O marido misterioso romance Capítulo 83

Antes de terminar com Jordan, Irene não pensava no fato de que ele fazia companhia para ela todos os dias. Mas agora, sem a presença dele, ela se deu conta de que sua vida havia se tornado bastante triste.

Todos os dias, depois da janta, a mulher se sentava na sala de estar e ficava olhando para o celular de tempos em tempos. Embora soubesse que não receberia ligações ou mensagens, ainda esperava que chegasse alguma coisa.

Thomas, que estava brincando com Eden, percebeu como a sobrinha estava agindo. Ele suspirou e disse: "Irene, ainda tá cedo. Vamos dar uma volta com o Eden?"

"Vamos!" Ela se levantou, e os três saíram do prédio.

Então, foram dar um passeio pelo parque. Não muito longe da área residencial, havia um mercado que ficava aberto durante a noite. No final da tarde, o lugar sempre estava cheio de gente.

Eden viu a multidão e, com o dedo gordinho, apontou na direção do mercado. "Mamãe, a gente pode ir ali?"

"Claro!" Irene assentiu.

Sendo assim, os três foram para lá. O lugar estava lotado, de forma que era bem difícil passar por entre os transeuntes. Algumas pessoas compravam comidas, enquanto outras montavam barracas.

Eden avistou uma barraca que vendia balões de personagens de desenhos animados. "Mãe, eu quero um balão do Mickey Mouse." Os olhos da criança brilhavam de empolgação.

"Vou comprar pra você." Irene pegou a mão do filho e se aproximou da barraca.

O balão custava dez dólares. Quando Eden o recebeu, ficou radiante. Com um sorriso de satisfação no rosto, ele caminhava por entre a multidão.

Irene ficou feliz ao ver como o filho parecia contente. Os três continuaram com o passeio por um tempo, mas o celular dela tocou de repente. Era Kinsey. Ela deixou o filho com Thomas e se afastou para atender à ligação.

Eden estava saltitando com o balão pela calçada. Diante deles havia uma barraca de doces. Quando viu como eram coloridos, o tio-avô sorriu e disse: "Você quer? Posso comprar alguns doces pra você."

Thomas foi comprar as guloseimas para o menino, que ficou esperando ali perto. De repente, uma rajada de vento soprou. Antes que a criança se desse conta, o balão que ela estava segurando começou a voar para longe, impulsionado pela forte brisa. Eden foi atrás dele no mesmo instante.

Depois que Thomas comprou os doces, ele se virou e viu que o garoto estava correndo atrás do balão em direção à rua.

Inúmeros carros estavam passando lá nesse momento. Como Eden era só uma criança, era provável que os motoristas não o veriam. Chocado, Thomas gritou: "Eden, cuidado!"

Irene estava ao celular com Kinsey. No instante em que ouviu o grito do tio, virou-se. Ficou morrendo de medo quando viu o filho correndo pela rua, e foi atrás dele na mesma hora.

O barulho das buzinas dos carros era ensurdecedor e preenchia o ambiente. De coração acelerado, Irene e Thomas estavam correndo sem medo de se machucarem.

Os motoristas continuaram buzinando quando viram os dois adultos passando por entre os carros.

Os olhos de Irene estavam fixos no filho. Um carro estava indo rápido na direção dele. Sem parar de correr, a mulher deu um grito angustiante: "Não!"

De repente, eles ouviram um som estridente. Irene sentiu uma dor intensa no corpo, a visão dela escureceu, e ela desmaiou.

Do lado oposto da rua, Edric parou o carro e correu até Eden. Quando o motorista do outro carro viu o homem, ele pisou no freio por reflexo e girou o volante para desfiar. O atrito entre os pneus e o asfalto fez um barulho muito alto.

Edric pegou a criança no colo. Em estado de choque, o motorista colocou a cabeça para fora do veículo. "Qual é o seu problema? Você tá tentando se matar?"

Quando viu a criança nos braços de Edric, ele enxugou o suor. Foi por pouco!

No hospital, Irene foi trazida para fora da sala de cirurgia após receber um tratamento de emergência. Edric segurava Eden no colo, e seguiu os médicos até a enfermaria.

"Doutor, ela tá bem?" perguntou ele.

"Não se preocupe. Ela está fora de perigo!" Respondeu o médico.

O coração de Edric, que estava disparado, enfim se acalmou. Quando o menino viu a mãe inconsciente na cama, ele se debateu para descer do colo do homem. Então, correu até a mulher e agarrou a mão dela. "Mamãe, acorda, por favor. Eu tô com medo!"

Edric foi até o garotinho, abraçou-o e o confortou: "Ela só tá cansada. Vai ficar bem depois de dormir um pouquinho".

Eden, que era sensato, acalmou-se. Ele ficou parado na frente da mãe, segurando a mão dela e se recusando a sair de seu lado. Observando os dois, o homem se sentia como se o peito tivesse sido perfurado por uma flecha. A criança estava se comportando com uma maturidade que não condizia com a idade dela. Antes que Edric se desse conta, ele já estava chorando. Então, segurou a mão de Eden e a de Irene.

Depois de muito tempo, a mulher finalmente abriu os olhos. "Mãe! Você acordou!" O menino estava em êxtase.

Irene viu Edric parado na frente dela. Então, começou a sentir dor pelo corpo todo. Com muita dificuldade, murmurou: "Eden... Filho!"

"O Eden tá aqui. Não se preocupa, ele tá bem", confortou-a Edric no mesmo instante.

"Por que... você tá aqui?" Irene olhou para o homem, lutando para manter os olhos abertos.

"Que bom que você acordou! Como tá se sentindo?" Perguntou ele, preocupado.

O garoto se aproximou de Irene e disse: "Mãe, foi ele que me salvou!"

Irene olhou com espanto para Edric. Como era possível que ele tivesse salvado Eden?

Ela não sabia como se sentir. Edric tinha salvado o filho dela, mas a mulher não conseguiu agradecê-lo. Em vez disso, perguntou: "Cadê o tio Thomas?"

Lembrou-se de que o tio também tinha tentado atravessar a rua. Ela tinha sido atropelada por um carro, mas e ele?

Com calma, Edric a confortou: "Ele tá bem, só torceu o tornozelo. Tá descansando em uma das enfermarias daqui".

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