico só minha pressão que estava um pouco desregulada.

- Já começou o pré natal então?

- Sim.

- Vai contar a ele, Ju?

- Vou, é um direito do meu filho e dele, o que ele vai fazer com essa informação aí já não é problema meu.

- Não demore a contar, você não precisa passar por isso sozinha.

- Eu sei, não é como se desse para esconder né.

Terminamos de almoçar e voltamos para a empresa, não vejo Murilo em parte alguma, as horas se passam, ele teria algumas reuniões na parte da tarde, não vejo nem sinal dele, tento ligar algumas vezes, mas vai parar direto na caixa postal, desmarquei as duas reuniões, estava começando a me preocupar com ele, o que será que aconteceu?

Saio do trabalho direto para a faculdade, não tenho aulas todos os dias, esse é meu último semestre. Assim que entro no prédio encontro Clarinha, conversamos um pouco e seguimos para as aulas, não consegui prestar atenção no que os professores falavam , minha cabeça só pensava Nele, onde poderia estar, o que tinha acontecido.

Será que o episodio do Billy, seguido pelo meu ataque de raiva o haviam afastado? E se ele voltou para a Espanha? Sinto meu peito se apertar só com a possibilidade, mas logo afasto esse pensamento, era mais fácil Murilo estar com outra mulher do que voltar para a Espanha por minha causa.

Depois de horas que para mim pareceram infinitas, sigo para casa com Clara. Assim que abrimos a porta somos recepcionadas por um Elias sorridente.

- Oi meus amores

- Que cheiro bom, estou com fome. - Clara fala.

- Estou fazendo macarronada!

- Que milagre é essa? Você cozinhando.

- Deixa de ser mocreia, eu cozinho tá! - Elias diz com a mão na cintura e cara de ofendido. - Cadê o deus espanhol dos orgasmos múltiplos?

- Elias, por Deus, se alguém te ouve, criatura?

- Vão dizer que você é uma sortuda do caralho!

Não seguro as risadas, Elias em seu estado de espirito normal é assim, faz piada de tudo, leva a vida com leveza e muita alegria.

- Por falar nisso, ele não tem irmão não? - Clara pergunta.

- Tem sim, mas acho que é noivo. - Digo lavando as mãos e pegando um prato para comer.

- E a senhorita já sabe de tudo isso? - Continua perguntando.

- A gente conversa.

- Hum, e eu aqui inocente, achando que entre vocês era só metelança! - Elias completa.

Explodimos em risadas enquanto nos sentamos para comer.

- Ah meu Deus, onde foi que arrumei esses amigos?

Acordei assustada, olhei meu celular e ainda estava no horário, abri o aplicativo de conversa e não tinha nenhuma mensagem de Murilo, agora estou oficialmente preocupada, será que eu deveria ligar para a família dele e avisar? Vou parecer essas mulheres chicletes? Não estou preocupada por mim não, só por causa do trabalho mesmo. Tá bom Manuela essa foi uma das maiores mentiras que já contou a si mesma!

Decido que vou esperar até a hora do almoço, se Murilo não aparecer eu entro em contato com alguém de sua família.

Tomo meu banho e sigo para a Naturalys, não demoro a chegar em meu andar, paro para conversar com Juliana que já me cumprimenta sorrindo, meu coração está torcendo para que um certo espanhol lindo de morrer entre por aquelas portas com seu perfume sedutor e seu olhar magnético, mas isso não acontece.

- Oi Ju.

- Oi Manu.

- Como vocês estão?

- Bem.

Minha amiga sorri com a mão sobre o ventre ainda liso. Nesse momento vejo as portas do elevador se abrirem e meu coração dispara, para me matar de ansiedade e acabar com ela nos segundos seguintes que vejo que é Otto que chega.

Agradeço a Deus por Billy não estar junto, só agora me dou conta que praticamente todos os dias, Otto vem pela manhã até a recepção, me dou conta que ele gosta da Ju, claro que gosta

bom dia Otto.

- Bom dia Manu.

- Bom dia Otto.

- Bom dia Juliana.

Ele a olha com carinho, se aproxima lhe beijando o rosto, a cena é tão linda que acaba por afastar meus medos de que ele a rejeite.

- Bom dia Otto. - Minha amiga responde.

- Bom eu vou indo porque meu dia hoje está cheio.

Sorrio me despedindo dos dois, preciso começar meu dia que se resume a atender telefone explicando que o senhor Hernandez não vai atender ninguém hoje por motivos pessoais. Tentei ligar algumas vezes para Murilo para saber o que estava acontecendo, até mesmo para tomar uma posição na empresa.

- Manu vamos almoçar?

- Vamos sim.

Pego meu telefone para guardar na bolsa, o bendito começa a tocar, quando olho o visor agradeço a Deus mentalmente, é Murilo.

- Ju espera um pouco é o Senhor Hernandez me ligando.

Minha amiga semicerra os olhos e se afasta, o que pode ter de errado em atender quando o chefe nos liga no meio do expediente?

Conversar com ele acalmou meu coração já conflituoso, Murilo explicou que saiu sem avisar nada por causa do acidente do irmão, eu entendo que tenha ficado preocupado e que precisava vê-lo, família é isso, nos preocuparmos uns com os outros, é fazer tudo que está ao nosso alcance para estar presente nos bons e maus momentos.

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